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sábado, 19 de março de 2016

'O VERDADEIRO AMOR CHEGA NÃO QUANDO ALGUÉM DIZ QUE NOS AMA, MAS QUANDO OLHA NOS NOSSOS OLHOS E SEM DIZER UMA PALAVRA, NOS CONVENCE DE QUE SOMOS AMADOS". Pe. FÁBIO DE MELO-- EU SÓ PRECISO DE VOCÊ... EVA IBRAHIM

EU TE AMO

CAPÍTULO UM
           O automóvel parou no meio fio e a moça desceu rapidamente adentrando ao aeroporto internacional de Cumbica, estava visivelmente apressada. Chegou esbaforida ao guichê de informações; gesticulava sem parar, queria saber do voo que deveria chegar da Turquia. A recepcionista a tranquilizou, o avião estava com atraso de uma hora, deveria taxiar nos próximos vinte minutos.

            Lorena agradeceu e deu um passo para trás, estava aliviada; o seu amor ainda não havia chegado. Temia que houvesse perdido a chegada do voo, pois, ficara presa no trânsito, que estava quase parado.

           A emoção tomava conta daquele coração aflito, seu amor chegaria naquele voo, que ela aguardava ansiosamente, pois estavam separados fazia dez meses. Ele estava servindo no norte da África em missão no programa de médicos sem fronteiras.  Foi um tempo longo e sofrido; a espera judiou da moça, que era apaixonada por Anselmo.

            O namorado se formara a três anos na faculdade de medicina e tinha como meta de vida conhecer outros países; queria trabalhar em programas humanitários. Era um excelente aluno e muito respeitado pelos professores. Quando se formou logo se inscreveu no programa “Médicos sem fronteiras”, tinha chances diziam as pessoas que o conheciam.

            Depois de muitas provas e a documentação exigida ele foi convocado a participar do programa e realizar seu sonho. Anselmo estava feliz, iria trabalhar nos campos de refugiados ao norte da África onde a necessidade de médicos era urgente.

         O rapaz partiu em uma segunda feira de manhã, mas deixou para trás uma jovem chorosa; era sua namorada. Anselmo e Lorena iniciaram o namoro fazia dois anos, a moça era estudante de psicologia e ainda tinha um ano inteiro de aulas pela frente.

         Anselmo tentou terminar o namoro porque não queria se prender e nem deixar Lorena presa a ele. Mas, a moça não aceitou e como ele a amava continuaram comprometidos.

         Foi um ano difícil para o rapaz, no entanto, ele tinha pouco tempo para sentir saudades. Mas, Lorena sentia-se solitária, amava Anselmo e entrara em depressão depois que ele partiu. 
         No entanto, quando recebeu o e-mail que dizia que ele voltaria naquele dia, ela chorou até se cansar e depois foi se preparar para recebe-lo.

Um texto de Eva Ibrahim. Continua na próxima semana.

sexta-feira, 11 de março de 2016

"TODOS OS NOSSOS SONHOS PODEM TORNAR-SE REALIDADE SE TIVERMOS A CORAGEM DE PERSEGUI-LOS". WALT DISNEY-- OS MILAGRES ESTÃO POR TODA PARTE. EVA IBRAHIM

O AMOR É TUDO
CAPÍTULO NOVE
          Cada dia que passava Vitória ficava mais surpresa, pois se pegava pensando no Júlio; o rapaz não saia de sua cabeça. Mal se lembrava de Edu e também pouco se importava em saber se ele ainda estava com a loira vistosa.

          Estava se apegando ao novo amor; aquele rapaz a quem ela desprezara, agora era o centro de sua atenção. Vitória nunca poderia imaginar um Júlio tão envolvente e carinhoso; se mostrara o mais galante dos companheiros.

        Ele tinha a capacidade de surpreendê-la com carinhos inesperados. Certo dia, ele a surpreendeu com músicas românticas, que a comoveram tanto que as lágrimas escorreram de seus olhos sem ela querer. Quando tocou o “Amor se fim” ela se deu conta de que estava apaixonada por Júlio.

         Júlio a tratava com tanto carinho, que ela se sentia muito importante. Nunca antes, fora tratada daquele jeito; ele tinha muito amor para dar, era criativo e galante. A cada novo dia ele a surpreendia com um carinho diferente, flores, chocolates, mensagens de amor e outros, na verdade, ela nunca esteve tão feliz.


         O rapaz estava nas nuvens e muito feliz por ter conquistado a mulher que ele sempre quisera. E, agora ela também o queria como namorado e estava pronta para assumir um compromisso mais sério. 
        
