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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

"COM O TEMPO, NÃO VAMOS FICANDO SOZINHOS APENAS PELOS QUE SE FORAM, MAS VAMOS FICANDO SOZINHOS UNS DOS OUTROS". MÁRIO QUINTANA -- O IMPORTANTE É LUTAR SEMPRE. EVA IBRAHIM


LUANA

A PEQUENA FLOR

                                       CAPÍTULO DOIS
            O novo lar estava preparado para que o casal pudesse iniciar a vida em comum. As famílias dos noivos se empenharam para que tudo ficasse pronto antes da data marcada, queriam muito o primeiro neto. Fora encomendado de maneira pouco responsável, isto é, sem estrutura de família, porém era muito bem-vindo, diziam as avós.

           Havia no ventre de Celi uma semente de amor sendo gerada e ela merecia todo cuidado do mundo. Samuel colocou a esposa delicadamente na cama; amava os dois que estavam ali e faria tudo para protegê-los. Naquele momento eles perceberam a diferença em estar casados, agora teriam que assumir as responsabilidades para cuidar da casa e futuramente do bebê, que estava a caminho.

             Na hora do amor, Samuel ficou olhando para o ventre de Celi, que já despontava levemente do seu leito natural. Logo saberiam o sexo da criança. Dormiram abraçados, estavam felizes.

         Os dias corriam rapidamente, então, souberam que teriam uma filha, a quem chamariam de Luana. Tudo correu normalmente até o sétimo mês e Luana nasceu prematuramente depois de muita correria.

           A bolsa de águas se rompeu dentro do Supermercado e a moça ficou paralisada no meio do corredor de frios. A água escorria por suas pernas sem que ela conseguisse segurar. As pessoas foram se juntando ao redor da gestante, que parecia assustada. Então, a segurança do estabelecimento trouxe uma toalha e Samuel enrolou no corpo de Celi, colocando-a no automóvel. Depois saiu dirigindo feito louco até o Hospital.

          O rapaz adentrou à emergência gritando que o bebê estava nascendo, entretanto, a situação se apresentou bem mais complicada e precisou de uma intervenção cirúrgica para que Luana pudesse sobreviver. A menina, que era prematura, nasceu com baixo peso, problemas respiratórios e foi para a Unidade de Terapia Intensiva.

          Samuel sentiu-se perdido, não estava preparado para enfrentar aquela situação. A mãe com uma cirurgia na barriga e a filha pequenina em meio a uma porção de aparelhos para poder respirar. Estava decepcionado, pensava que seria igual aos seus conhecidos, isto é, sairiam dali com a Luana no colo linda e cheirosa.

           Nos primeiros dias, Samuel ficava no Hospital com Celi, depois passou a dizer que tinha que trabalhar e foi se afastando lentamente. Celi teve alta, entretanto, passava a maior parte do tempo no alojamento da UTI neonatal, pois, deveria amamentar a filha e aguardar que ganhasse peso para poder leva-la para casa.
 Um texto de Eva Ibrahim.

Continua na próxima semana.
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