NÃO
QUERO O SEU AMOR
CAPÍTULO
SETE
A moça estava deprimida e sendo assim,
passou vários dias sem sair de casa. Não queria se encontrar com as amigas;
temia rever o Edu e o Júlio também. Do primeiro sentia vergonha e do segundo
sentia raiva; Vitória preferia não se encontrar com nenhum dos dois. Seria
melhor deixar o tempo apagar a má impressão deixada.
Na sexta-feira à noite, Lídia ligou para
Vitória e a convidou para irem a uma lanchonete, que tinha apresentação de
músicas ao vivo. A moça estava carente e achou que poderia se alegrar um pouco,
então, combinaram o passeio.
Vitória, que não atendia aos telefonemas de
Júlio, saiu de casa pensando que ele seria a última pessoa que ela queria
encontrar. Queria se encontrar com seu amor, Edu, o irmão de Lídia.
No
entanto, depois de algum tempo, sentada em um canto da lanchonete Vitória
empalideceu, pois o Edu, acompanhado da loira, adentrou ao recinto; estavam
abraçados e rindo alto. A moça se encolheu no canto, não queria ser vista por
eles.
Esperou que o casal se sentasse e pediu para
a amiga que fossem embora. Em seguida saíram juntas, sem serem vistas e foram
para outro barzinho dançante. Chegando lá deram de cara com o Júlio, que veio
alegre ao seu encontro. O rapaz chegou beijando o rosto de Vitória, que ficou
sem jeito e recebeu o ósculo no rosto.
Com a situação em que estava metida,
a moça acabou aceitando a companhia do rapaz, que mais uma vez fazia papel de
estepe. Ele estava alegre e agia como se fosse o namorado de Vitória e ela
acabou por aceitar seu carinho; estava carente e queria esquecer o Edu.
A noite passou alegre e descontraída,
a Lídia também arrumou um par e as duas terminaram a noite rindo muito e
satisfeitas. Afinal, estavam felizes por encontrar pessoas que encheram a sua
noite de alegria:
-
É difícil não rir diante do palhaço do Júlio, ponderou Vitória.
Júlio estava longe de ser o homem que
ela queria, mas era uma boa companhia. Vitória e Lídia concordaram em ficar com
aqueles rapazes para ter acompanhante e o Júlio mostrou um lado seu que a moça
nunca notara, era alegre e brincalhão.
A desilusão que se abatera sobre a moça não
deixava que ela se alegrasse; vivia triste e sem graça. Não queria sair de casa
para não se encontrar com Edu. No entanto, sua amiga Lídia insistiu para que
fossem a um churrasco na casa de amigos. Chegando lá, Vitória deu de cara com o
Júlio e, ele foi ao seu encontro sorrindo.
Um texto de Eva Ibrahim
Continua na próxima semana.