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quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

"FOGO E PAIXÃO" - WANDO - "(...) QUANDO TÃO LOUCA, ME BEIJA NA BOCA, ME AMA NO CHÃO. ME SUJA DE CARMIM, ME PÕE NA BOCA O MEL. LOUCA DE AMOR, ME CHAMA DE CÉU, OH!, OH!, OH!, OH!, OH!. (...)" COMPOSITORA: ROSE MARIE BURCCI ALVES D. REIS

                                      TOQUE DE AMOR

CAPÍTULO DOIS

          O mundo estava diferente, tinha um brilho nunca antes percebido por aquele rapaz, que queria dançar, abraçar as pessoas, brincar com os animais; estava eufórico. Quando entrou na casa de sua prima, admirou uma rosa no jardim.

             – Quem colocou essa flor aí? Não estava aí antes! Parou e contemplou sua beleza.

            Em seguida, com um sorriso diferente de contentamento, entrou e foi para seu quarto, precisava pensar. Jogado na cama, esquecera-se de tudo, seu pensamento estava longe.

           A prima foi chama-lo para o jantar. Pedro estava deitado sobre o leito olhando para o teto, então, ela percebeu que ele estava diferente e foi logo perguntando:

            - Está tudo bem? Você entrou direto para o quarto, está se sentindo mal?

              O rapaz sorriu, estava em transe, nem ele sabia o que estava sentindo, mas gostava da sensação inebriante, que se alojara em seu peito. Ao pensar em Gilda seu coração disparava, precisava daquela mulher em sua vida.

           - Não se preocupe Lola, conheci uma moça que está me tirando do sério. Acho que estou apaixonado, não consigo tirá-la do pensamento.

          Em seguida, sentou-se na cama e viu que ainda estava com a roupa do trabalho.

             - Vou tomar banho e já desço para o jantar.

             A prima saiu dali sorrindo, o sintoma de amor era igual para todos. Lembrou-se de quando se apaixonara por Vitório, ainda gostava dele, mas aquela sensação eletrizante dos primeiros tempos, já não existia mais. Estavam acostumados um com o outro e o fogo se apagou, ficou a certeza da presença constante de cada um.

           Dando na vista, Pedro queria ficar sozinho, para rever os momentos em que estivera perto daqueles olhos verdes. Tinha muitas coisas para perguntar a ela, mas teria que ir devagar para não assusta-la, não queria perde-la. Ligou a Televisão, mas não conseguia se concentrar, depois sentou-se em frente ao computador e, não sabia o que queria ali.

            Assim, apagou a luz e ficou deitado no escuro, precisava pensar em como agir com aquela deusa. Dormiu e sonhou que ela estava acompanhada de outro rapaz, acordou suando.

              - Ainda bem que foi somente um sonho, pensou e foi lavar o rosto na pia do banheiro. Estava realmente perturbado, nunca sentira nada parecido com aquilo

           O dia amanheceu e ele tratou de tomar um banho caprichado, queria ficar bonito para rever sua musa. Saiu antes da hora, precisava guardar lugar para ela, que subia no metrô uma estação depois dele.

             Quando ela entrou, seu coração disparou, ela estava mais linda ainda, como se isso fosse possível. Ele sorriu e ela retribuiu, depois sentou-se no lugar dele e na hora de sair, ele, instintivamente, tocou no braço dela. Sentiu um arrepio, aquele fora um toque de amor. Ela não fugiu, apenas aceitou normalmente. Gilda parecia gostar da presença dele, que se mostrava solícito com ela.

             Seguiram juntos até a empresa, cerca de um quilômetro, mas quando entraram, ele lamentou baixinho.

            - Poderia ser mais distante. Não tive tempo de conversar quase nada.

            Depois disse:

            - Até mais tarde, desejando estar com ela o tempo todo.

 Um texto de Eva Ibrahim Sousa 


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