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sexta-feira, 29 de maio de 2015

"SOU UMA PESSOA INSEGURA, INDECISA, SEM RUMO NA VIDA. SEM LEME PARA ME GUIAR, NA VERDADE NÃO SEI O QUE FAZER COMIGO". CLARICE LISPECTOR-- A VIDA É UM SOPRO. EVA IBRAHIM


O GRANDE IMPREVISTO

                                      CAPÍTULO ONZE
          A mulher procurou em todos os cômodos da casa e nada encontrou. Então, ligou para a casa da sogra para assuntar se seu marido teria ido para lá.
           –Não, a sogra foi categórica; muito assustada também queria saber do filho.

Celina se vestiu e, desesperada foi até a casa da sogra; os pais de Fernando estavam prontos, esperando por ela. Naquele momento começou a grande caçada. Procuraram o rapaz em todos os lugares onde houvesse uma pequena possibilidade de encontra-lo.

Pararam para comer alguma coisa e pensar onde Fernando poderia estar. Depois voltaram para casa, precisavam verificar se ele havia levado os documentos e outros pertences; o celular estava com Celina, ela pegara ao sair pela manhã.

A preocupação aumentou quando encontraram a carteira com documentos e dinheiro na gaveta do criado-mudo; ele não levara nada. Celina estremeceu ao ver a bermuda e a camisa que ele usava na noite anterior; seu marido saíra de pijama. Então, ela começou a chorar, deveria ter acontecido alguma coisa grave com Fernando.

A sogra se ajoelhou no tapete e começou a rezar, também temia o pior; o sogro pegou o telefone para ligar para a polícia. Naquele momento chegaram os pais de Celina e o irmão da moça. Celso, irmão mais velho de Celina, viera para ajudar na procura do cunhado.

Ele teria que tomar as providências, uma vez que todos ali estavam nervosos e ansiosos demais. O rapaz teria que ir à delegacia para dar queixa e formalizar o desaparecimento do cunhado.  Sentia pena de Celina por tudo que ela estava passando.

 Depois das formalidades na delegacia o rapaz foi informado de que esperariam até a manhã seguinte, para iniciar as buscas, isto é, as 24 horas necessárias para a polícia entrar no caso, disse o delegado de plantão. Enquanto isso, Fernando poderia aparecer e a família deveria comunicar à polícia.

Celso retornou à casa de sua irmã, estava desolado, as notícias não eram boas. Teriam que esperar ou procurar por conta própria. Eles deveriam procurar nos Hospitais, Necrotério, lugares ermos, onde houvesse uma pequena possibilidade de encontrar Fernando, foi o que o assistente do delegado sugeriu, quando Celso saiu da delegacia.

O rapaz disse que pediria a dois amigos para ajudá-lo a encontrar o cunhado. Iriam procurar em todos os Hospitais e Necrotérios da região. Fernando não poderia ter sumido, provavelmente estaria vagando pelas ruas em uma de suas ausências.

Os três rapazes rodaram a tarde toda e quando já tinha anoitecido voltaram de mãos vazias. Nenhum sinal de Fernando, nos Hospitais e Necrotérios não havia ninguém que se parecesse com ele e nas ruas das periferias também não encontraram rastros do rapaz. Até no rio que cortava a cidade eles procuraram, porém, não havia nenhuma pista; teriam que esperar o dia seguinte para procurar com o apoio da polícia.

 Amanheceu o sábado com chuva intermitente; o dia fechado e frio deixou Celina mais desesperada. Dormira um pouco após tomar um calmante; sua família passara a noite ali com a esperança de Fernando voltar. Entretanto, não havia nenhuma notícia do seu marido e logo após, chegaram os pais do rapaz; queriam notícias do filho desaparecido.
 Um texto de Eva Ibrahim.

Continua na próxima semana.
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