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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

"AS PESSOAS NÃO SE PRECISAM, ELAS SE COMPLETAM... NÃO POR SEREM METADES, MAS POR SEREM INTEIRAS, DISPOSTAS À DIVIDIR OBJETIVOS COMUNS, ALEGRIAS E VIDA". -----MÁRIO QUINTANA------ CARNAVAL 2013.


                                          O CAMINHO DA FELICIDADE.

        Álvaro chegara do trabalho por volta das vinte horas e depois de um banho para tirar a “inhaca” como dizia sua mãe, comeu um sanduíche e ligou a televisão; era sexta-feira de carnaval.
        Estava triste, pois fazia uma semana que discutira com Raissa e não a vira mais. Orgulhoso como era não iria se rebaixar e pedir desculpas, muito pelo contrário ele esperava que ela se retratasse. Ele estava apaixonado e sentiu-se ofendido quando ela disse que iria estudar à noite. Álvaro bateu o pé, não queria que sua namorada saísse todas as noites sem a sua companhia. A discussão aconteceu e ambos sentiam-se donos da razão, não houve acordo e pela primeira vez o rapaz a deixou sem despedir-se. Há quatro meses eles estavam saindo para se conhecer e essa fora a primeira briga do casal.
        Ele queria muito falar com ela, mas se voltasse atrás perderia o respeito por si próprio e além do mais ele não mudara de ideia. Álvaro temia que sua amada conhecesse alguém e o passasse para trás. Raissa argumentou que precisava trabalhar para ajudar seus pais e o jeito seria estudar à noite. Um dilema que envolvia a família da moça e ele poderia perder a razão, por isso estava tão triste.
       O telefone não tocou e o rapaz resolveu sair para arejar a cabeça; havia muita bagunça nas ruas. Ele sentou-se em uma mureta para ver os blocos desfilarem pela avenida. Álvaro estava enfraquecido emocionalmente e sentia-se solitário em meio aquela grande festa. Resolveu andar um pouco para aliviar o peso da amargura que sentia naquele momento. Com as mãos no bolso ele seguia cabisbaixo pensando em seu amor; não poderia viver sem ela.
       O jeito de andar e o modo como sorria eram insubstituíveis, ele amava aquela moça e morreria sem ela; parecia que tudo estava escuro e feio. Não via graça em nada e ainda teria mais quatro dias de carnaval para curtir sozinho.
        Álvaro imaginava Raissa afagando seus cabelos e beijando-o ardentemente; precisava dela. Perdido em seus pensamentos ele não percebeu que havia andado bastante; estava perto da casa do seu amor. Assustado, o rapaz se escondeu atrás de uma árvore para não ser visto; havia música na rua e os blocos de carnaval passavam promovendo uma grande folia.
        –Será que ela estaria assistindo aos festejos? A possibilidade era grande, ninguém iria dormir com aquela algazarra na rua, concluiu o rapaz. Álvaro, muito ansioso, passou a olhar com atenção para todos os lados. Seu coração pulsava rapidamente quando ele viu o objeto de sua paixão, Raissa estava encostada no muro de sua casa conversando com uma amiga.
        O coração do rapaz parecia não caber em seu peito, sua amada estava a cinquenta metros de distância e ele queria abraça-la e beijá-la até matar a saudade, que o estava matando. Ela não sabia que ele estava ali e também parecia triste. Álvaro não se continha, teria que percorrer aquela distância, que para ele representava ser o caminho da felicidade.
        Foi o caminho mais longo que Álvaro já percorreu em toda sua vida e quando Raissa o viu abriu os braços com um belo sorriso. O beijo foi inevitável, ambos se amavam e teriam que resolver suas diferenças para poderem ser felizes. Seguiram abraçados em meio aos foliões; teriam a noite toda para se entender, afinal era noite de carnaval. O amor estava no ar e havia um convite ao prazer e a felicidade.
       Um texto de Eva Ibrahim.
MEU MUNDO REINVENTADO.

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