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sábado, 29 de julho de 2017

"EU QUERO ESTAR COM VOCÊ, NÃO PORQUE EU DEVA ESTAR OU PORQUE TODOS QUEIRAM, MAS PORQUE EU PREFIRO ESTAR CONTIGO A ESTAR EM QUALQUER OUTRO LUGAR NO MUNDO INTEIRO". AUTOR DESCONHECIDO

JEITO DE AMAR

CAPÍTULO DOIS

             A moça não via a hora de chegar o dia de encontrar-se com Renato, queria agradá-lo. Ela sentia que faltava alguma coisa, como se tivesse ficado uma dívida de gratidão para trás. Parecia ser a primeira vez que se interessava por alguém; estava mexida por dentro. Comprou roupas novas e marcou cabeleireiro, estava ansiosa para vê-lo.

           Finalmente estava pronta, esperando por Renato, que chegou na hora marcada para felicidade da moça. Em seguida, saíram sorrindo para uma noite de diversão. Jantaram em uma danceteria e depois dançaram até as duas horas da manhã, quando Renato a levou para casa, então, já estavam apaixonados.

            E, assim os dias eram contados para os encontros dos dois namorados. O interesse mútuo no bem-estar dos animais tratados na clínica, faziam Alice passar muitas horas auxiliando Renato nos cuidados gerais. Em pouco tempo ela estava trabalhando ao lado dele, tratando dos animais.

          Certo dia, apareceu uma jovem com um cãozinho queimando de febre, que precisava de cuidados intensivos. O casal passou grande parte da noite na sala de observação, cuidando do animal. Quando a febre cedeu, ambos deitaram no sofá e adormeceram juntinhos. Foi uma noite de lutas para preservar a vida do pequeno animal. 
            Alice não se continha, tinha uma profunda admiração por Renato, queria estar ao seu lado para sempre. Então, ele a convidou para ir conhecer seus pais, que moravam no sul do país.
           - Uma viagem encantada para as serras de Santa Catarina, disse Alice para sua mãe, quando retornou.

Os pais de Renato moravam em Bom Jardim da Serra, porta de entrada para a serra catarinense. Foi muito bem recebida pelo casal de agricultores, que a trataram como filha, debaixo de um frio congelante. Passaram as noites sentados em frente à lareira, em um clima de puro aconchego.

Foi ali, em frente à lareira, que Renato pediu Alice em casamento. E, com um longo beijo selaram o compromisso de amor. Passaram o fim de semana na casa dos pais de Renato, contemplando as belezas das montanhas catarinense.

           Voltaram ao interior de São Paulo com um grande sorriso nos lábios; iriam começar os preparativos para o casamento. Os pais de Alice ofereceram uma pequena casa, que haviam comprado como investimento, para o casal iniciar sua nova vida. Com tantas coisas a favor, eles eram somente alegria, até que um acidente os paralisou.

             Em um sábado de manhã, um automóvel em uma velocidade muito grande para o local, adentrou ao estacionamento derrubando o sinaleiro e o latão de lixo. No volante estava uma senhora visivelmente nervosa. E, quando abriu a porta para sair, o cão que vinha no banco do passageiro saltou para a rua.

           Alice, que estava em frente a porta de entrada, correu para apanhar o animal, que fugiu rapidamente. Na corrida brusca ela não viu uma motocicleta, que a apanhou e jogou longe. Renato saiu correndo ao seu encontro quando ouviu o barulho da moto derrapando.

Enquanto a moça se contorcia de dores com um grande ferimento em sua perna esquerda, muitas pessoas que estavam nas imediações se aproximaram. Renato, desesperado, gritava para chamarem uma ambulância; era uma emergência com Alice. Ele se abaixou e pediu para ela se acalmar, então, tirou a blusa e comprimiu o ferimento na coxa, que jorrava sangue.


Um texto de Eva Ibrahim.
MEU MUNDO REINVENTADO.

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