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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

"SEM TEMER A PRÓXIMA PORTA OU JANELA QUE IRÁ SE ABRIR, SIGO COM UMA ÚNICA EXPECTATIVA: QUE SEJA BOM O QUE VIER." DIEGO VINÍCIUS

 
                   SEM RUMO 

              CAPÍTULO DOIS
        Aquela situação inusitada deixou a mulher apreensiva, precisava procurar um cardiologista com urgência. As palavras do médico ginecologista ficaram bailando em sua cabeça. "Essa arritmia tem que ser investigada, pode ser alguma coisa séria." 

       Durante vários dias, ela tentou marcar consulta com o médico do serviço de apoio ao funcionário daquela instituição. Depois de muitas tentativas, conseguiu uma data para dali a quarenta dias. Sentia-se bem e resolveu esperar até o dia marcado. 

      O mês de março surgiu, como sempre, quente e chuvoso, fazendo a despedida do verão e das águas trazidas por ele. Um mês poético, as vezes quente demais, as vezes friorento, abrindo caminho para o outono.

       Entretanto, o mundo vivia momentos difíceis, com muitos rumores assustadores sobre um vírus descoberto na China. As notícias diziam que o vírus era portador de uma doença de grande letalidade, que naqueles dias assolavam a Itália. O país estava em choque, com grande número de mortos e doentes graves. 

       Havia uma apreensão geral pelo temor que a doença se espalhasse pelo mundo. O Brasil também estava alerta pela possível chegada do tão repugnante vírus   matador.

        As mídias estavam alertas e quando se teve notícia do primeiro caso no Brasil, foi uma explosão  de reportagens ruins, que geraram muito medo na população. As notícias tomavam conta dos meios de comunicação e eram péssimas. O vírus pipocava, de maneira assustadora, em todos os continentes.

       Com esse cenário destruidor,  aconteceu o que ninguém poderia imaginar, por mais pessimista que fosse. A Organização mundial de saúde decretou um estado de pandemia
 mundial, deixando o mundo de boca aberta.

       Cada país tratou de se organizar para enfrentar a doença letal e desconhecida, trazida pelo vírus.

       No Brasil não foi diferente e diante de uma população estarrecida, resolveram parar tudo, mandando as pessoas ficarem em casa.

       Somente os serviços essenciais poderiam permanecer abertos. A humanidade estava em cheque. Dessa maneira, todas as consultas foram canceladas e Tereza perdeu a oportunidade de se cuidar adequadamente. 

       A mulher continuou seu trabalho, que era essencial, apesar de pertencer ao grupo de risco, não foi dispensada
. Procurou um médico na emergência é este lhe receitou um remédio que mantinha sua frequência cardíaca controlada.

        Os meses foram se sucedendo e as pessoas se adaptando a nova realidade. Nesse cenário ameaçador o  acessório que mudou a paisagem mundial foi a máscara, de uso obrigatório surgiu de todos os tipos e cores nos rostos de toda a população.

       O prejuízo foi geral, todos foram prejudicados de alguma maneira, principalmente na área financeira.

       Mas o tempo não parou e quando Setembro chegou, a pandemia parecia estar sendo controlada. Daí a vida que segue e Tereza tirou férias.

       Durante as férias ela começou a perceber certas limitações, que sentia ao caminhar em terrenos de aclives ou quando fazia algum esforço físico.
Um texto de Eva Ibrahim Sousa 

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