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quarta-feira, 23 de outubro de 2019

"NATUREZA" "DA MINHA JANELA VEJO PASSAR AS BORBOLETAS, QUE VOAM PARA O JARDIM À PROCURA DE VIOLETAS. E EU ASSISTO AO ESPETÁCULO DA MINHA JANELA. SOL, BORBOLETAS, FLORES, MAIS UMA PRIMAVERA. AS BORBOLETAS COLORIDAS TRAZENDO SUA BELEZA, O CAMPO, O JARDIM, PERFEITA NATUREZA!" VALDEMI CAVALCANTE TEIXEIRA.


 FESTA NA FLORESTA

                                             CAPÍTULO NOVE

            O domingo amanheceu com um Sol forte e um céu azul, anunciando um grande dia. A cidade de Parintins estava vivendo mais um dia especial, muitos turistas entre as duas torcidas. A cidade acolhia gente de todas as partes do país e até do estrangeiro. Os Caprichosos e os Garantidos se respeitavam, contudo, os dois queriam ganhar e gritar bem alto:
                 - Campeão! Campeão! Campeão! E correr para o abraço.

             Depois, virar a noite comemorando o esforço de um ano inteiro, de muito trabalho. Mas a regra deve ser seguida, no quesito respeitar o adversário, mesmo porque são todos moradores da mesma comunidade e a convivência é necessária. Então, haverá louros para quem vencer e aplausos para o perdedor.

               Celina e Lorena acordaram quando o Sol já estava alto e foi necessário bater na janela de Rodolfo, para que ele se levantasse. Era o dia da grande final e todos estavam motivados. Os donos da casa continuavam torcendo para o Caprichoso, enquanto os três amigos se apaixonaram pelo boi do Garantido. Entretanto, iriam de roupas neutras, porque queriam torcer para os dois.

- Que vença o melhor! Afirmou Rodolfo. E todos concordaram.

Chegaram cedo ao Bumbódromo e foram para um lugar, onde podiam assistir à apresentação perto da arena. Rapidamente o público tomou seus lugares e os montadores da estrutura do carro alegórico principal davam os últimos ajustes
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Era um carro gigante, representando os povos da floresta e outros três carros com aves e índios para completar o cenário. Nos fundos havia mil brincantes, para manter vivo o cenário, enquanto em primeiro plano variavam as apresentações e destaques. Em dado momento, o boi foi brincar em meio a sua plateia, que enlouquecida gritava, cantava e dançava alegremente.

Em seguida entrou, para sua performance, a sinhazinha da fazenda. Uma linda morena com um luxuoso vestido de plumas verdes, pedrarias e muitas borboletas coloridas, que chacoalhavam com seus movimentos dançantes. Na cabeça trazia um cocar de plumas e pedrarias coloridas. E para completar os enfeites, dois brincos brilhantes nas orelhas e um pequeno estandarte na mão esquerda; com a mão direita ela acenava para o público. Lorena pregou os olhos naquele vestido e foi logo dizendo:

 - Esse vestido é um verdadeiro sonho, eu gostaria de estar dentro daqueles espartilhos. Rodolfo riu e disse:

 - Eu não saio com você vestida com uma roupa dessas.

 – Por quê? Retrucou a moça desapontada.

 - Porque eu teria que ficar a, pelo menos, dois metros de distância de você, mal conseguiria pegar em suas mãos. E, riu dizendo:

 - Ainda bem que você não é nenhuma sinhazinha, apenas a minha garota. Afirmou o rapaz.

Em seguida a abraçou, estava contente em estar junto dela.

               Dando sequência as apresentações, entraram dez cavaleiros com estandartes, que traziam em seu mastro garças brancas com bicos vermelhos. Depois, mais dez cavaleiros com grandes borboletas coloridas, fitas verdes brilhantes e douradas, nas pontas dos estandartes.

           A festa tomava corpo, então entrou a cunhã-poranga para se apresentar. Trazia um belíssimo traje indígena com muitas plumas, cocares e um estandarte com a figura do boi branco, com um coração vermelho na testa. A festa seguia alegre e cheia de vida ao som da toada motivadora. Milhares de pessoas aplaudindo e ovacionando o desenrolar da história, encenada na arena do Bumbódromo.

            Novos personagens se juntaram à dança. Mais dez cavaleiros com araras vermelhas nos estandartes e outros dez com papagaios nos mastros. Todos formaram uma grande roda, que se movimentava formando desenhos circulares, tendo no centro o boi dançarino fazendo evoluções.

Paralelo a essas rodas, havia muitos personagens indígenas e figuras de arbustos, fazendo passos de danças e coreografias ensaiadas. Para se integrar a eles, chegaram os animais da floresta. A onça pintada, o mico-leão dourado, o gavião, os macacos, o tamanduá, o porco do mato, a raposa, o boto cor de rosa, as araras, os tucanos e os papagaios chegaram para abrilhantar a festa.

               Para essa festa foi formada uma roda com três anéis, que se moviam formando caracóis e dentro delas estava o pajé, com seus galhos de ervas dançando e benzendo ao mesmo tempo.

           Nesse momento, na roda principal, entraram o boi branco com um coração vermelho na testa, ao lado da sinhazinha da fazenda para apresentarem a evolução principal. A grande festa da floresta tomava conta da arena do Bumbódromo e a alegria estava presente na plateia do boi Garantido. Enquanto isso, a torcida do Caprichoso mantinha-se calada no escuro.

            O tempo voou e quando perceberam estava encerrada aquela apresentação; logo após, viria a apresentação do boi Caprichoso. Os três amigos e o irmão de Celina acompanhado da esposa, saíram para comer alguma coisa no intervalo e Rodolfo observou:

          - O boi Garantido já ganhou, nada poderá superar essa apresentação.

           Foi simplesmente fantástica! Disse Lorena e Celina completou:

          - Vamos assistir à apresentação do adversário, mas também acho que o boi Garantido será o campeão. Então, voltaram para as arquibancadas, outra festa estava começando.
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 Um texto de Eva Ibrahim Sousa
Com consultas aio Youtube.

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