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quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

"FOGO E PAIXÃO" - WANDO- "VOCÊ É LUZ, É RAIO ESTRELA E LUAR, MANHÃ DE SOL. MEU IAIÁ, MEU IOIÔ, VOCÊ É "SIM" E NUNCA MEU "NÃO". QUANDO TÃO LOUCA, ME BEIJA NA BOCA, ME AMA NO CHÃO." "(...)' COMPOSITORA: ROSE MARIE BURCCI ALVES D. REIS

          AQUELES OLHOS VERDES

A PRIMEIRA IMPRESSÃO

CAPITULO UM

                   O tempo estava ruim, Pedro ficou com a camisa molhada, pois descera do ônibus e tomara chuva até a estação do metrô. Tinha pressa, começara seu trabalho fazia pouco tempo, ainda estava na experiência. Viera de Belo Horizonte a pedido do seu encarregado, deveria ficar ao lado do secretário geral, o tempo todo. Parecia um guarda-costas, mas era um secretário particular, que desempenhava um cargo de confiança.

               Era a primeira vez que pisava em terras paulistanas e trazia consigo muitas expectativas, queria melhorar de vida. Era formado em contabilidade e administração, no entanto, ganhava pouco em sua cidade. São Paulo era a terra das oportunidades, todos diziam. Seus pais fizeram muitas recomendações, temiam a falta de segurança da metrópole. Pedro, então, foi morar com uma prima do pai dele, assim a família ficava mais tranquila.

                 A casa ficava em um bairro próximo ao centro, mas precisava pegar um ônibus e depois o metrô para chegar ao trabalho. Demorava em trânsito uma hora e meia, o que era razoável para uma cidade grande.

                  Mesmo estando molhado, o rapaz ia se ajeitando no veículo ferroviário, entre tantas outras pessoas com o mesmo problema. Quando chovia, os transtornos eram grandes, a cidade ficava travada pelas enchentes e congestionamentos, formando um verdadeiro caos.

                 Dentro do metrô havia muita gente se espremendo com seus guarda-chuvas nas mãos. Em dado momento, seus olhos se cruzaram com um par de olhos iguais a duas esmeraldas, que brilhavam como pedras preciosas. A dona deles se postara em um canto, estava espremida entre o banco e a lateral do veículo.

                     Era a moça mais linda que ele já vira. Tinha os cabelos cacheados de uma cor castanho claro dourado. O rapaz ficou parado olhando aquela moça, que tinha o poder de enfeitiça-lo. Ficou encantado, mas o metrô parou e ele deveria descer ali mesmo. Lamentou, precisava conhecer aquela moça, mas foi saindo ou perderia a hora do trabalho.

                  Quando já estava chegando na empresa, olhou para trás e lá estava ela, a moça dos olhos lindos. Ele parou e ela passou por ele, em seguida a moça entrou na mesma firma que ele. Não era possível, ela trabalhava lá também, ficou eufórico, depois iria investigar quem era ela. Tudo ficou mais bonito, ele parecia bobo e se perguntava:

                    - Que mulher é essa? Que me deixa louco só em vê-la?

                  Trabalhou distraído, não tirava a moça da cabeça, quando deu horário de almoço, saiu rapidamente e ficou do lado de fora esperando os funcionários saírem. Logo ela apareceu em meio a um grupo de pessoas do Recursos Humanos. A moça trabalhava lá, na parte interna e ele teria que falar com ela.

                    – Como abordá-la? Ele não conhecia ninguém, que pudesse pedir ajuda.

Pedro nem conseguiu comer direito, de longe, não tirava os olhos da moça.

                A jovem almoçou, em seguida levantou-se e quando ia saindo, Pedro deu um jeito de esbarrar nela. Logo pediu desculpas, era um rapaz educado.

                 Ela mostrou-se surpresa, mas sorriu e fez sinal com a cabeça, que aceitava as desculpas, depois seguiu em frente. Pedro ficou desanimado, não conseguiu tirar nenhuma palavra dela. O dia terminou e ele a viu somente na saída, não pode se aproximar.

                Foi dormir pensando nela e planejando nova abordagem para o dia seguinte. Precisava saber o nome dela, de onde viera, se era solteira ou casada. Com esse pensamento ele sentiu um arrepio.

              - Será que a minha musa é casada? - Não pode ser, eu a quero para mim.

             Dormiu mal aquela noite e ficou esperando por ela no metrô. Quando a moça apareceu ele ofereceu seu banco para ela.

               Ela agradeceu e sentou-se, ele se postou ao lado dela. Depois, naturalmente saíram do veículo juntos. Então, ele perguntou qual era o nome dela.

              Gilda Lira Pinheiro, ela disse devagar e ele esticou a mão dizendo:

             - Pedro Cunha, a seu dispor.        

             Com um brilho intenso no olhar, ele não se cansava de olhar para ela.

              Começava ali uma bela história de amor.

               Um texto de Eva Ibrahim Sousa

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