       Os dois saiam para comer ou dançar e os conhecidos ficavam espantados em ver um amor tão bonito, vivido por pessoas que ficaram juntos por acaso. Pareciam dois pombinhos arrulhando o tempo todo. O amor se impôs àqueles corações, que apaixonados queriam ficar juntos para sempre.

         Então, quiseram ficar noivos em uma festa na praia; um Lual entre amigos e, lá dançaram até o Sol raiar. Depois foram para casa e dormiram nos braços um do outro. Pensavam em casar-se no ano seguinte, porém já viviam como marido e mulher; dormiam juntos, ora na casa dele, ora na casa dela.

        Assim, depois de alguns meses, Vitória estava grávida de Júlio, que a amava muito. Para ele foi uma alegria geral e motivo para antecipar o casamento. A família tratou de formalizar a situação e promoveram o casamento dos futuros pais de Maria Carolina, a menina que o ultrassom detectara.

         Em uma festa familiar aconteceu o casamento de Vitória e Júlio, que com um sorriso vitorioso no rosto fez um discurso, cujo final terminou assim;

          - Vitória, meu grande amor, você é a luz do meu mundo.


Termina aqui a história de um amor pouco provável, mas que se tornou o centro da vida de duas pessoas, que se amaram para sempre. 

sexta-feira, 4 de março de 2016

"NÃO QUERO ALGUÉM QUE MORRA DE AMORES POR MIM. SÓ PRECISO DE ALGUÉM QUE DEMONSTRE, EM PEQUENOS GESTOS, QUE GOSTA DE ESTAR AO MEU LADO". AUTOR DESCONHECIDO-- NINGUÉM RESISTE A UM CARINHO FEITO COM AMOR. EVA IBRAHIM

VOCÊ É LINDA DEMAIS

CAPÍTULO OITO
        Júlio se aproximou, estava com um belo sorriso no rosto. Vitória ficou surpresa e, antes que ela dissesse alguma coisa, ele foi logo dizendo que ela era linda demais. Em seguida lhe deu um beijo, do qual ela não se esquivou; estava gostando de ser tratada com carinho. Lídia até se surpreendeu com a atitude da amiga e pensou que seu irmão Edu havia perdido a amiga para o Júlio.

Vitória parecia feliz ao lado de Júlio, porém não queria dar o braço a torcer e continuava afirmando que não queria nada com ele. No entanto, era visível a sua satisfação ao lado do rapaz, que agia naturalmente com todos. O namorado de Lídia também estava lá e as duas riram e brincaram com o grupo que se formara.

A noite voou e quando perceberam já estava tarde e os dois rapazes foram acompanhar as duas moças até suas casas. E, na hora da despedida Vitória se viu nos braços de Júlio, então, tentou afastá-lo, porém desistiu e se entregou ao beijo dado por ele. Foram vários beijos seguidos de abraços carinhosos, que deixou a moça extasiada; nunca se sentira tão valorizada como naquele momento.

Júlio fechou a porta do carro dizendo que ela era linda demais; depois saiu arrancando o veículo. A moça ficou parada olhando-o desaparecer na esquina e sentiu-se abandonada; não queria que ele fosse embora. Entrou, foi para seu quarto e parou diante do espelho, então, viu que estava alegre e feliz. Em nenhum momento pensou em Edu.

–Estaria gostando de Júlio? Perguntou-se intimamente e a resposta veio também do fundo da alma.

–Não poderia ser, gostava do Edu e não queria nada com o Júlio.

No entanto, no dia seguinte era no Júlio que ela pensava e queria encontra-lo novamente. Na hora do almoço, sentadas na lanchonete, ela disse a Lídia que não queria nada com o rapaz e a amiga deu uma risada que deixou Vitória vermelha.

-Me engana que eu gosto; você está apaixonada pelo Júlio e o meu irmão já perdeu a vez. Afirmou a amiga sorrindo.

         Então, o Júlio entrou, por trás pôs as mãos nos olhos de Vitória e esta deu um pulo dizendo seu nome. Lídia se espantou e o rapaz sorriu, ela o havia reconhecido. Em seguida ele lhe deu um breve beijo nos lábios, no que foi correspondido. Vitória ficou vermelha e se deu por vencida; estava gostando do rapaz.

      Um texto de Eva Ibrahim. Continua na próxima semana.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

"EU GOSTO DE DELICADEZA, SEJA NOS GESTOS, NAS PALAVRAS, NAS AÇÕES, NO JEITO DE OLHAR, NO DIA A DIA E ATÉ NO QUE NÃO É DITO COM PALAVRAS, MAS FICA NO AR... MANUEL BANDEIRA-- O AMOR É A SUBLIME POESIA DA VIDA. EVA IBRAHIM

NÃO QUERO O SEU AMOR
                                       CAPÍTULO SETE

          A moça estava deprimida e sendo assim, passou vários dias sem sair de casa. Não queria se encontrar com as amigas; temia rever o Edu e o Júlio também. Do primeiro sentia vergonha e do segundo sentia raiva; Vitória preferia não se encontrar com nenhum dos dois. Seria melhor deixar o tempo apagar a má impressão deixada.


