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sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

"PORQUE EU, O SENHOR TEU DEUS, TE TOMO PELA TUA MÃO DIREITA E TE DIGO: "NÃO TEMAS, QUE EU TE AJUDO". ISAÍAS 41:13

SEGURA NA MÃO DE DEUS

CAPÍTULO QUATRO 
A moça estirada no chão ainda não se dera conta do ocorrido, tudo aconteceu em alguns segundos. No entanto, a dor era insuportável e ela gemeu alto chamando a atenção para si. Érica que estava a alguns passos dali se voltou para ver o que havia acontecido. Vendo a prima caída em meio a uma poça de água, arregalou os olhos dizendo:

 - O que houve, pelo amor de Deus! 
 Segurando a mão esquerda com a outra mão, Maura gemia entre soluços;
 - Quebrei o braço e não consigo me levantar. 

 Havia pouca gente no local, mas uma mulher se aproximou oferecendo ajuda e logo após um homem também chegou e foi logo perguntando:

     - Quer que eu a ajude a se levantar?
     – Por favor, pediu Érica muito assustada. 
  Então, o homem colocou os braços sob as axilas de Maura e a ergueu de uma só vez, sentando-a em um banco. Ela suava tanto, que o suor escorria pelo seu rosto; mal conseguia balbuciar alguma coisa. Estava com o rosto desfigurado e, com um esforço enorme segurava o braço esquerdo com a mão direita sobre a cabeça, que era o lugar onde seu membro doía menos. Da alegria a dor fora apenas um segundo que se passara, e tudo escureceu; Maura estava desesperada e com muito medo entre espasmos de dor   
 Aos poucos foi juntando gente e entre eles o gerente do Supermercado, que estava muito preocupado e com medo de sofrer um processo por negligência. Havia uma enorme poça de água naquele local e muitas testemunhas, onde a moça escorregara. O homem, imediatamente ligou para o bombeiro, queria promover o socorro urgente, para que menos pessoas possíveis pudessem ver, pois aquele fato era uma propaganda negativa ao estabelecimento.

A central dos bombeiros queria saber se a pessoa acidentada ainda estava caída no chão e como houve a explicação de que já estava sentada, a orientação foi para promover o socorro por conta própria ou iria demorar muito. Era domingo e havia somente dois carros de plantão e como chovia sem parar, os chamados eram muitos; havia uma fila deles.

Maura já não aguentava mais, a mão boa doía por segurar o outro braço e não havia outra posição, uma vez que seu braço estava destroncado. O mesmo bombeiro orientou o local onde havia um ortopedista de plantão. Ficava do outro lado da cidade e Érica preferiu pegar a rodovia por ter menos tráfego, pois teriam que percorrer vinte quilômetros até chegar ao Pronto Atendimento citado pelo bombeiro.

 Enquanto Érica pegava o automóvel, alguém trouxe uma cadeira de rodas onde Maura foi colocada e conduzida até o veículo.             
Então, começou uma corrida louca contra o tempo e a dor.

Um texto de Eva Ibrahim.
Continua na próxima semana.


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