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domingo, 3 de setembro de 2017

"DAQUI PARA A FRENTE VOU ME AFASTAR DE TUDO QUE ROUBE O MEU SOSSEGO E MINHA PAZ...QUERO LUZ NO MEU CAMINHO E ESTOU CORRENDO DAS SOMBRAS". GEOVANA GOMES

FELIZES PARA SEMPRE

CAPÍTULO SETE
          A família, os amigos e parentes uniram-se para fazer um agrado à Alice. A moça havia sofrido muito e todos queriam vê-la feliz. Promoveram uma reunião no aniversário de Renato, para a despedida de solteiro de ambos. Entre muitas brincadeiras demonstraram a amizade e cumplicidade que havia entre eles.

                Naquela noite caiu a última barreira que a deixava triste, quando  lembrava-se que ainda mancava um pouco. Diante de tantos amigos, nada poderia dar errado e ela resolveu curtir toda a felicidade que tinha direito. A partir desse dia, ela se dedicou a tudo que dizia respeito ao seu casamento; Alice estava feliz como nunca estivera antes.

                O grande dia chegou e quando ela adentrou a igreja, pelos braços de seu pai, estava radiante. Renato, com um sorriso, aguardava a sua amada e a recebeu com um beijo na testa. Em seguida a conduziu até o padre e, de joelhos receberam o sacramento do casamento. O noivo beijou a noiva, estavam casados e seriam felizes para sempre; acreditavam nisso.

                Receberam os cumprimentos na entrada da igreja, onde posicionaram-se entre os pais de ambos. Estavam alegres e felizes por terem realizado o sonho de amor, que um dia haviam sonhado. Depois seguiram para a recepção, que durou até tarde. E, para finalizar a festa, ela jogou o buquê para as mulheres, que estavam sozinhas na festa. Entre brincadeiras e risos o casal saiu de mansinho e foram curtir a noite de núpcias.

                Quando chegaram à casa nova para passar a noite, antes de seguir para a lua de mel, havia um ramalhete de rosas vermelhas sobre a mesa. Alice pegou o cartão e lá estava escrito:

                - “Flores para Alice”. O amor da minha vida.
                 Do seu marido, Renato.


Um texto de Eva Ibrahim

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

"O QUE SINTO POR VOCÊ É MAIOR QUE QUALQUER COISA, QUE JÁ FOI CAPAZ DE SER EXPLICADO. É A CERTEZA, A RAZÃO,O MOTIVO; É PRA VIDA TODA. É SIMPLESMENTE O AMOR". AUTOR DESCONHECIDO

SIMPLESMENTE O AMOR

CAPÍTULO SEIS
            Os pais de Alice, suas primas e amigas fizeram uma verdadeira campanha em prol do casamento da moça. Todos os dias alguém a estava incentivando e mostrando revistas relacionadas a casamentos; Igrejas enfeitadas, salões de festas e viagens de lua de mel. Com tanta pressão Alice acabou concordando.

            – Quero me casar com Renato, apesar da minha perna não estar completamente curada. Concluiu a moça preocupada.

              Os preparativos para o casamento foram iniciados e após um mês já estavam adiantados. O vestido de noiva estava sendo confeccionado do jeito que Alice queria; com bastante volume nas saias para esconder a cicatriz, que havia em sua coxa. Ela se preocupava muito com a perna, que ainda puxava um pouco ao andar. O braço já não a incomodava muito, estava quase perfeito.

               Renato a abraçava e dizia que estava tudo certo, nada o separaria dela; aquela cicatriz os aproximava ainda mais. Ele amava aquela mulher de qualquer jeito; não importava se ela tinha cicatriz ou não. Alice fazia fisioterapia para melhorar a postura e eliminar a pequena diferença que apresentava ao andar.

            Desde que ocorrera o acidente, a moça passou a mancar com a perna suturada. 

            - Ela encontrou uma forma de proteção da perna ferida, desenvolveu involuntariamente uma defesa. Explicou o médico ao indicar a fisioterapia. Ela tinha medo que a sutura abrisse ou demorasse mais para sarar, então poupava aquela perna.

               Por diversas vezes Renato tocou no assunto, queria que ela se abrisse com ele, no entanto ela se esquivava. Não queria falar sobre coisas passadas, estava cansada e saia de fininho. No entanto, o trauma sofrido deixava uma nuvem em seu olhar toda vez que alguém tocava no assunto do casamento, todos podiam perceber.

           Fazia seis meses que ocorrera o acidente e ainda estava vivo na lembrança de Alice. Ela perdia o sono e ficava chorando a noite toda, sua mãe ficava muito preocupada. Foi, então, encaminhada a um psicólogo e posteriormente ao psiquiatra, para ser medicada com calmantes controlados para dormir.