Na sexta-feira à noite, Lídia ligou para Vitória e a convidou para irem a uma lanchonete, que tinha apresentação de músicas ao vivo. A moça estava carente e achou que poderia se alegrar um pouco, então, combinaram o passeio.

Vitória, que não atendia aos telefonemas de Júlio, saiu de casa pensando que ele seria a última pessoa que ela queria encontrar. Queria se encontrar com seu amor, Edu, o irmão de Lídia.

 No entanto, depois de algum tempo, sentada em um canto da lanchonete Vitória empalideceu, pois o Edu, acompanhado da loira, adentrou ao recinto; estavam abraçados e rindo alto. A moça se encolheu no canto, não queria ser vista por eles.

Esperou que o casal se sentasse e pediu para a amiga que fossem embora. Em seguida saíram juntas, sem serem vistas e foram para outro barzinho dançante. Chegando lá deram de cara com o Júlio, que veio alegre ao seu encontro. O rapaz chegou beijando o rosto de Vitória, que ficou sem jeito e recebeu o ósculo no rosto.

            Com a situação em que estava metida, a moça acabou aceitando a companhia do rapaz, que mais uma vez fazia papel de estepe. Ele estava alegre e agia como se fosse o namorado de Vitória e ela acabou por aceitar seu carinho; estava carente e queria esquecer o Edu.

         A noite passou alegre e descontraída, a Lídia também arrumou um par e as duas terminaram a noite rindo muito e satisfeitas. Afinal, estavam felizes por encontrar pessoas que encheram a sua noite de alegria:

       - É difícil não rir diante do palhaço do Júlio, ponderou Vitória.

         Júlio estava longe de ser o homem que ela queria, mas era uma boa companhia. Vitória e Lídia concordaram em ficar com aqueles rapazes para ter acompanhante e o Júlio mostrou um lado seu que a moça nunca notara, era alegre e brincalhão.

A desilusão que se abatera sobre a moça não deixava que ela se alegrasse; vivia triste e sem graça. Não queria sair de casa para não se encontrar com Edu. No entanto, sua amiga Lídia insistiu para que fossem a um churrasco na casa de amigos. Chegando lá, Vitória deu de cara com o Júlio e, ele foi ao seu encontro sorrindo.
Um texto de Eva Ibrahim

Continua na próxima semana.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

"UM AMIGO ME CHAMOU PARA AJUDAR A CUIDAR DA DOR DELE. GUARDEI A MINHA NO BOLSO...E FUI...- CLARICE LISPECTOR - SER AMIGO É SABER INTERPRETAR OLHARES. EVA IBRAHIM


MULHER DE AMIGO
CAPÍTULO SEIS
         O baile de carnaval, para Vitória, terminou ali, nada mais interessava a ela. Entretanto, o Júlio estava empolgado e não largava de sua cintura. Enquanto isso, o Edu dançava grudado ao corpo da loira, que fazia questão de se esfregar nele. Vitória curtia uma tortura dupla, tinha que aguentar o Júlio querendo beijá-la e presenciar o seu amor agarrado à outra pessoa.

            Então, ela começou a se queixar de dor nos pés, para poder sentar-se um pouco e se livrar do assédio do Júlio. A turma toda sentou nas cadeiras ao redor da mesa para tomar uma bebida, pois, estava muito calor. Eram jovens e riam alto, enquanto tomavam a cerveja gelada. Entre um comentário e outro soltavam piadinhas sarcásticas; era uma turma animada.

         O único pensamento que ocorria para Vitória era que fizera uma besteira, querendo provocar ciúmes no seu amor. Agora estava arrependida, pois o Edu nunca mais olharia para ela como mulher. A partir daquele dia seria apenas a namorada do Júlio e, sem nenhuma chance de recomeçar a sua história com ele.

Sentada no canto, Vitória olhava para a pista de danças e queria sumir dali ao ver o casal, que se beijava a sua frente; era a loira e seu amor. Estava frustrada e ainda tinha que aguentar a aproximação do Júlio que insistia em beijá-la; ela sabia que era culpada por ter dado confiança a ele, porém, já passara dos limites. 

         O rapaz já estava eufórico por causa da bebida e não se contentava em ficar ao lado da moça, queria ficar abraçando e beijando sem parar. Então, ela o empurrou e ele caiu sentado no chão do salão. Foi uma zoeira dos amigos, que surpresos não paravam de fazer piadinhas, inclusive o Edu se aproximou para rir com os companheiros.

