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sábado, 4 de junho de 2016

"CALMA NA ALMA, QUE A VIDA SE ENCARREGA DE EXPLICAR AS COISAS QUE NÃO FAZEM SENTIDO AGORA". TATI ZANELA - PROCURE O CAMINHO DO CORAÇÃO. EVA IBRAHIM.

PRECISO TE ESQUECER
 O ABANDONO
CAPÍTULO UM
           Gabriel andava triste e não queria conversar com ninguém de sua família, nem com os amigos ele queria falar. Rosana, sua noiva, o havia abandonado depois de vê-lo agarrado com Alcione, uma colega de trabalho. Ele não tivera tempo de lhe dar explicações, Rosana o surpreendeu quando ele beijava a colega, que estava se oferecendo a ele fazia tempo.

           Rose, outra colega de Gabriel, alertara Rosana sobre a safadeza do noivo e lhe indicou o local dos encontros furtivos. Com essas informações Rosana conseguiu dar o flagrante em seu futuro marido.

            Alcione, uma moça bonita, vistosa e alegre vivia dizendo que o amava e poderia fazê-lo feliz, só precisava de uma chance. Rosana nunca desconfiou de nada, acreditava cegamente que era amada pelo seu noivo. Fazia dois anos que começaram a namorar e nos últimos seis meses fizeram planos para o casamento.

            Entretanto, Gabriel andou saindo com Alcione; não resistiu aos assédios da moça. Ele gostava dos arroubos inconsequentes da colega, que sabia como agradá-lo. No entanto, ele amava sua noiva e não queria perde-la, mesmo assim, ele não resistiu e sucumbiu aos agarramentos furtivos com Alcione. Somente depois do flagrante e consequente abandono, ele percebeu que havia ofendido seriamente o seu grande amor.

          O ocorrido, que para ele fora apenas uma aventura, gerou a perda de sua noiva e seus mais caros sonhos de amor. Sendo assim, o sofrimento que ele sentia era consequência de suas escapadas com outra mulher e não poderia nem reclamar.

           Rosana estava com muita raiva de Gabriel por causa de sua traição; não atendia aos telefonemas e mandava dizer que não estava. Essa situação estava estabelecida fazia um mês e ele nunca mais a vira, nem falara com ela. Depois que ela gritou que o odiava e não queria vê-lo nunca mais, desapareceu e ele não sabia mais aonde procura-la.

             Todos os dias, Gabriel tentava entrar em contato com Rosana, mas ele constatou que os familiares da moça não diriam para onde ela havia ido depois da briga. E, no seu trabalho diziam que ela estava de férias. Seu desespero só aumentava com o passar dos dias, ele queria, ao menos, vê-la e se possível tê-la em seus braços para lhe pedir perdão. Mas, teria que se humilhar, encontra-la e conseguir sua atenção, pois havia um muro enorme entre eles.

            Deveria, antes de qualquer coisa, cortar relações com Alcione, que vivia perseguindo-o em lugares públicos e, no local de trabalho estava sempre por perto. A moça ligava, insistentemente, para falar com ele, porém, não era com ela que ele queria conversar e já se cansara daquela situação. Na verdade, ele sentia raiva de Alcione, que provocara toda aquela desavença.

          Gabriel teria que tomar uma atitude drástica, antes que fosse tarde demais, pois ele sabia que as férias de Rosana estavam terminando e ele queria vê-la.

Um texto de Eva Ibrahim
Continua na próxima semana.









sexta-feira, 27 de maio de 2016

NUNCA DEIXE DE SONHAR POR MEDO DE SE MACHUCAR, SE O MUNDO USOU ALGUÉM PARA TE FERIR, A VIDA TRARÁ ALGUÉM PARA TE CURAR". AUTOR DESCONHECIDO- AMO ENQUANTO POSSO, É TUDO... EVA IBRAHIM


O RECOMEÇO
CAPÍTULO CINCO
             Na primeira semana, Adele esteve envolvida com todas as coisas burocráticas que a esposa tem que resolver quando perde o esposo. Além de responder as perguntas dos amigos e conhecidos sobre o passamento do marido, ainda tinha que cuidar dos papéis, cartório, banco, empresa onde Rafael trabalhava e, finalmente na sexta feira ela respirou com a sensação do dever cumprido. Estava viúva e muito cansada; precisava ficar só.