- Ela precisa desse suporte para descansar e voltar à normalidade, dizia o médico psiquiatra para os pais de moça.

             Foi assim que em quatro meses a moça se recuperou emocionalmente. Estava mais alegre e aceitando tranquilamente fazer planos para seu casamento com Renato. Os dois se amavam e já era hora de viver o futuro planejado.

           O novo casal foi escolher a igreja, o local da recepção e todos os detalhes para a festa acontecer. Em pouco tempo estava tudo pronto, os convites, a igreja, o salão de festas, a casa onde iriam morar e principalmente, o amor continuava vivo entre eles.

Um texto de Eva Ibrahim

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

"O AMOR SÓ É LINDO QUANDO ENCONTRAMOS ALGUÉM QUE NOS TRANSFORME NO MELHOR QUE PODEMOS SER" MÁRIO QUINTANA.

AMORES ENTRE DORES
CAPÍTULO CINCO
            A recuperação de Alice acontecia lentamente, pois ela nunca ficara doente acamada e, agora tinha uma sutura de vinte e cinco pontos na coxa e um braço quebrado; coisas demais para ela. Estava manhosa e choramingava de dores o tempo todo. Sua mãe tentava acalmá-la ficando ao seu lado a maior parte do tempo.

           - Uma paciente difícil, disse a enfermeira que a atendia todos os dias.

           Renato lhe fazia companhia sempre que tinha uma folga da clínica; ele revezava com a mãe dela. Procurava satisfazer a todos os seus desejos comestíveis. Ora um chocolate, ora sorvetes, um lanche diferente ou outra coisa qualquer.

             - O que fizesse voltar um sorriso naquele rosto, já valia a pena, dizia o rapaz preocupado.

Para piorar a situação da paciente, sua perna estava inchada com partes arroxeadas e outras avermelhadas. Apresentava sinais flogísticos dolorosos nos pontos da sutura. Teria que ficar internada para controlar os sinais de infecção com antibióticos, dizia o médico para a moça chorosa.

– Quantos dias? Perguntou a mãe da moça.

- Pelo menos, dez dias deverá ficar internada, estimava o médico, para depois terminar a recuperação em casa. Alice escondeu a cabeça sob o travesseiro; estava desolada.

Naquele dia, Alice chorou muito, dizendo que nunca poderia se casar, pois não conseguia andar. O braço imobilizado na tipoia, limitava seus movimentos, mas a perna inchada e dolorosa a impedia de andar.

- Estou horrível, toda arrebentada, se lastimava a moça choramingando. Renato a abraçava e tentava acalmá-la até ela adormecer; depois ia embora. Essa era a rotina de todas as noites naquele quarto de Hospital.

Os dias se arrastavam e Alice se recuperava lentamente. Finalmente chegou o dia de voltar para sua casa; estava emagrecida, pálida e andava apoiada em Renato. A família a esperava com flores e alegria pela sua volta; pai, mãe, avós, tios e primos. Ela precisava de todos e muito carinho para superar aquele trauma, pensou Renato enquanto a ajudava a deitar-se no sofá.

               Com o apoio da família a situação melhorava a cada dia; sua perna estava cicatrizando e voltando ao normal. O braço a incomodava, mas já não tinha muitas dores.

            - É uma questão de tempo sua recuperação completa. Ficará com uma cicatriz na perna, mas é somente uma questão de estética. Quanto ao braço precisa de fisioterapia para ficar bom. Disse o médico em seu retorno ao hospital.

               Alice passava o tempo na clínica, colaborando no atendimento para recepcionar novos clientes, enquanto Renato se ocupava das consultas e tratamentos dos animais. O empreendimento seguia crescendo e conquistando espaços. Renato estava feliz.

              – Já podemos nos casar, posso arcar com as despesas de minha casa, dizia o rapaz sorrindo.

            Alice olhava para a cicatriz em sua perna e chorava se lamentando.

 Um texto de Eva Ibrahim.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

"O AMOR É A FORÇA MAIS CURATIVA DO MUNDO. ELE CURA NÃO APENAS O CORPO E A MENTE, MAS TAMBÉM A ALMA". OSHO

POR UM SORRISO SEU

CAPÍTULO QUATRO
             Renato foi dormir meio amortecido pela bebida, na verdade ele se jogou na cama do jeito que estava; não queria lembrar-se daquele dia e de Alice no Hospital. Teve uma noite conturbada, cheia de pesadelos; não conseguiu descansar e acordou com dores em todo o corpo.

           O dia amanheceu e os seus problemas continuavam ali, para atormentá-lo, não queria acreditar que havia acontecido tudo aquilo no dia anterior. Ele e Alice estavam tão felizes e agora ela estava no Hospital, cheia de dores. Entrou no chuveiro, queria tirar toda aquela sensação de sujeira de seu corpo e depois visitar a sua noiva.