        Vitória não aguentou e saiu de fininho para que ninguém a visse. A moça saiu correndo a pé e só parou quando chegou à sua casa. Estava exausta e foi chorar em sua cama, se tornara uma Colombina desastrada.

Durante a noite o telefone tocou por diversas vezes, porém ela não se levantou para ver quem estava chamando. O dia amanheceu e ela precisava ir ao banheiro, então pegou o celular e verificou que as chamadas eram de Júlio, que em uma mensagem dizia querer se desculpar pelo excesso que cometera na noite anterior.

Ela ficou pálida de raiva, não queria ver o Júlio nunca mais; ela queria as desculpas de Edu e não daquele, que para ela não passava de um estepe. Ao invés de ajuda-la ele acabou por atrapalhá-la. Agora se tornara, para o seu amor, apenas a mulher de um amigo.

Um texto de Eva Ibrahim. Continua na próxima semana.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

"CADA SONHO QUE VOCÊ DEIXA PARA TRÁS, É UM PEDAÇO DO SEU FUTURO QUE DEIXA DE EXISTIR". STEVE JOBS-- O DESAFIO É TRANSFORMADOR. EVA IBRAHIM

 NA CORDA BAMBA
CAPÍTULO CINCO
         Vitória estava decidida a enfrentar aquela situação de igual para igual. Ele veria que ela também sabia se mostrar indiferente e magoá-lo com o desprezo. Edu sentiria na pele o que fizera a ela; iria dar em cima de um de seus amigos.

          Júlio, um amigo de Edu, já se insinuara para ela por diversas vezes e ela nunca aceitara sair com ele, porque estava interessada em Edu. No entanto, agora seria diferente, o Júlio seria de grande valia.

Tinha uma semana para se preparar para o baile de abertura do Carnaval e quatro dias de carnaval para fazer o Edu sofrer. Juntou alguns amigos e propôs montarem um bloco de Carnaval com Colombinas, Arlequins e Pierrôs.

Convidou a Lídia, irmã de Edu e trataram de comprar as fantasias de cada personagem o mais característica possível. Júlio seria o Arlequim de Vitória, que faria o Edu sentir ciúmes; no entanto, o pobre rapaz nada desconfiava e aceitou o convite para participar do bloco; ficou feliz por Vitória ter se lembrado dele.

Um grupo de oito pessoas, quatro mulheres e quatro homens, cada um com sua parceira; assim o divertimento seria garantido. Todos mascarados e cheios de energia estariam pulando no salão. Duas Colombinas de vestidos de seda brancos e duas de vestidos de seda vermelhos. Os homens dois Arlequins de roupas azuis e dois Pierrôs de roupas laranja.

Quando o bloco adentrou ao salão, a maioria das pessoas se voltou para admirá-los, estavam exuberantes e alegres. Todos mascarados e disfarçados; havia um pacto entre eles para permanecerem no anonimato. Ninguém deveria tirar a máscara, que deixava de fora apenas a boca.

          A orquestra tocava com potência máxima, havia muita alegria no ar e quando Vitória viu o Edu adentrar ao recinto com a moça loura, que estava na rede social, ela tremeu de raiva. Então, ela tratou de agarrar o Júlio e disfarçadamente se aproximou do novo casal.

         O grupo se misturava aos demais foliões e cada um seguia suas intuições. Vitória estava muito infeliz, porém, debaixo da máscara ninguém poderia ver e ela seguia agarrada a cintura de Júlio, como se aquele fosse o seu grande amor.

        Ela estava muito magoada e não pensou nos sentimentos de Júlio, que se empolgou e lhe deu um beijo em frente ao Edu. Nesse momento, Edu parou para olhar quem estava com seu amigo e acabou por reconhecer Vitória. Naquele momento ele deu um sorriso carregado de cumplicidade.

             Por debaixo da máscara ela ficou vermelha, então percebeu que caíra numa roubada; agora o Edu não iria querer mais nada com ela, pois, sempre dizia que:

           -“Mulher de amigo, para mim é homem”.

A moça se desvencilhou do rapaz que ainda segurava em sua cintura e se dirigiu ao banheiro, precisava chorar. Vitória se dera mal e agora estava em uma corda bamba.

Um texto de Eva Ibrahim. Continua na próxima semana.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

"DA VIDA EU SÓ ESPERO RIR DOS TOMBOS, APRENDER COM OS ERROS E, CONTINUAR ACREDITANDO QUE, NO FINAL, TUDO VAI DAR CERTO". AUTOR DESCONHECIDO-- É O INESPERADO QUE MUDA NOSSAS VIDAS. EVA IBRAHIM

                    A REALIDADE
CAPÍTULO QUATRO
         Vitória estava exausta e se jogou na cama do jeito que estava vestida; em poucos minutos dormia profundamente; havia bebido mais do que devia. Acordou quando sua mãe abriu a porta dizendo que já era tarde e deveria se levantar.

