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quarta-feira, 8 de novembro de 2017

"SENHOR, TU ME SONDASTE, E ME CONHECES. TU SABES O MEU ASSENTAR E O MEU LEVANTAR; DE LONGE ENTENDES O MEU PENSAMENTO". SALMOS 139. 1,2

UM PINGO DE GENTE
CAPÍTULO NOVE
          Roger era o tipo de pessoa inconsequente, não se preocupava se iria ofender ou prejudicar alguém; fazia o que lhe dava na telha e pronto. Ele não viu Cesane no Shopping, mas queria saber da criança e no meio da noite, ligou no celular da menina.

              - Olá amor, como está o nosso filho? Você já sabe o que é? Eu sou o pai e quero ele para mim; é um direito meu.

               Cesane acordou assustada e gritou ao ouvir a afirmação de Roger. Depois ficou muda, estática e foi assim que Alda a encontrou. A mãe a abraçou perguntando o que havia acontecido e ela disse chorando:

              - Roger quer tirar a menina de mim.

              - Acalme-se, ele nunca vai conseguir tirar Cristal de você, nós estamos aqui para protege-la. Você não pode ficar nervosa porque sua pressão pode subir.

              O médico havia alertado as duas na última consulta. “Pressão alta não combina com gravidez”, dissera com um ar preocupado.

              Cesane não comeu nada e passou o dia trancada no quarto chorando; Alda não sabia o que fazer, estava desolada. Mais uma noite se passou e quando acordou, a gestante estava com a face e os pés muito inchados. A mãe ficou assustada e tratou de ligar para o médico, que mandou que fossem imediatamente para o Hospital.

              - Um quadro grave de hipertensão arterial, afirmou o médico. Ela está na iminência de ter uma eclampsia e vamos fazer alguns procedimentos para melhorar a pressão arterial. Se não der certo teremos que intervir com uma cesariana para salvar o bebê. Em seguida ele saiu, deixando Alda com o coração nas mãos. Muitas perguntas ficavam pulando em sua cabeça. 

         – A bebezinha é muito prematura, como será isso meu Deus?

A enfermeira pediu para Alda aguardar na recepção, enquanto cuidavam da paciente. A mulher estava muito nervosa e ligou para o marido lhe dar apoio naquele momento tão preocupante. O casal ficou sentado rezando para o melhor acontecer, que as duas ficassem bem; era tudo o que eles precisavam.

A manhã passou e nada de notícias da filha. As onze horas ela foi questionar junto à enfermagem; queria notícias. Então o médico veio e lhe deu as informações necessárias.

 – A gestante recebeu as doses da medicação recomendada e aguarda no centro obstétrico a evolução do quadro. A qualquer momento poderemos entrar para uma cesariana, depende da resposta à medicação que a jovem vai ter. E, olhando nos olhos da mãe aflita ele disse:

- Está autorizada a acompanhar a paciente, um de cada vez; ela precisa de tranquilidade.

             Alda agradeceu e o casal foi encaminhado ao CO. A mãe entrou e depois foi a vez do pai. Parecia que estava tudo bem e Rui voltou ao trabalho. Mas com o passar das horas, Cesane passou a referir dor de cabeça e foi o sintoma que faltava para leva-la para a cirurgia.

             Mais uma vez, Alda teve que aguardar na sala de espera. Enquanto isso, sua neta vinha ao mundo com apenas trinta e três semanas de gestação. Depois de duas horas e muita ansiedade o médico apareceu e disse que estava tudo bem.

           - Nasceu uma menina com um quilo e seiscentos gramas e deverá permanecer na incubadora para ganhar peso. Aparentemente é um bebê saudável, mas ficará em observação constante. Em seguida, disse que ela poderia ver a filha que se recuperava da anestesia.

Alda ergueu as mãos para o céu e agradeceu a Deus pela notícia alvissareira; seus olhos ficaram cheios de lágrimas. Primeiro foi ver a filha e depois a neta no centro neonatal.

