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sexta-feira, 11 de agosto de 2017

"O AMOR É A FORÇA MAIS CURATIVA DO MUNDO. ELE CURA NÃO APENAS O CORPO E A MENTE, MAS TAMBÉM A ALMA". OSHO

POR UM SORRISO SEU

CAPÍTULO QUATRO
             Renato foi dormir meio amortecido pela bebida, na verdade ele se jogou na cama do jeito que estava; não queria lembrar-se daquele dia e de Alice no Hospital. Teve uma noite conturbada, cheia de pesadelos; não conseguiu descansar e acordou com dores em todo o corpo.

           O dia amanheceu e os seus problemas continuavam ali, para atormentá-lo, não queria acreditar que havia acontecido tudo aquilo no dia anterior. Ele e Alice estavam tão felizes e agora ela estava no Hospital, cheia de dores. Entrou no chuveiro, queria tirar toda aquela sensação de sujeira de seu corpo e depois visitar a sua noiva.

Quando conseguiu permissão para entrar no quarto em que Alice estava, sentiu-se mal; ela estava na Unidade de Terapia Intensiva com mais quatro pessoas em estado grave. Estava semiconsciente, gemendo e bastante agitada. Renato tentou falar com ela, porém, Alice não o reconheceu e continuou naquele estado de ausência dolorosa.

O médico explicou que não poderia sedá-la mais, pois queria que acordasse espontaneamente; ainda estava sob o efeito da anestesia. Tinha muitas dores, mas logo estaria melhor e seria transferida para um quarto. Estava ali em recuperação anestésica, após horas de cirurgia. O rapaz saiu chorando e encontrou os pais de Alice na recepção, que tentaram acalmá-lo.

A filha ficaria boa, aqueles eram apenas momentos difíceis, que estavam passando. O médico havia explicado a eles todo o procedimento que Alice fora submetida. Que ele fosse trabalhar e voltasse mais tarde; eles ficariam ali. Renato saiu de cabeça baixa, estava muito triste, no entanto, precisava abrir a clínica para cuidar dos animais que estavam sob sua responsabilidade.

          Trabalhou duro para não pensar em Alice e na hora do almoço ele e seu auxiliar vasculharam toda a região em busca do cão que fora o causador do acidente. Sua dona estivera ali, procurando o animal fugitivo. Mas não conseguiram encontra-lo; a mulher estava inconsolável.

             Renato respondeu aos que perguntaram sobre a saúde da moça, dizendo que ela ficaria bem; ele precisava acreditar naquilo. Por diversas vezes, telefonou para saber como a moça estava e foi informado de que no final da tarde seria transferida para o quarto. Então, o rapaz ficou mais tranquilo, iria visita-la.

         Foi mais cedo para sua casa e tratou de arrumar-se para ver a moça, queria pedir-lhe desculpas por todo aquele sofrimento. Juntos iriam enfrentar aquela batalha, estavam comprometidos para todos os momentos.

            Estacionou seu veículo perto de uma banca de flores, comprou um vaso com flores vermelhas, porém, não se lembrava do nome das flores, que a florista lhe disse sorridente.  Em seguida levou para dar à sua amada.

Na portaria lhe perguntaram aonde iria com aquele vaso. Então ele respondeu:
- São flores para Alice.
E, quando entregou a ela viu um sorriso se abrir entre lágrimas.

  Ele abaixou-se para beijá-la e sussurrou ao pé de seu ouvido:

- Por um sorriso seu, meu amor.

Um texto de Eva Ibrahim
MEU MUNDO REINVENTADO.

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