         Naquele momento, ela lamentou por aquela noite ter chegado ao fim. Fora a mais fantástica das noites e muito além de suas expectativas. Sentira-se a mulher mais feliz desse mundo nos braços daquele homem bonito, que ela desejava que fosse seu. Os beijos carinhosos de Edu a deixaram sonhando com seu amor.

         Era um domingo e a tarde já estava terminando, quando Lídia ligou convidando a amiga para tomar um sorvete:

       - Estava fazendo muito calor, justificou a amiga.

Vitória não titubeou, iria se encontrar com a irmã de Edu e assim, saberia como e onde ele estava.

Ela trazia em seu peito esperanças de que depois daquela noite, ele a levasse a sério; estava apaixonada e nada mais importava para ela. No entanto, Lídia a desiludiu dizendo que o irmão estava em uma festa de aniversário de uma amiga. A moça ficou perplexa e exclamou;

 - Como ele não me disse nada e nem me convidou? A amiga apenas sorriu, pois, nada mais poderia acrescentar.

 Vitória ficou mais um pouco ali, estava decepcionada e logo saiu dizendo estar com dor de cabeça. As lágrimas escorriam de seus olhos quando adentrou ao seu quarto e se jogou na cama. Seu dia acabara, parecia estar tudo escuro ao seu redor. Na solidão de sua decepção, ela imaginava o seu amor se agarrando e beijando  outra moça. 

Dormiu, depois de chorar em soluços durante um bom tempo. No dia seguinte ela soube por colegas de trabalho que o Edu estava acompanhado de uma moça loira, muito bonita. Vitória quase chorou ali mesmo De uma coisa ela tinha certeza, não suportaria vê-lo com outra.

O coração de Vitória estava partido com as últimas informações; queria ficar só para chorar até adormecer. Então, ela lembrou-se do aniversário da Laurinha, uma colega de trabalho.  E, como já estava tarde, resolveu mandar uma mensagem de felicitação pela rede social.

Quando a internet entrou e a página se abriu, ela viu o seu Edu abraçado à outra mulher; uma loura esplendorosa. Ela não poderia imaginar aquela situação, então, tudo o que lhe contaram correspondia à verdade.

A partir daquele dia ela tomaria uma decisão, esqueceria aquele homem para sempre. Viveria somente a sua realidade, que era feia e solitária. Depois de tudo isso ela iria se esbaldar no carnaval e nunca mais falaria com Edu. Decisão tomada, suspiro aliviado e vingança pensada.

Um texto de Eva Ibrahim. Continua na próxima semana.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

"TEM COISAS QUE PALAVRAS NÃO DIZEM, SOMENTE O OLHAR EXPRESSA E O CARINHO CONFIRMA".AUTOR DESCONHECIDO - DEIXE UM BRILHO POR ONDE PASSAR. EVA IBRAHIM

NAS NUVENS
CAPÍTULO TRÊS
A banda começou a tocar, os casais saíram para dançar e a Vitória estava de mãos dadas com Edu; parecia estar enfeitiçada. Naquele momento ela iria para qualquer lugar do mundo, tamanho era o encantamento que tomara conta de si. 

Seguiram para a pista de danças e depois de Edu enlaça-la pela cintura começaram a rodopiar. Ele dançava muito bem e conduzia Vitória como se ela fosse apenas uma pluma, que se deixava levar. O casal se destacava pela leveza e passos perfeitos. Quando a música terminou eles estavam sozinhos na pista, enquanto todos aplaudiam e assobiavam.

Vitória estava feliz e só conseguia pensar na sorte que tivera ao concordar com a mãe e estudar dança de salão durante todo o ano anterior. Agora estava preparada para dançar com seu amor; aquele momento fora como se ela tivesse ganhado o céu flutuando nas nuvens.

            A noite toda ela procurou ficar ao lado de Edu, não permitindo que nenhuma outra moça se aproximasse dele. O rapaz já estava meio embriagado e não se importou de ser mimado por Vitória.  Estava confortável com aquela moça bonita e disponível, que ao menor gesto o atendia prontamente. 

          Quando a apresentação terminou, saíram para tomar sopa em um restaurante tradicional, que era famoso pelos quitutes servidos após os eventos na cidade. E, quando o Sol estava despontando com sua luz, que tomava conta da escuridão, os dois saíram em direção à rua; era hora de ir para casa.