             O domingo chegou e Adele se vestiu sobriamente, iria à missa de sétimo dia da morte de Rafael juntamente com suas duas filhas. Suas roupas combinavam com sua alma, ambas tinham a cor escura dominante. Adele chorou durante a missa; as palavras do padre a emocionaram e ela não prestou atenção em mais nada, estava frágil demais.

             O tempo passou lentamente e foi implacável com a viúva; nos três primeiros meses a sua rotina era chorar e visitar o cemitério. Então, ela tratou de arrumar trabalho para afastar a depressão. De casa para o trabalho e vice e versa, assim ela chegou ao oitavo mês da morte de Rafael.

            Cansada da solidão, Adele começou a frequentar a Igreja para poder sair de casa e voltar a vida em sociedade novamente. Em uma cerimônia da missa de um mês de falecimento da esposa de um conhecido de Rafael, Adele se comoveu e foi cumprimentar Olavo, o viúvo.

          E, a partir desse dia passaram a se falar constantemente, até o dia da véspera de Natal, quando ambos não resistiram e se entregaram ao amor. Um amor cheio de culpa e restrições, mas forte e capaz de resistir aos comentários de amigos e familiares.

O novo casal tinha muita coisa em comum, mas precisavam de um local neutro, onde não houvesse lembranças atormentando a consciência de cada um. Então, reuniram as duas famílias; as duas filhas de Adele e o filho de Olavo para apresentar-lhes os planos para o futuro.

Depois de alguns questionamentos, eles concordaram em montar uma uma nova casa, onde não houvesse lembranças do passado. Estas ficariam apenas nos corações e nos álbuns de cada um deles. Rafael e Rosaura, a esposa de Olavo, teriam seus lugares respeitados, no entanto, o novo casal queria recomeçar dali e viver uma vida feliz.

 E, foi num domingo de manhã junto a família e alguns amigos que foi celebrado o casamento de Adele e Olavo; uma nova oportunidade de viver o amor; o recomeço para duas almas solitárias.
 Um texto de Eva Ibrahim


sexta-feira, 20 de maio de 2016

"QUE MINHA SOLIDÃO ME SIRVA DE COMPANHIA, QUE EU TENHA CORAGEM DE ME ENFRENTAR. QUE EU SAIBA FICAR COM O NADA E MESMO ASSIM, ME SENTIR COMO SE ESTIVESSE PLENA DE TUDO". CLARICE LISPECTOR -- NÃO POSSO CAMINHAR SOZINHA... EVA IBRAHIM.

SOLIDÃO
CAPÍTULO QUATRO

           Adele chegou à sua casa e foi para o quarto, não sabia o que fazer de sua vida. E, no escuro do ambiente ela sentiu que seu futuro mais parecia um borrão cinzento, então, deitou-se na cama; estava triste e cansada de todos aqueles acontecimentos, que lhe roubaram o marido.

           Precisava ficar só e refletir na mudança que a morte de Rafael provocaria em sua vida. Solidão era a definição para aquele momento, uma dor profunda de perda inesperada; uma mudança sofrida e nunca pensada.

            Agora, Adele era viúva e aquela palavra lhe parecia uma carga pesada e escura; precisava encontrar uma saída para não entrar em depressão. Naquele momento, o que lhe restava era chorar.  As lágrimas corriam pelo seu rosto molhando o travesseiro, no entanto, serviam para aliviar a dor que apertava seu peito.    

          -    Por que eu? O Rafael sempre foi o grande amor da minha vida, o que farei sem ele?

          A mulher, depois de algum tempo, foi vencida pelo cansaço e adormeceu em um sono agitado; sentia mágoa do mundo e queria desaparecer.