             Ao ver a menina ela sentiu o amor aflorar em seu coração, era um pingo de gente, que chorava bravamente; então, ela sorriu, depois de muitas horas de sofrimento.

Um texto de Eva Ibrahim

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

"QUANDO PENSO: "VACILAM-ME OS PÉS" SUSTENTA-ME, SENHOR, A VOSSA GRAÇA. QUANDO EM MEU CORAÇÃO SE MULTIPLICAM AS ANGUSTIAS, VOSSAS CONSOLAÇÕES ALEGRAM MINHA ALMA". SALMOS 93. 18, 19.

UM APERTO NO CORAÇÃO
CAPÍTULO OITO
          Cesane ficava muito tempo trancada em seu quarto; estava quieta, depressiva. E, quando saia de casa era de automóvel com sua mãe, para ir ao médico ou escolher alguma peça do enxoval de Cristal. Este foi o nome que a jovem escolheu para dar à sua filha.

         Um dia, Roger disse a ela que gostaria de ter uma filha com o nome de Cristal e outra com nome de Rubi; duas pedras preciosas. E ela lembrou-se de fazer o gosto do pai, embora ele quisesse que ela abortasse. Então, uma tristeza cobriu o seu rosto ao lembrar-se do fato e, ele não sabia que a sua Cristal estava a caminho. Sua mãe aproximou-se com pena da filha, que disse chorosa:

            - Como Roger pode desejar a morte da filha, que mexe tanto dentro da minha barriga? Um soluço sentido escapou de seus lábios, e como um lamento ela prosseguiu:

           – Será que ele não se arrependeu? Será que não tem vontade de saber como estamos, se é ele ou ela? Dar sua opinião para o nome dela?

              A mãe tratou de mudar de assunto, não queria ver a filha sofrer mais e a convidou a fazer compras para o enxoval de Cristal. Cesane estava em um dia ruim, demonstrava estar deprimida.

           As duas mulheres estavam fazendo compras no Shopping e depois iriam comer na praça de alimentação. A futura mamãe estava com 32 semanas de gestação e precisava sentar-se um pouco, estava cansada. Então, Alda foi comprar sanduiches enquanto a filha ficava esperando na mesa.

           A mulher estava na fila do caixa, quando sentiu um calafrio percorrer o seu corpo; Roger estava na fila ao lado da sua, acompanhado de uma moça.

              Instintivamente ela sentiu vontade de correr e tirar sua filha dali, mas não poderia alarmar ou Cesane veria o rapaz. Começou a rezar sem parar, como se fosse um mantra. Chegou sua vez e ela tratou de pedir o mais rápido possível, tentaria passar despercebida.

              O rapaz estava tão concentrado em acariciar a moça que o acompanhava, que não reparou em Alda. Ela pegou os lanches e sentou-se de um jeito que a filha olhasse para o outro lado e não visse Roger. Entretanto, seu coração estava disparado e Cesane percebeu que a mãe não estava bem e propôs irem embora, comeriam em casa. Alda levantou-se e saíram sem serem vistas por Roger.

              No entanto, o que mais preocupava a mulher era saber que ele andava por perto e poderia aparecer a qualquer momento. Cesane não poderia saber que ele estava de volta, a mãe temia pela reação da futura mamãe. Temia pela estabilidade emocional da filha.

 Um texto de Eva Ibrahim





sexta-feira, 27 de outubro de 2017

"COMO É PRECIOSO O TEU AMOR, Ó DEUS! OS HOMENS ENCONTRAM REFÚGIO À SOMBRA DAS TUAS ASAS". SALMOS 36. 7

                                       ATÉ O ANO QUE VEM

CAPÍTULO SETE
          As festas de final de ano terminaram, o carnaval passou, as férias escolares estavam no final e Cesane deveria voltar à escola. No entanto, seu corpo estava pesado com seis meses de gestação e, a menina resistia a ideia de voltar e encontrar-se com suas colegas.

