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quarta-feira, 31 de julho de 2019

"A FLOR E O BEIJA-FLOR" "ESSA É UMA VELHA HISTÓRIA DE UMA FLOR E UM BEIJA-FLOR, QUE CONHECERAM O AMOR NUMA NOITE FRIA DE OUTONO. E AS FOLHAS CAÍDAS NO CHÃO DA ESTAÇÃO QUE NÃO TEM COR, E A FLOR CONHECE O BEIJA-FLOR E ELE LHE APRESENTA O AMOR". (...) COMPOSITORES: MARÍLIA MENDONÇA, HENRIQUE E JULIANO

COM O BUQUÊ NAS MÃOS

CAPÍTULO QUATRO
           O casal foi para casa descansar, precisavam reservar energia para o forró da noite de sábado. Naquele dia, um grupo famoso iria se apresentar na Pirâmide e Gabriel queria levar sua amada para dançar. Viviane alertou o rapaz de que não sabia dançar forró, poderia dar vexame. Ele sorriu e disse:

         -Basta me acompanhar, vou guia-la pela vida afora e, é bom começarmos agora. Você dançou comigo no outro dia, é a mesma coisa, com pequenas variações. Ficou pensativo e depois continuou:

            - Eu sou o cavalheiro que irá conduzi-la aos céus. Gabriel enfatizou as palavras, olhando fixamente para ela. Aquela fora uma metáfora cheia de muitas intenções, carecia de reflexão.

                Ela balançou a cabeça e pensou que ainda era cedo para ter tantas certezas, mas ficou calada, não iria estragar aquele momento. Faria tudo para não pisar nos pés de Gabriel. Ela gostava do rapaz, mas não queria errar novamente, seu casamento fora um desastre. Ainda tinha alguns dias para conhece-lo melhor e tempo para decidir seu futuro.

                A noite chegou e Viviane acompanhou o rapaz ao Parque do Povo, onde podia-se ouvir o som do forró em todos os salões do local. A música, com uma batida dançante, enfeitava o ar e convidava o povo para dançar.

            De mãos dadas, os dois passearam por entre os quiosques e as barracas de artesanatos, parando para admirar uma peça e outra. Havia muitas tapeçarias, bibelôs e pequenas lembranças do Maior São João do Mundo para serem vistas, depois foram assistir ao show e dançar até o amanhecer.

                No domingo, Gabriel levou Viviane para conhecer seus pais e almoçaram com a família. Em seguida, voltaram para casa e ficaram o resto do dia assistindo televisão, estavam exaustos.

             No dia seguinte, o rapaz foi trabalhar e ela teve tempo para curtir a casa e observar os objetos que ele gostava, tais como: os livros, as roupas e as disposições dos utensílios domésticos. A moradia de uma pessoa diz muito sobre ela e Viviane era psicóloga. Fez algumas arrumações e a tarde preparou o jantar. Foi uma noite feliz, estavam apaixonados e em paz.

            Finalmente chegou o dia dos namorados e a noite iriam assistir o casamento comunitário na Pirâmide. Viviane estava empolgada, queria ver de perto toda aquela realização coletiva. Em Campina Grande, o dia de Santo Antônio é de descanso, assim todos podem desfrutar dos festejos até tarde da noite.

O casamento estava marcado para as dezenove horas e quando o casal chegou, o espaço já estava cheio de gente. Gabriel puxou Viviane até um local, onde dava para ver a cerimônia. A moça estava surpresa com a grandeza do evento e a alegria estampada nos rostos das pessoas.

            No palco de shows estava a Filarmônica local, que tocava músicas temáticas de núpcias, para promover o encanto que o momento necessitava. Era dia dos namorados e havia muitos convites ao amor, espalhados no ar. Os casais se entreolhavam com um sorriso e um olhar inebriante, que prometia uma noite de sonhos.

             Então, ao som da marcha nupcial todos se calaram. Em seguida, houve um burburinho, a porta principal foi aberta e o primeiro casal apareceu. A noiva estava com um buquê de rosas vermelhas nas mãos. Era um casal de meia idade, mas traziam nos lábios o sorriso de jovens vitoriosos.

 Um texto de Eva Ibrahim Sousa

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