Quando conseguiu permissão para entrar no quarto em que Alice estava, sentiu-se mal; ela estava na Unidade de Terapia Intensiva com mais quatro pessoas em estado grave. Estava semiconsciente, gemendo e bastante agitada. Renato tentou falar com ela, porém, Alice não o reconheceu e continuou naquele estado de ausência dolorosa.

O médico explicou que não poderia sedá-la mais, pois queria que acordasse espontaneamente; ainda estava sob o efeito da anestesia. Tinha muitas dores, mas logo estaria melhor e seria transferida para um quarto. Estava ali em recuperação anestésica, após horas de cirurgia. O rapaz saiu chorando e encontrou os pais de Alice na recepção, que tentaram acalmá-lo.

A filha ficaria boa, aqueles eram apenas momentos difíceis, que estavam passando. O médico havia explicado a eles todo o procedimento que Alice fora submetida. Que ele fosse trabalhar e voltasse mais tarde; eles ficariam ali. Renato saiu de cabeça baixa, estava muito triste, no entanto, precisava abrir a clínica para cuidar dos animais que estavam sob sua responsabilidade.

          Trabalhou duro para não pensar em Alice e na hora do almoço ele e seu auxiliar vasculharam toda a região em busca do cão que fora o causador do acidente. Sua dona estivera ali, procurando o animal fugitivo. Mas não conseguiram encontra-lo; a mulher estava inconsolável.

             Renato respondeu aos que perguntaram sobre a saúde da moça, dizendo que ela ficaria bem; ele precisava acreditar naquilo. Por diversas vezes, telefonou para saber como a moça estava e foi informado de que no final da tarde seria transferida para o quarto. Então, o rapaz ficou mais tranquilo, iria visita-la.

         Foi mais cedo para sua casa e tratou de arrumar-se para ver a moça, queria pedir-lhe desculpas por todo aquele sofrimento. Juntos iriam enfrentar aquela batalha, estavam comprometidos para todos os momentos.

            Estacionou seu veículo perto de uma banca de flores, comprou um vaso com flores vermelhas, porém, não se lembrava do nome das flores, que a florista lhe disse sorridente.  Em seguida levou para dar à sua amada.

Na portaria lhe perguntaram aonde iria com aquele vaso. Então ele respondeu:
- São flores para Alice.
E, quando entregou a ela viu um sorriso se abrir entre lágrimas.

  Ele abaixou-se para beijá-la e sussurrou ao pé de seu ouvido:

- Por um sorriso seu, meu amor.

Um texto de Eva Ibrahim

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

"A CURA ESTÁ NOS PEQUENOS GESTOS, FEITOS POR LAÇOS FORTE S, ENCONTRADOS EM CORAÇÕES DE RARA BELEZA". AUTOR DESCONHECIDO

ASA QUEBRADA

CAPÍTULO TRÊS
           Quinze longos minutos se arrastaram até que o resgate estacionasse rente à guia. Parou bem em frente à moça caída no chão, para facilitar o socorro. Enquanto o médico procurava outras lesões pelo corpo da vítima, o enfermeiro fazia um curativo compressivo no local do ferimento.

 Em seguida, fixaram o membro superior em uma tala larga, para coloca-la na maca sem correr riscos de agravos ao quadro estabelecido. Renato estava desesperado e correu para fechar a porta da clínica, teria que acompanhar seu amor.

 - As dores são insuportáveis, a moça dizia chorando, enquanto lágrimas salgadas iam morrer nos seus lábios; estava desesperada. Recebeu um analgésico para se acalmar e colaborar com seu atendimento.

O veículo saiu cantando pneus em meio à aglomeração de pessoas curiosas; tratava-se de uma urgência médica. Havia suspeita de fratura no membro superior da jovem, pois estava inchando e apresentando manchas roxas, em um local muito dolorido.

Alice foi conduzida à radiologia, onde constataram a fratura no braço esquerdo após um RX. A vítima apresentava além da fratura e do corte profundo na coxa direita, algumas escoriações em seu corpo. Então, entrou em cirurgia para fechar o ferimento na perna e, em seguida reposicionar e imobilizar o osso do antebraço. Alice estava pálida e gemendo de dor.

O rapaz ficou na sala de recepção juntamente com os pais da moça, que mal trocavam algumas palavras. O nervosismo impedia um diálogo calmo; estavam desolados.

- Alice estava feliz para iniciar os preparativos para o seu casamento, lamentava-se a mãe e o pai concordava balançando a cabeça.