         No primeiro dia de aula, Cesane amanheceu cheia de dores e com os sentimentos aflorados, chorando atoa. Alda insistiu para ela ir à escola, ofereceu-se para lhe fazer companhia, mas ela trancou-se no quarto.

A mãe pedia que abrisse a porta e ela dizia choramingando:

- Não insiste mãe, eu não vou à escola neste ano, não posso acompanhar as outras alunas e prefiro voltar somente no ano que vem, depois que a bebê nascer. Estou pesada, lerda e com vontade de chorar sem motivo algum, me deixa ficar quieta no meu canto.

Alda já esperava por isso, a filha esquivava-se quando ela tocava no assunto. Então, ela disse:

 - Está bem, abre a porta e vamos conversar, para tudo existe uma solução.

Mãe e filha abraçaram-se e as lágrimas caíram dos olhos das duas, formando uma cascata de amor.

 - Não se fala mais no assunto, fica suspenso até o ano que vem, agora vamos cuidar da bebezinha que vem chegando, concluiu Alda.

A mãe foi à escola e conversou com a diretora, deixando tudo acertado para o ano que virá depois deste.

 - Quando Cesane estiver feliz com a filhinha nos braços, ela terá condições de voltar às aulas. É tempo de reflexão, até mesmo, para uma menina teimosa, ponderou Alda para a diretora.

Disse e foi saindo sem olhar para trás. Quanta concessão fizera ultimamente, quantos sonhos abortados e projetos desfeitos por uma situação inesperada, pensava com um aperto no coração.

Amava a filha e a neta, mas poderia ter sido diferente e, as lágrimas brotavam de seus olhos sem ela desejar. Pensava com raiva no causador de tantos problemas. Uma figura de sorriso debochado, que falava com ironia sobre um fato tão importante. A vinda de uma criança para Cesane, que era apenas uma adolescente.

Nunca mais souberam de Roger, no entanto, ele representava uma ameaça na vida da família. Ninguém sabia o quanto ele poderia desestabilizar a menina. Alda pensava em quantas preocupações e medos desenvolvera nos últimos tempos, precisava buscar Deus e consolo com o padre Chico.

Passou na igreja, estava fragilizada e precisava de forças para enfrentar seu dia a dia. Rezou aos pés da cruz e depois conversou com o pároco, que mais uma vez lhe transmitiu alento; precisava seguir em frente com um sorriso no rosto.

Era sua missão de mãe, apoiar e acolher a filha que estava em uma situação delicada. Cesane era jovem demais para assumir a maternidade sozinha, seus pais eram seu porto seguro.

Um texto de Eva Ibrahim

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

"MOSTRAI A SUA ADMIRÁVEL MISERICÓRDIA, VÓS, QUE SALVAIS DOS ADVERSÁRIOS OS QUE ACOLHEM À SUA DIREITA. GUARDAI-ME COMO A PUPILA DOS OLHOS, ESCONDEI-ME À SOMBRA DE VOSSAS ASAS,..." SALMO 16, 7. 8.

                                         
                            OLHOS CHEIOS DE LÁGRIMAS

 CAPÍTULO SEIS
          Roger desapareceu como por encanto, deve ter ficado agradecido por estar livre da responsabilidade de criar um filho; iria viver a vida. Não era homem para assumir responsabilidades; queria diversão e nada mais.

          Cesane ligou algumas vezes em seu celular, queria conversar, pois, para ela a situação ainda não estava clara. Amava aquele rapaz, entregara-se a ele por amor e no fundo do seu coração acalentava a esperança de tê-lo junto a si.

Alda e Rui não poderiam nem desconfiar das intenções da filha ou ficariam furiosos. A mãe passava o tempo todo tentando agradar Cesane, para compensá-la do desgaste de levar adiante a gravidez, sem ter o pai da criança presente. Muitas vezes, a noite ela ouvia os soluços sufocados da filha, que lhe cortavam o coração.

            Rui não queria ouvir o nome do cafajeste que desonrara sua filha, mas a mãe entendia que fora o primeiro amor de Cesane e, que a desilusão doía fundo no coração da menina. Com apenas dezesseis anos ela não tinha maturidade suficiente, para entender a responsabilidade de pôr um filho no mundo.