        Vitória estava com as sandálias nas mãos; seus pés não aguentaram tantas exigências. Edu estava meio atordoado, porém inteiro e pronto para outra dose, dizia beijando a moça. Aquela noite ultrapassou as expectativas de Vitória, estava feliz e sentindo-se nas nuvens.

        Ela relutava em deixa-lo ir para sua casa, queria ficar com ele para sempre. No entanto, o Sol acabara de nascer e a luz do dia fazia com que ela voltasse à realidade e tudo voltava ao normal. 

        Eles eram apenas dois adultos que ficavam juntos de vez em quando, não tinham firmado nenhum compromisso. Então, ele se despediu com um leve beijo e a deixou em frente à sua casa. Vitória adentrou ao jardim e distraidamente duas lágrimas rolaram em seu rosto. A sensação que restara era a de que acabara de cair das nuvens.

Um texto de Eva Ibrahim. Continua na próxima semana.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

"A DOR PASSA. A SAUDADE ACALMA. A DECEPÇÃO ENSINA. O AMOR REAPARECE. E, A VIDA CONTINUA". ALMA SOLITÁRIA-- FELICIDADE É PODER ESTAR COM QUEM SE GOSTA. EVA IBRAHIM

FRUSTRAÇÃO
                                                                        CAPÍTULO DOIS
Nesse momento o rapaz adentrou ao recinto e o coração de Vitória deu um salto; a noite ganhou um brilho especial. Edu passou por ela e a cumprimentou com a mão, depois atravessou o recinto indo falar com alguns amigos, que estavam perto do bar.

 Vitória se espremeu no canto, estava decepcionada e seus pensamentos brotavam em turbilhão. Aquela situação provocara uma dor em sua cabeça, que começava a latejar em suas têmporas. Deveria ter ficado em casa e não passar por tudo aquilo; pensou a moça desolada.

Queria conversar, dizer que estava com saudades, que pensou nele o tempo todo; que, o que mais queria era estar nos braços dele. No entanto, ele parecia ter outros planos, no qual ela não estava incluída.

Edu estava falante e alegre, parecia estar combinando alguma coisa com os amigos. Todos riam e gesticulavam entre uma cerveja e outra. Ela sabia que ele era um homem ativo e muito inteligente, estava apaixonada e temia não conseguir conquista-lo.

Estavam ficando de vez em quando, porém, ela não poderia chamar aquilo de compromisso. Então, Vitória sentou-se em uma mesa com suas amigas, nada poderia fazer, pois ele a vira e se quisesse ficar com ela, teria que procura-la.

 Ela acompanhava o seu amor de longe e observava todos os seus movimentos; seus olhos estavam pregados nele. A moça empalideceu quando viu Célia, uma conhecida do colégio, aproximar-se dele e o puxar pela mão em direção à pista de danças.

A sua noite passou a ser um verdadeiro inferno, pois a cada movimento de dança do casal, ela morria um pouco. O tempo fechou para ela, que nem percebeu outro rapaz lhe perguntar se queria dançar. Ele acabou desistindo e se afastando em seguida.

Naquele momento, Lídia se aproximou e pediu que Vitória a acompanhasse ao toalete. Ela percebeu a frustração da amiga, queria consolá-la. Começou dizendo que ela teria que ter paciência, pois, para conquistar um homem maduro é bem mais complicado do que conquistar um jovem inexperiente.

As duas moças voltaram ao salão e a dança já havia acabado para a alegria de Vitória. Lídia conduziu a amiga até o local onde seu irmão estava e puxou conversa, deixando-os logo em seguida. Era a oportunidade que Vitória estava esperando; queria dançar com Edu. Fora ali com esse desejo e agora iria realiza-lo; sua alegria voltou...

Um texto de Eva Ibrahim. Continua na próxima 

sábado, 16 de janeiro de 2016

"EU ME APAIXONEI PELO SEU SORRISO, PELA SUA MANEIRA DE ME TRATAR, PELO SEU JEITO DOCE E MEIGO QUE ME ENCANTA, POR CADA DETALHE SEU, EU ME APAIXONEI POR VOCÊ". AUTOR DESCONHECIDO - SÓ NÃO VALE DESISTIR... EVA IBRAHIM

A LUZ DO MEU MUNDO
                    ENCANTAMENTO       
CAPÍTULO UM
            A moça estava impaciente, andava de um lado para o outro enquanto suas amigas riam abraçadas aos seus namorados. O salão de eventos estava cheio de gente, que aguardavam o início da apresentação de uma banda de música muito conhecida. No entanto, quem ela queria ainda não havia chegado; Vitória estava esperando o seu novo amor.

