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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

"NÃO DIGA NADA" - MÚSICA ROMÂNTICA - "MAS, SE NADA DISSO LHE INTERESSA, NÃO DIGA NADA, FIQUE CALADA. DEIXA QUE EU PENSE O QUE QUISER, FIQUE CALADA, NÃO DIGA NADA. DEIXA QUE EU TE LEVE POR CAMINHOS, QUE SÓ EU CONHEÇO. DEIXA QUE EU ESQUEÇA DE VOLTAR PRO SEU COMEÇO." GILLIARD

AH! COMO EU TE AMEI
                                                 CAPÍTULO TRÊS
          Vitor ligou para sua mãe e explicou que não poderia viajar para sua casa, precisava ficar e despedir-se de Serena. Para a família ele mandava muitas lembranças e todo o amor fraterno que carregava em seu peito. Mas, para a sua amada daria um final de semana de muito amor. Esperava que todos compreendessem e apoiassem sua decisão, ele os amava de todo o coração.
              - Compreendo meu filho, fica em paz, nos vemos na hora do embarque. Só quero a sua felicidade. Respondeu sua mãe com muito carinho.

             Serena arrumou suas coisas e voou ao encontro de Vitor. Ele a esperava com um sorriso no rosto e o coração cheio de amor. A moça foi recebida com um longo abraço, seguido de beijos há muito desejados.

             Do aeroporto seguiram para um resort e lá fizeram seu ninho de amor. Passaram a noite de sexta-feira, sábado e parte do domingo juntos e abraçados; o tempo todo se amando. A primeira foi uma noite de núpcias, carregada de saudades e de muito amor; estavam praticamente casados de corpo e alma.

             As formalidades ficariam para depois, agora estavam felizes e não queriam saber de mais nada. Ao anoitecer do domingo, Vitor e Serena foram para um Hotel, ela ficaria hospedada ali até a quarta-feira, depois voltaria para São Paulo com os pais dele.

            Ele teria que retornar a sua base militar, ainda no domingo à noite. O embarque seria na quarta-feira e Serena ficaria em Brasília para despedir-se de Vitor, juntamente com a mãe dele, o pai e a irmã, que viriam de São Paulo para um último abraço.

A moça aproveitou para conhecer a capital do país, enquanto aguardava a partida de seu amor. Andou pela Esplanada dos Ministérios, Palácio da Alvorada, Palácio do Itamaraty, Memorial JK e outros, mas o que mais ela gostou foi da Catedral Metropolitana.

Serena entrou e ajoelhou-se em frente ao altar, perdendo a noção do tempo. Passou mais de uma hora conversando com Deus, estava se preparando para uma longa e solitária espera. Precisava da ajuda dos céus, para arrumar forças e não se desesperar enquanto Vitor estivesse no Haiti.

Na manhã de quarta-feira, ela e a família de Vitor foram ao aeroporto para as despedidas. A tropa estava a postos para a execução do Hino Nacional Brasileiro, estavam todos em posição de respeito. 

Vitor se postara ereto, com a mão esquerda no coração e a boina azul brilhando em sua cabeça. Era um legítimo representante de seu país; cheio de garbo e orgulho de sua pátria. Serena sentiu uma pontada de inveja, também queria estar lá.

Quando a banda começou a tocar, as lágrimas começaram a correr de seus olhos, era muito amor por aquele homem que a conquistara um dia. Todos que ali estavam, tinham os olhos marejados de lágrimas; era comum rolar a emoção nessas ocasiões.

Após os últimos acordes, os novos integrantes da força de paz puderam se aproximar de seus parentes, foi uma festa de abraços, beijos e muitas lágrimas. Vitor abraçou seus pais, sua irmã e depois afastou-se para se despedir de sua amada. Entre juras de amor e promessas de fidelidade ele se foi em direção ao avião, que os levaria para a missão de paz.

Serena ficou ali, parecia anestesiada, esperando o avião da Força Aérea decolar. Depois de quarenta minutos ele subiu e foi desaparecendo no espaço, deixando uma mulher estarrecida diante do fato consumado.

 Estaria sozinha por muito tempo, nem sabia quanto. Duas lágrimas correram pelo seu rosto indo morrer em sua boca. Aquele era o gosto da despedida, amargo, muito amargo.

Um texto de Eva Ibrahim
MEU MUNDO REINVENTADO.

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