           O dia amanheceu limpo e com uma luz brilhante, Adele estava com os olhos inchados de tanto chorar, mas não poderia ficar indiferente a beleza do dia que se apresentava naquela manhã. Foi tomar banho para melhorar sua aparência, teria que tomar algumas providências práticas referentes a morte de Rafael.

           A tristeza tomava conta de seu coração, estava de luto e sentia que precisava buscar Deus. Fez café e sentou-se para sorvê-lo; procurava um novo sentido para sua vida. Estava absorta em seus pensamentos e, distraidamente, levou a xícara aos lábios queimando a língua, em seguida, de um pulo levantou-se e foi tomar água...

 Adele sabia que precisava ficar forte, pois tinha duas filhas adolescentes que precisavam dela. No entanto, sentia que para sobreviver teria que ter um apoio espiritual; iria procurar o padre para aconselhá-la. Na Igreja encontraria um pouco de consolo, estava muito carente.

Quando saiu de casa os vizinhos foram lhe dar uma palavra de conforto e Adele começou a chorar, não conseguia falar dos últimos acontecimentos. Era muita angustia que a sufocava impedindo-a de conversar, então, teve que retornar à sua casa para poder se acalmar. Ela não queria a piedade de ninguém, estava acuada em sua dor.

            Suas filhas tentaram acalmá-la, porém, teriam que esperar a mãe viver todas as fases do luto; seria prematuro tentar impedir seu sofrimento. As duas meninas deixaram a mãe sozinha para curtir a sua perda; nada poderiam fazer. Eram jovens e ainda não entendiam o drama que estavam vivendo.

Um texto de Eva Ibrahim

Continua na próxima semana.

sábado, 14 de maio de 2016

SE A DESPEDIDA DÓI É PORQUE O INTERVALO ENTRE O "OI" E O "ADEUS" VALEU A PENA. AUTOR DESCONHECIDO- SIGA EM FRENTE, HAJA O QUE HOUVER. EVA IBBRAHIM

A DESPEDIDA
CAPÍTULO TRÊS
              O dia terminou com Adele sentada no sofá com os olhos inchados de tanto chorar.  Suas filhas estavam ali para lhe dar apoio, porém, já estavam exaustas e acabaram dormindo jogadas sobre suas camas. A mulher cochilou e acordou sobressaltada; havia tido um pesadelo com Rafael. Ele a chamava para acompanha-lo, mas ela se negava a segui-lo. Adele estava com medo de tudo o que acontecera naquele domingo de manhã.

            A sua vida estava destruída, amava o marido e não saberia viver sem a presença dele. Então, sentiu um forte arrepio percorrer seu corpo. Temerosa, tratou de afastar este pensamento, pois temia a morte e não queria conversa com os mortos.

            -Que descanse em paz, desejou a mulher cautelosa.

           Pelo vitro da sala ela viu o dia chegando e a sua claridade inundando a casa. Levantou-se e foi tomar um banho precisava livrar-se da sensação de sujeira que a estava incomodando. Depois fez um café e sorveu o líquido quente, que a revigorou, dando lhe forças para pensar em ligar para o cunhado e saber quando o corpo seria liberado para o enterro.

           Aquele, certamente seria um dia muito ruim; enterrar o marido nunca fez parte de seus piores pensamentos. No entanto, coube a ela essa missão e ela teria que ser forte. Duas lágrimas correram em seu rosto indo morrer em sua boca, deixando ali um gosto salgado.

            Ela queria sumir para não ter que acompanhar o enterro de Rafael. Adele trazia uma dor intensa em seu íntimo.

            - Como poderia deixa-lo enterrado e ir para sua casa? Pensou a mulher assustada.

           Estava além de suas forças; ele era o amor de sua vida. Sentia-se sozinha em sua dor. Ninguém poderia avaliar o tamanho de seu sofrimento e nada a consolava, estava revoltada. A campainha tocou e alguns parentes próximos chegaram para ajudar e consolar a viúva.