          Eduardo era comerciante, tinha uma loja de ferragens e havia se divorciado há dois anos. Era um homem experiente e mais velho do que ela, parecia que esse fato o tornava mais encantador. Era um homem de trinta e cinco anos com alguns cabelos grisalhos despontando em suas têmporas. Ela se tornara sua admiradora desde o dia em que Lídia, uma nova amiga da academia a apresentara ao seu irmão.

         - Vitória, Edu,

          - Edu, Vitória, vocês combinam. 
          Dissera a amiga sorrindo e deixando os dois sozinhos. Ambos ficaram sem jeito e ele tomou a palavra quebrando o gelo; era um cavalheiro e não deixaria a moça sem graça. A conversa começou difícil, mas foi deslanchando e em pouco tempo os dois estavam rindo, sentados na banqueta do bar. Tomaram uma cerveja e depois saíram para dançar; Vitória sentia-se nas nuvens.

Edu tinha um sorriso alegre, os olhos negros mais profundos que ela já vira e era brincalhão como uma criança. Ele a prendera de imediato com seu jeito doce e sedutor. Ela sentia que estivera esperando por ele a vida inteira; foi amor à primeira vista.

Depois desse dia, eles se encontraram novamente em uma lanchonete. Ficaram juntos até altas horas e a noite terminou com muitos beijos trocados. Saíram outras vezes e sempre combinavam novos encontros, porém nada específico.

  - Ficaria ao acaso, dissera Edu sorrindo depois do último encontro.

Naquela noite no salão de eventos ela estava tão ansiosa que os sentimentos se confundiam em seu peito. Estava apaixonada e acreditava que ele iria ao evento do sábado à noite. Entretanto, a incerteza a desestabilizava e ela pensava sem parar no poder que Edu tinha.

 Ele podia decidir se sua noite seria boa ou ruim, se ela ficaria alegre ou triste. Quando o rapaz chegava com um simples oi ela ganhava o céu ou com sua indiferença tinha a capacidade de jogá-la no mais profundo oceano escuro. Ela andava de lá para cá e vice versa e seus pensamentos ganhavam corpo, então, a Lídia apareceu e ela explodiu num desabafo.

 – Odeio o seu irmão que me tem em suas mãos e, eu nunca estive nas mãos de ninguém; não sei lidar com isso. E, quando ele aparece fico muito feliz, que preciso me conter para não dar bandeira. Se pudesse ver o sorriso que escondo dele e o quanto o meu coração fica alegre com sua presença, entenderia o que é o sentimento que trago no peito.

Lídia sorriu para Vitória, estava contente por ter colaborado com a felicidade da amiga. A moça gostava da amiga e desejava que o encontro desse certo, afinal, seu irmão merecia ser feliz novamente; deixara uma relação ruim para trás.

- Ele também não sabe que tem o poder de controlar minhas emoções e influenciar no meu humor. Prefiro deixar assim, pois uma hora ele irá perceber que já me ganhou e não posso prever sua reação, continuava falando a moça ansiosa.
Um texto de Eva Ibrahim. Continua na próxima semana.


sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

"SAUDADES É AMAR UM PASSADO QUE AINDA NÃO PASSOU. É RECUSAR UM PRESENTE QUE NOS MACHUCA. É NÃO VER O FUTURO QUE NOS CONVIDA..." PABLO NERUDA -- MUITAS VEZES A GENTE CHORA COM RAZÃO. EVA IBRAHIM.


                     TRAGÉDIA
                                    CAPÍTULO OITO
          Quando Samuel acordou sentia muita dor, seu corpo parecia ter sido atropelado por uma britadeira; suas pernas doíam e sua cabeça latejava. Olhou ao redor e viu que estava num ambiente Hospitalar. Várias enfermeiras estavam no local e logo vieram vê-lo.

        O rapaz estava na Unidade de Terapia Intensiva em um boxe rodeado de vidros, de onde ele podia ver outras pessoas acamadas; sentiu-se desesperado. Esticou o pescoço e viu que suas duas pernas estavam enfaixadas e imobilizadas.

       Então, lembrou-se do acidente e uma angustia tomou conta do seu coração. Quando conseguiu lembrar-se do que acontecera, perguntou por Celi e as enfermeiras desconversaram, dizendo que não sabiam.

          Ele fora trazido pelos Bombeiros, que o retiraram das ferragens e tivera que ser operado, pois havia fratura nas duas pernas, disse à enfermeira que se aproximara.

        - Tudo isso irá passar, porém, você deve descansar e manter-se calmo. Enfatizou a outra moça, que se aproximara, parecia ser a médica de plantão.

- Preciso saber da minha esposa, ela estava debruçada no volante depois da batida na árvore. Estava sangrando na testa e foi a última vez que a vi. Por que não a trouxeram para cá também?

            - Não sabemos, mas podemos chamar a Assistente Social para conversar com você e esclarecer a situação. Agora é hora da medicação, depois veremos o que fazer.