            A futura mamãe estava reclusa em sua casa, saia muito pouco e sempre em companhia dos pais. Com o corpo roliço ela não queria se expor e ser apontada na rua. E, lá no fundo temia e ao mesmo tempo desejava encontrar-se com Roger. Não sabia como iria reagir, mas este pensamento ficava pulando em sua mente.

          Estavam no final do ano letivo e ela conseguiria concluir o segundo ano do ensino médio, tinha boas notas e a gravidez ainda passava despercebida. No entanto, o terceiro ano seria muito difícil, tornara-se um ponto de interrogação. Alda não queria pensar em nada; viveria um dia de cada vez para proteger sua filha.

         As festas de fim de ano se aproximavam e Cesane já mostrava modificações em seu corpo. Era uma moça com uma cintura bem definida, entretanto, foi a primeira coisa que sumiu. Seu corpo perdia as formas para permitir o crescimento do bebê.

Com vinte semanas de gestação foi marcada a ultrassonografia e eles ficariam sabendo o sexo do bebê; mãe e filha estavam eufóricas, a criança tomava forma na cabeça das duas. Eram cristãs e acreditavam que toda criança trazia alegria e esperança para seu novo lar e já a amavam.

            E, quando o médico disse que Cesane esperava uma princesa, os olhos da mãe e da avó encheram-se de lágrimas. Uma menina para ser muito amada e mimada pela família.

         Depois, uma tristeza se abateu no semblante de Cesane, ela pensava em Roger, que nunca veria sua filha. Então, seus olhos ficaram cheios de lágrimas.
 Um texto de Eva Ibrahim

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

"O SENHOR É MEU PASTOR, NADA ME FALTARÁ. DEITAR-ME FAZ EM VERDES PASTOS, GUIA-ME MANSAMENTE A ÁGUAS TRANQUILAS." SALMO 23. 1.2.

MAU CARÁTER
CAPÍTULO CINCO
          Rui estava furioso, sabia que a filha também era culpada, mas o rapaz era muito mais esperto do que ela e poderia ter evitado aquela situação. Alda tentava amenizar a culpa de Cesane, porém o marido havia pedido inúmeras vezes para ela deixar aquele rapaz, que iria lhe trazer problemas futuros. Teria que ser rígido e definitivo com aquele mau caráter.

O pai exigiu que Cesane ligasse para Roger marcando um encontro em sua casa, dizendo que já tinha uma resposta para resolver aquela situação. E, quando o rapaz chegou foi convidado a entrar e se deparou com Rui a sua espera.

            - Eu quero ouvir de você, o que está acontecendo entre você e minha filha. 

          – Qual é tio, isso é coisa de marido e mulher, resmungou o indivíduo.

          – E desde quando você é casado com Cesane, que é menor de idade?

          - Eu tinha a intenção de me casar com ela, mas ela me aplicou o golpe da barriga e eu não tenho nenhuma responsabilidade. Não quero ter filhos para sustentar; o problema é dela, que não soube se cuidar.

            - É isso que você tem para me dizer, seu moleque?

           - Eu disse que pago o aborto e acabamos com essa situação, mas ela quer ter a criança, então que se vire com tudo.

 - Sou muito novo para criar filho, vou curtir a vida, se quiser cuide você da criança, seu velho bobo.

              Rui ficou pálido, queria avançar no rapaz, mas certamente não teria forças para abatê-lo. Então, levantou-se e apontando a porta da rua, disse-lhe:
            - Fora da minha casa e nunca mais apareça aqui ou chamo a polícia para prendê-lo, como um verme asqueroso que você é.

              - Roger levantou-se com um sorriso nos lábios, sabia da sua superioridade física e foi logo dizendo:
            - Cuida bem da criança seu babaca. E, saiu batendo a porta.