Depois de três horas apareceu o médico para conversar com a família. Estava tudo bem, porém, a moça deveria ficar alguns dias internada para receber antibioticoterapia na veia, devido ao corte profundo na coxa. Renato não se conformava, pois sentia ser o causador daquela tragédia. Foi em sua clínica o fato ocorrido, lamentava o rapaz.

Deixaram que ele entrasse um pouquinho, entretanto, a paciente dormia profundamente. Então, ele beijou seus lábios e depois saiu para deixar os pais verem a moça. Voltaria no dia seguinte, disse com lágrimas nos olhos. Seu amor estava doente com a asa quebrada e, ele muito triste com tudo aquilo.

Enquanto dirigia, as lágrimas corriam pelo seu rosto, embaçando seus olhos. Ele estava apaixonado e faria com que Alice tivesse a melhor recuperação possível. Encostou o veículo e foi tomar uma bebida para diminuir sua angustia.

 Um texto de Eva Ibrahim

sábado, 29 de julho de 2017

"EU QUERO ESTAR COM VOCÊ, NÃO PORQUE EU DEVA ESTAR OU PORQUE TODOS QUEIRAM, MAS PORQUE EU PREFIRO ESTAR CONTIGO A ESTAR EM QUALQUER OUTRO LUGAR NO MUNDO INTEIRO". AUTOR DESCONHECIDO

JEITO DE AMAR

CAPÍTULO DOIS

             A moça não via a hora de chegar o dia de encontrar-se com Renato, queria agradá-lo. Ela sentia que faltava alguma coisa, como se tivesse ficado uma dívida de gratidão para trás. Parecia ser a primeira vez que se interessava por alguém; estava mexida por dentro. Comprou roupas novas e marcou cabeleireiro, estava ansiosa para vê-lo.

           Finalmente estava pronta, esperando por Renato, que chegou na hora marcada para felicidade da moça. Em seguida, saíram sorrindo para uma noite de diversão. Jantaram em uma danceteria e depois dançaram até as duas horas da manhã, quando Renato a levou para casa, então, já estavam apaixonados.

            E, assim os dias eram contados para os encontros dos dois namorados. O interesse mútuo no bem-estar dos animais tratados na clínica, faziam Alice passar muitas horas auxiliando Renato nos cuidados gerais. Em pouco tempo ela estava trabalhando ao lado dele, tratando dos animais.

          Certo dia, apareceu uma jovem com um cãozinho queimando de febre, que precisava de cuidados intensivos. O casal passou grande parte da noite na sala de observação, cuidando do animal. Quando a febre cedeu, ambos deitaram no sofá e adormeceram juntinhos. Foi uma noite de lutas para preservar a vida do pequeno animal. 
            Alice não se continha, tinha uma profunda admiração por Renato, queria estar ao seu lado para sempre. Então, ele a convidou para ir conhecer seus pais, que moravam no sul do país.
           - Uma viagem encantada para as serras de Santa Catarina, disse Alice para sua mãe, quando retornou.

Os pais de Renato moravam em Bom Jardim da Serra, porta de entrada para a serra catarinense. Foi muito bem recebida pelo casal de agricultores, que a trataram como filha, debaixo de um frio congelante. Passaram as noites sentados em frente à lareira, em um clima de puro aconchego.

Foi ali, em frente à lareira, que Renato pediu Alice em casamento. E, com um longo beijo selaram o compromisso de amor. Passaram o fim de semana na casa dos pais de Renato, contemplando as belezas das montanhas catarinense.

           Voltaram ao interior de São Paulo com um grande sorriso nos lábios; iriam começar os preparativos para o casamento. Os pais de Alice ofereceram uma pequena casa, que haviam comprado como investimento, para o casal iniciar sua nova vida. Com tantas coisas a favor, eles eram somente alegria, até que um acidente os paralisou.

             Em um sábado de manhã, um automóvel em uma velocidade muito grande para o local, adentrou ao estacionamento derrubando o sinaleiro e o latão de lixo. No volante estava uma senhora visivelmente nervosa. E, quando abriu a porta para sair, o cão que vinha no banco do passageiro saltou para a rua.

           Alice, que estava em frente a porta de entrada, correu para apanhar o animal, que fugiu rapidamente. Na corrida brusca ela não viu uma motocicleta, que a apanhou e jogou longe. Renato saiu correndo ao seu encontro quando ouviu o barulho da moto derrapando.

Enquanto a moça se contorcia de dores com um grande ferimento em sua perna esquerda, muitas pessoas que estavam nas imediações se aproximaram. Renato, desesperado, gritava para chamarem uma ambulância; era uma emergência com Alice. Ele se abaixou e pediu para ela se acalmar, então, tirou a blusa e comprimiu o ferimento na coxa, que jorrava sangue.


Um texto de Eva Ibrahim.
MEU MUNDO REINVENTADO.

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