          Samuel tomou a injeção na veia e apagou; em alguns minutos estava dormindo profundamente. A enfermeira olhou para o médico, que acabara de entrar, e este disse que Celi, a esposa de Samuel, estava morrendo; seus ferimentos foram fatais.

A família fora chamada e quando o rapaz acordou sua mãe estava ao seu lado com os olhos cheios de lágrimas. A situação era trágica e ela fora encarregada de dar a notícia da morte da nora para o filho.

Delicadamente ela pegou em suas mãos e começou falando que Luana iria precisar muito dele, pois, agora eram apenas dois pai e filha e ambos teriam ajuda de toda a família. Samuel arregalou os olhos e perguntou de Celi. Sua mãe, então, lhe disse que Celi estava morta, seus ferimentos foram muito graves e ela não resistira.

O rapaz chorou e precisou ser sedado; estava realmente abalado com a notícia. Ele amara muito sua esposa antes dela apresentar a depressão, depois não soube entende-la e se afastou. No entanto, ele desejava estar com ela como antes; lá no fundo ele sentia muitas saudades de um passado recente.

Samuel foi conduzido em sua cadeira de rodas até o local em que estava o ataúde de Celi e em frente aos amigos, não conseguiu se controlar e chorou desesperadamente. Muitos presentes também choraram; foi comovente a despedida do viúvo.

Fizera tudo para impedir o acidente e não conseguira, então começou a gritar:
 - Por que isso foi acontecer conosco? O que eu faço com essas imensas saudades que eu sinto de você?

E, enquanto levavam o corpo de sua esposa para ser sepultado, ele retornava ao Hospital, onde deveria ficar por mais algum tempo.

Termina aqui a história de Celi e sua depressão pós-parto. Um texto de Eva Ibrahim.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

"NUNCA DESPREZE PESSOAS DEPRIMIDAS. A DEPRESSÃO É O ÚLTIMO ESTÁGIO DA DOR HUMANA". AUGUSTO CURY. - AMOR É O REMÉDIO QUE CURA A MAIORIA DAS DORES. EVA IBRAHIM

   CORRIDA LOUCA
                              CAPÍTULO SETE
         Celi estava de camisola e visivelmente transtornada; ele pediu para ela parar, tentou pegar o volante, porém ela tocava em frente. Estava determinada a seguir pela estrada principal, onde havia muito movimento. Não queria ouvir o que seu marido dizia e, demonstrando nervoso pisava ainda mais no acelerador. Samuel tentou acalmá-la, quem sabe ela pararia o automóvel sem resistência; no entanto ela não respondia e agarrada ao volante não prestava atenção ao que o marido dizia.

Estava a mais de 120 quilômetros por hora e numa tentativa louca Samuel tentou pegar o volante e, ela derrapou, quase tombou na ribanceira, foi por muito pouco que ela conseguiu retornar à estrada. O rapaz começou a temer pela própria vida, sua esposa estava enlouquecida. Procurou o celular, porém, havia deixado em casa; ele estava dormindo quando, assustado saiu atrás da mulher e não pensou em nada.

 Celi não desistia e imprimia mais velocidade ao veículo e o marido rezando se agarrava ao pegador. Temia pela sua e pela vida dela também, ela iria provocar um acidente e se ele pegasse o volante corria o risco de capotar o veículo.

A pequena Luana ficaria sem o pai e sem a mãe; seus pensamentos eram terríveis e obscuros. Não poderia ser verdade, ele estava refém da loucura de sua mulher. Samuel estava pálido e não sabia o que fazer para mudar a situação, no entanto ele sabia que precisava tomar uma atitude.

Era muito jovem para morrer e bruscamente puxou o volante para ela entrar em uma estrada vicinal; ali a velocidade teria que diminuir, pois a estrada era de chão de terra batida e esburacada.

 Celi se assustou e com o veículo desgovernado, atropelou um cachorro que caminhava pelo acostamento. Ziguezagueando o automóvel entrou no mato atingindo uma árvore. A batida violenta arrancou parte do tronco da árvore. Samuel bateu com a cabeça no vidro da frente do veículo e meio atordoado abriu os olhos; estava vivo, apesar do sangue que escorria de um ferimento na testa.

Depois de um momento de confusão, olhou para o lado viu sua esposa debruçada por sobre o volante; Celi estava inerte. Ele ficou preso nas ferragens e suas pernas sangravam; ele não conseguia movê-las. Quando ouviu o barulho de um automóvel parando na estrada e logo a seguir vozes, ele desfaleceu; estava atordoado e com muita dor nas pernas.

Um texto de Eva Ibrahim.

Continua na próxima semana.
MEU MUNDO REINVENTADO.

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