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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

"CADA SONHO QUE VOCÊ DEIXA PARA TRÁS, É UM PEDAÇO DO SEU FUTURO QUE DEIXA DE EXISTIR". STEVE JOBS-- O DESAFIO É TRANSFORMADOR. EVA IBRAHIM

 NA CORDA BAMBA
CAPÍTULO CINCO
         Vitória estava decidida a enfrentar aquela situação de igual para igual. Ele veria que ela também sabia se mostrar indiferente e magoá-lo com o desprezo. Edu sentiria na pele o que fizera a ela; iria dar em cima de um de seus amigos.

          Júlio, um amigo de Edu, já se insinuara para ela por diversas vezes e ela nunca aceitara sair com ele, porque estava interessada em Edu. No entanto, agora seria diferente, o Júlio seria de grande valia.

Tinha uma semana para se preparar para o baile de abertura do Carnaval e quatro dias de carnaval para fazer o Edu sofrer. Juntou alguns amigos e propôs montarem um bloco de Carnaval com Colombinas, Arlequins e Pierrôs.

Convidou a Lídia, irmã de Edu e trataram de comprar as fantasias de cada personagem o mais característica possível. Júlio seria o Arlequim de Vitória, que faria o Edu sentir ciúmes; no entanto, o pobre rapaz nada desconfiava e aceitou o convite para participar do bloco; ficou feliz por Vitória ter se lembrado dele.

Um grupo de oito pessoas, quatro mulheres e quatro homens, cada um com sua parceira; assim o divertimento seria garantido. Todos mascarados e cheios de energia estariam pulando no salão. Duas Colombinas de vestidos de seda brancos e duas de vestidos de seda vermelhos. Os homens dois Arlequins de roupas azuis e dois Pierrôs de roupas laranja.

Quando o bloco adentrou ao salão, a maioria das pessoas se voltou para admirá-los, estavam exuberantes e alegres. Todos mascarados e disfarçados; havia um pacto entre eles para permanecerem no anonimato. Ninguém deveria tirar a máscara, que deixava de fora apenas a boca.

          A orquestra tocava com potência máxima, havia muita alegria no ar e quando Vitória viu o Edu adentrar ao recinto com a moça loura, que estava na rede social, ela tremeu de raiva. Então, ela tratou de agarrar o Júlio e disfarçadamente se aproximou do novo casal.

         O grupo se misturava aos demais foliões e cada um seguia suas intuições. Vitória estava muito infeliz, porém, debaixo da máscara ninguém poderia ver e ela seguia agarrada a cintura de Júlio, como se aquele fosse o seu grande amor.

        Ela estava muito magoada e não pensou nos sentimentos de Júlio, que se empolgou e lhe deu um beijo em frente ao Edu. Nesse momento, Edu parou para olhar quem estava com seu amigo e acabou por reconhecer Vitória. Naquele momento ele deu um sorriso carregado de cumplicidade.

             Por debaixo da máscara ela ficou vermelha, então percebeu que caíra numa roubada; agora o Edu não iria querer mais nada com ela, pois, sempre dizia que:

           -“Mulher de amigo, para mim é homem”.

A moça se desvencilhou do rapaz que ainda segurava em sua cintura e se dirigiu ao banheiro, precisava chorar. Vitória se dera mal e agora estava em uma corda bamba.

Um texto de Eva Ibrahim. Continua na próxima semana.
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