MOSTRAR VISUALIZAÇÕES DE PÁGINAS

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

'INICIE UM NOVO TEMPO, ABRA UM NOVO CAMINHO, ESCREVA UMA NOVA HISTÓRIA. LEVA EM TUA BAGAGEM O APRENDIZADO E EM TEU CORAÇÃO, APENAS FÉ, ESPERANÇA E ALEGRIA. NICOLE MIRANDA.

ACONCHEGO
CAPÍTULO DOIS
           Maura chegara de um lugar onde as pessoas não se importam muito com as outras, pois, não há tempo para isso; estão sempre apressadas. É assim o dia a dia na capital paulista, mas, em Minas Gerais ainda persiste o aconchego familiar, as tradições religiosas e a atenção com o próximo. Mesmo na capital, em meio à correria, percebe-se que as pessoas demonstram outro comportamento, mais humano e solidário.

             A paulistana seguia feliz pelas ruas de BH ao lado da prima, já conhecia a cidade e suas belezas; no fundo sentia-se mineira também. Estava com fome e sabia que o almoço seria farto, legítima comida mineira feita pela sogra da prima, pois, o filho dela fazia aniversário. Era sexta feira e o Joaquim, marido de Érica, estava comemorando mais um ano de vida e o almoço seria festivo.

           Á tarde iriam ao Shopping, Érica lhe dissera com um sorriso no rosto. Maura aquiesceu, queria passear e ver as novidades nas vitrines e comprar presentes para os netos.

A cidade estava muito bonita, cheia de flores de todas as cores em homenagem à primavera, que este ano chegara com muita chuva. A mesma chuva que, as vezes destrói, deixa o ar fresco, as flores exuberantes e a relva verde e iluminada. Maura sentia-se feliz por estar ali mais uma vez.

O almoço foi alegre, juntaram-se a eles outros dois casais de cunhados da dona da casa; a mesa estava cheia de comida e as pessoas felizes. Essa união durante a semana foi possível porque todos trabalhavam na própria empresa familiar. Depois de um descanso merecido e as forças refeitas, era hora de passear. 

As duas mulheres saíram para fazer o que mais gostavam, ver vitrines e fazer compras. De loja em loja, de provador em provador e algumas sacolas nos braços, era o momento de tomar fôlego e as duas foram à praça de alimentação para um refresco necessário.

O dia terminou assim e a noite o sono chegou rápido; Maura não teve tempo nem de fazer suas orações e já estava dormindo. No dia seguinte iriam ao centro da cidade para ver as promoções e procurar novidades.

Saíram cedo e só retornaram após o almoço, estavam exaustas de tanto caminhar, mas felizes por estarem juntas.

Um texto de Eva Ibrahim. Continua na próxima semana.


segunda-feira, 21 de novembro de 2016

"AMO A LIBERDADE, POR ISSO DEIXO LIVRE TUDO O QUE TENHO... SE VOLTAR É PORQUE CONQUISTEI, SE NÃO, É PORQUE NUNCA POSSUI". AUTOR DESCONHECIDO.

"NO LIMITE"
LIBERDADE!!!

CAPÍTULO UM
           As horas demoraram a passar, mais do que o costume, pensava Maura ao pegar a bolsa para sair do seu local de trabalho. Ao alcançar a rua, respirou fundo, estava de férias depois de um ano difícil para todos; um país em depressão e muito desemprego. Pensava em dormir até mais tarde, cuidar de suas coisas, que estavam um tanto abandonadas e ficar curtindo sua casa; faltava tempo e sobravam deveres.

          Seguia alegre, cantarolando, tinha um mês inteiro para pensar em si própria e sentia-se livre. Tinha tudo planejado, dez dias para descansar, oito para viajar e ainda restavam alguns dias para relaxar em sua casa. E, então estaria nova para mais um ano de trabalho; tinha sido assim durante os últimos vinte anos.

            Maura estava sozinha fazia um bom tempo, seu casamento terminara depois de muitas brigas. Ela queria somente viver em paz e desfrutar de sua liberdade conquistada com muitas dificuldades. Do marido não queria nem notícias.

           - Que ficasse longe dela, ele ainda poderia lhe causar danos; sempre encontrava um jeito de prejudica-la. Pensava enquanto sentia um calafrio pelo corpo.

           Amava a filha, os netos e gostava do genro, era tudo o que lhe importava naquele momento. Vivia pacificamente e se sustentava sozinha, pensando assim, sentia-se feliz.

               Os dias passaram rápido demais, e ela já estava no aeroporto, aguardando o avião para a viagem que havia planejado. Entretanto, ainda sentia-se cansada, mas, iria se divertir um pouco na casa de sua prima. Érica morava na cidade de Belo Horizonte com o marido e os filhos; as duas cresceram juntas e mesmo depois de casadas mantinham contato regularmente. Nas férias uma visitava a outra, assim matavam as saudades, duas vezes ao ano. Ela sabia que a prima era uma pessoa dinâmica e a levaria para passeios e compras de final de ano, já que estavam em meados de novembro.

           A moça sentou-se no corredor da aeronave e logo chegou seu companheiro de viagem. Era um japonês sisudo, que fez um sinal para ela deixa-lo entrar e, em seguida mergulhou no assento, fechou a cara e dormiu. Maura sentiu-se frustrada, era a terceira vez que tinha como companheiro um homem descendente de japoneses e, eram todos sisudos e mudos ao contrário dela, que gostava de uma prosa. Suspirou profundamente, em seguida fechou os olhos e deu asas à imaginação. Estava voando rumo à felicidade, que era seu desejo mais ardente, o resto não importava.

Érica estava aguardando a prima no aeroporto e deu boas gargalhadas ao saber do japonês; era o terceiro ano que Maura se queixava do companheiro de viagem. Nem mesmo ouvira sua voz, o sujeito entrou mudo e saiu calado.

 – Que falta de sorte! Perdera mais uma oportunidade de fazer novos amigos.
Dizia Érica, ajudando a prima com as malas.


As duas mulheres estavam alegres e seguiram para casa, os demais estavam aguardando as duas para o almoço. Teriam uma semana para matarem as saudades e colocar a fofoca em dia.


Um texto de Eva Ibrahim.

Continua na próxima semana.

MEU MUNDO REINVENTADO.

UM BLOG PARA POSTAR CONTOS CURTOS E EM CAPÍTULOS.