           Na verdade, Adele queria ficar sozinha e pensar em tudo que ocorrera, precisava entender o que Deus queria dizer levando Rafael tão cedo. Mas, com tanta gente em sua casa teria que adiar aqueles pensamentos e tratar de se preparar para a chegada do corpo no necrotério.

          Rafael estava duro e gelado, além de pálido, as flores que encobriam parte de seu corpo eram amarelas, o que deixavam o defunto ainda mais descorado. Adele ficou extática em frente ao marido morto. Estranhamente não estava chorando, se conformara com a ideia da morte de Rafael.

          A sala onde estava o falecido, ficou cheia de gente e o cheiro dos crisântemos tomou conta do lugar. A viúva sentiu náuseas e saiu acompanhada das filhas. Ficou algum tempo encostada na parede do lado de fora, mas quando o padre chegou para encomendar o corpo, ela se colocou na cabeceira do marido.

         Sentia-se entorpecida, parecia que nada daquilo lhe dizia respeito. E, quando o cortejo seguiu até a vala, ela acompanhou abraçada com as suas filhas, seguiu o caixão até a beira da cova. Cercado de parentes e amigos, o caixão desceu depositando o corpo de Rafael em sua última morada. Adele jogou algumas flores, que alguém colocou em suas mãos, sobre o caixão do marido. Então, com os olhos marejados de lágrimas, ela foi conduzida para fora do cemitério.

Um texto de Eva Ibrahim

Continua na próxima semana.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

"A MORTE NADA MAIS É DO QUE UMA DESPEDIDA INESPERADA, QUE NÃO TEMOS O PODER DE CONTESTAR OU EVITAR". AUTOR DESCONHECIDO-- O SILÊNCIO ACENTUA A DOR. EVA IBRAHIM

O CHORO DOÍDO
CAPÍTULO DOIS
             Adele insistiu, queria saber o que acontecera com Rafael, mas, ninguém se dispunha a lhe dizer a verdade. Diziam apenas, que ele passara mal enquanto jogava basquetebol. Seguiram de automóvel os poucos quarteirões que separavam o portão de entrada do clube e a casa de Adele. Ela mal teve tempo de colocar as ideias no lugar, estava vivendo um pesadelo.

          Quando adentraram ao pátio lateral, de onde dava para ver a quadra de basquete, Adele viu que lá havia uma aglomeração.  Então, colocou a mão na boca para calar um grito inesperado; no fundo ela sabia que o caso era muito grave. Em seguida, ao se aproximar ela viu um corpo coberto com um pano branco e o grito espremido saiu dolorido; era seu marido que estava estendido sob aquele tecido branco.

            Adele correu em direção ao local, porém não obteve êxito, foi contida por algumas pessoas ali presentes. Sentaram-na em uma cadeira e trouxeram água com açúcar para ela se acalmar. Durante este tempo as suas filhas chegaram para apoiar a mãe e todas gemeram em alta voz. Rafael, marido e pai exemplar estava morto, caído na quadra de basquetebol.

Enquanto aguardavam o carro do Instituto Médico Legal (IML), a polícia montava guarda para que ninguém se aproximasse do corpo inerte. A família, desesperada, queria ver o seu ente querido e, depois de algum tempo a mulher e filhas puderam se aproximar. 

O choro tomou conta da maioria das pessoas que ali estavam. Até os homens disfarçavam uma ou outra lágrima que teimava em cair. Adele era a desolação em pessoa, trazia nos olhos a dor e a tristeza da perda. Ficou parada olhando o rosto pálido e sem vida de Rafael. Aos poucos a aglomeração foi se dispersando e ficaram alguns amigos e a família aguardando o IML.

            As horas foram passando e o seu marido permanecia caído no chão duro da quadra de basquete; então, inesperadamente ela começou a gritar. Queria leva-lo para casa; não era justo ele ficar ali sem assistência. A polícia argumentou que ele estava morto e tinham que obedecer às leis; ninguém poderia mexer no corpo.