           Cesane ouviu a conversa e ficou chorando baixinho, sentindo-se culpada, estava envergonhada por ter provocado a humilhação de seu pai diante daquele homem, que a iludira e desonrara.

          Estava só, grávida e com um futuro incerto. Rui e Alda se abraçaram com os olhos cheios de lágrimas, a filha precisava deles. Cesane chorou até adormecer, estava aliviada, pelo menos agora, já não carregava aquele segredo sozinha.


Um texto de Eva Ibrahim.

sábado, 7 de outubro de 2017

"PORQUE AOS SEUS ANJOS DARÁ ORDEM A TEU RESPEITO, PARA TE GUARDAREM EM TODOS OS TEUS CAMINHOS". SALMO 91. 11

 PALAVRAS AO VENTO

CAPÍTULO QUATRO
Mãe e filha agradeceram a acolhida e o interesse do padre Chico, em seguida saíram abraçadas, tinham uma missão árdua pela frente. Contar ao pai toda aquela história e aguentar a sua fúria, que com certeza, seria terrível. A filha teimosa, teria que admitir que o pai estava certo ao impor restrições ao namoro.

Cesane parecia disposta a contar tudo, no entanto, quando o pai chegou, ela se intimidou e dizendo estar com dor de cabeça foi para seu quarto chorar.

Alda ficou sem saber o que fazer, estava com medo da reação do marido, mas tinha que falar o mais rápido possível. Rui era um homem bom e sossegado, mas quando se tratava da filha, ficava alterado com facilidade.

Depois do jantar, a mulher sentou-se ao lado do marido que assistia ao jornal na televisão e falou de uma só vez:

- Cesane está grávida e o Roger não quer saber do filho.

 Rui olhou para Alda sem entender o que ela dissera.

 – O que você disse? Não entendi direito. E, olhou para ela com muita preocupação e espanto no olhar.    
    
Ela sustentou o olhar dele e falou:

             - Você vai ser avô.
Rui levantou-se e apagou a TV, depois sentou-se e disse:
           - Que história é essa?

             Então, a mulher começou a falar tudo que soubera naquela tarde e a conversa com o padre Chico. O homem sentiu-se atingido por uma avalanche e levantou-se indo para a cozinha, precisava tomar água. Alda o seguiu e parou a alguns passos do marido que, virando-se disse:

            - Eu mato esse cafajeste.

         - Calma, precisamos ter calma para não nos arrependermos depois. Alda estava apreensiva com a reação de Rui, mas no íntimo pedia a Deus que tomasse conta de tudo.

         - Vamos dormir e amanhã tomaremos a atitude mais acertada. Cesane está muito nervosa e isso não faz bem ao bebê. Ele já existe e é nosso neto, quanto ao pai, depois veremos isso. Disse a mulher com firmeza. Rui, então acalmou-se, precisava pensar em toda aquela situação.

         Abraçados foram para a cama, porém nenhum dos dois dormiu. A preocupação estava no ar, como lidar com uma situação tão grave e inesperada, era de tirar o sono de qualquer um.

         As consequências daquele ato impensado, isto é, uma gravidez não planejada, estava na mente de Rui e Alda. Os jovens são inconsequentes e a filha deles não fugiu à regra.

           Eles amavam a filha e não sabiam como agir diante daquele fato tão conclusivo. Sabiam que o rapaz não era de boa índole, mas a filha não ouviu o conselho dado. Agora dependia deles para livrar-se daquele mal caráter.

O dia amanheceu e os três estavam com olheiras, nenhum havia dormido a noite. Cesane não saiu do quarto, temia encontrar o pai, que a censuraria por não ter ouvido seus conselhos.

Alda ponderou que o caminho a ser seguido, seria chamar o rapaz ali para ouvir dele sobre o assunto e o marido concordou. Faria isso quando voltasse do trabalho. Cesane protestou, disse que falar com Roger seria jogar palavras ao vento.


Um texto de Eva Ibrahim
MEU MUNDO REINVENTADO.

UM BLOG PARA POSTAR CONTOS CURTOS E EM CAPÍTULOS.