                 Amparada pelas filhas ela se afastou e foi chorar em outro canto. E, quando ela viu o carro do IML adentrar ao local ela se desesperou novamente. Três homens vestidos de roupas brancas e luvas desceram do carro e pegando um cocho abaulado colocaram o corpo dentro e, depois empurraram-no de qualquer jeito para dentro do carro. Então, saíram em desabalada carreira deixando para trás uma família desesperada e sem saber o que fazer.

             No entanto, naquele momento nada poderia ser feito, deveriam esperar a liberação do corpo. Adele e as filhas caminharam para a casa em completa solidão, Rafael já não estava presente. O domingo se despedia deixando o escuro da noite tomar conta de tudo.
Um texto de Eva Ibrahim

Continua na próxima semana.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

"AS VEZES, TUDO O QUE VOCÊ PRECISA FAZER É ABAIXAR A SUA CABEÇA, FAZER UMA ORAÇÃO E RESISTIR À TEMPESTADE". AUTOR DESCONHECIDO - CREIA EM DEUS E SIGA EM FRENTE. EVA IBRAHIM

DOMINGO DE MANHÃ
                            CAPÍTULO UM
            O domingo amanheceu lindo, um Sol brilhante e um cheiro de terra molhada, que tomava conta do ar umidificado pela chuva. Durante a noite chovera torrencialmente, parecia que o mundo iria acabar. Uma chuva de verão, que trouxera muito barulho e vento, mas logo que amanheceu passou, e deu lugar a uma manhã esplendorosa.

Na casa de Adele, os filhos ainda dormiam quando ela se levantou para fazer o café. E, ao abrir a porta percebeu que havia muito trabalho a fazer. A chuva deixara muita sujeira das árvores por toda a extensão do quintal, jardim e na rua também. O vento açoitou as árvores e elas perderam folhas e galhos, esparramando-os por toda a parte.

A mulher coou o café e pegando a vassoura começou a varrer o quintal. Então, o seu marido surgiu na porta espreguiçando e dizendo que iria ao supermercado e depois ao clube de campo; havia uma disputa de basquete entre duas equipes rivais. Rafael era um apaixonado por aquele esporte.

Adele serviu o café ao marido; em seguida lhe entregou uma relação de compras necessárias para o almoço de domingo. Então, Rafael saiu e deixou a mulher envolvida com a limpeza da área externa da casa.

Durante um bom tempo ela limpou tudo, em seguida, adentrando a cozinha sentiu um forte calafrio; parou e se benzeu, depois foi cuidar da casa. No entanto, ficara pensativa, não gostava de ter pressentimentos ruins. Adele temia o desconhecido, era uma mulher simples e medrosa; fora criada ouvindo histórias mirabolantes, que a deixavam noites sem dormir.

Rafael chegou reclamando da demora no atendimento dos caixas do supermercado. E, dizendo estar atrasado para seu compromisso do domingo, pegou sua mochila e saiu apressado. Adele não deu importância ao que ele disse, pois era a sua rotina de domingo. O marido voltaria cansado e feliz; depois do banho almoçaria e iria se deitar para descansar.

O almoço estava quase pronto, a mulher estava lavando a verdura, quando alguém bateu palmas em frente ao portão de sua casa, parecia nervoso, pois insistia veementemente. Adele enxugou as mãos e foi verificar o que estava acontecendo e, quando abriu a porta, sentiu novamente o calafrio percorrer seu corpo.

Ali, com expressão de espanto, estavam três conhecidos da mulher, amigos de Rafael, que gaguejavam ao falar. Alguma coisa de muito ruim havia acontecido e eles titubeavam em dizer. Finalmente pediram para a mulher acompanha-los, porque seu marido estava passando mal no clube.                      
  Então, ela desligou o fogão e saiu apressada atrás dos rapazes; estava com o coração nas mãos.
Um texto de Eva Ibrahim

Continua na próxima semana.
MEU MUNDO REINVENTADO.

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