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sexta-feira, 4 de março de 2016

"NÃO QUERO ALGUÉM QUE MORRA DE AMORES POR MIM. SÓ PRECISO DE ALGUÉM QUE DEMONSTRE, EM PEQUENOS GESTOS, QUE GOSTA DE ESTAR AO MEU LADO". AUTOR DESCONHECIDO-- NINGUÉM RESISTE A UM CARINHO FEITO COM AMOR. EVA IBRAHIM

VOCÊ É LINDA DEMAIS

CAPÍTULO OITO
        Júlio se aproximou, estava com um belo sorriso no rosto. Vitória ficou surpresa e, antes que ela dissesse alguma coisa, ele foi logo dizendo que ela era linda demais. Em seguida lhe deu um beijo, do qual ela não se esquivou; estava gostando de ser tratada com carinho. Lídia até se surpreendeu com a atitude da amiga e pensou que seu irmão Edu havia perdido a amiga para o Júlio.

Vitória parecia feliz ao lado de Júlio, porém não queria dar o braço a torcer e continuava afirmando que não queria nada com ele. No entanto, era visível a sua satisfação ao lado do rapaz, que agia naturalmente com todos. O namorado de Lídia também estava lá e as duas riram e brincaram com o grupo que se formara.

A noite voou e quando perceberam já estava tarde e os dois rapazes foram acompanhar as duas moças até suas casas. E, na hora da despedida Vitória se viu nos braços de Júlio, então, tentou afastá-lo, porém desistiu e se entregou ao beijo dado por ele. Foram vários beijos seguidos de abraços carinhosos, que deixou a moça extasiada; nunca se sentira tão valorizada como naquele momento.

Júlio fechou a porta do carro dizendo que ela era linda demais; depois saiu arrancando o veículo. A moça ficou parada olhando-o desaparecer na esquina e sentiu-se abandonada; não queria que ele fosse embora. Entrou, foi para seu quarto e parou diante do espelho, então, viu que estava alegre e feliz. Em nenhum momento pensou em Edu.

–Estaria gostando de Júlio? Perguntou-se intimamente e a resposta veio também do fundo da alma.

–Não poderia ser, gostava do Edu e não queria nada com o Júlio.

No entanto, no dia seguinte era no Júlio que ela pensava e queria encontra-lo novamente. Na hora do almoço, sentadas na lanchonete, ela disse a Lídia que não queria nada com o rapaz e a amiga deu uma risada que deixou Vitória vermelha.

-Me engana que eu gosto; você está apaixonada pelo Júlio e o meu irmão já perdeu a vez. Afirmou a amiga sorrindo.

         Então, o Júlio entrou, por trás pôs as mãos nos olhos de Vitória e esta deu um pulo dizendo seu nome. Lídia se espantou e o rapaz sorriu, ela o havia reconhecido. Em seguida ele lhe deu um breve beijo nos lábios, no que foi correspondido. Vitória ficou vermelha e se deu por vencida; estava gostando do rapaz.

      Um texto de Eva Ibrahim. Continua na próxima semana.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

"EU GOSTO DE DELICADEZA, SEJA NOS GESTOS, NAS PALAVRAS, NAS AÇÕES, NO JEITO DE OLHAR, NO DIA A DIA E ATÉ NO QUE NÃO É DITO COM PALAVRAS, MAS FICA NO AR... MANUEL BANDEIRA-- O AMOR É A SUBLIME POESIA DA VIDA. EVA IBRAHIM

NÃO QUERO O SEU AMOR
                                       CAPÍTULO SETE

          A moça estava deprimida e sendo assim, passou vários dias sem sair de casa. Não queria se encontrar com as amigas; temia rever o Edu e o Júlio também. Do primeiro sentia vergonha e do segundo sentia raiva; Vitória preferia não se encontrar com nenhum dos dois. Seria melhor deixar o tempo apagar a má impressão deixada.


Na sexta-feira à noite, Lídia ligou para Vitória e a convidou para irem a uma lanchonete, que tinha apresentação de músicas ao vivo. A moça estava carente e achou que poderia se alegrar um pouco, então, combinaram o passeio.

Vitória, que não atendia aos telefonemas de Júlio, saiu de casa pensando que ele seria a última pessoa que ela queria encontrar. Queria se encontrar com seu amor, Edu, o irmão de Lídia.

 No entanto, depois de algum tempo, sentada em um canto da lanchonete Vitória empalideceu, pois o Edu, acompanhado da loira, adentrou ao recinto; estavam abraçados e rindo alto. A moça se encolheu no canto, não queria ser vista por eles.

Esperou que o casal se sentasse e pediu para a amiga que fossem embora. Em seguida saíram juntas, sem serem vistas e foram para outro barzinho dançante. Chegando lá deram de cara com o Júlio, que veio alegre ao seu encontro. O rapaz chegou beijando o rosto de Vitória, que ficou sem jeito e recebeu o ósculo no rosto.

            Com a situação em que estava metida, a moça acabou aceitando a companhia do rapaz, que mais uma vez fazia papel de estepe. Ele estava alegre e agia como se fosse o namorado de Vitória e ela acabou por aceitar seu carinho; estava carente e queria esquecer o Edu.

         A noite passou alegre e descontraída, a Lídia também arrumou um par e as duas terminaram a noite rindo muito e satisfeitas. Afinal, estavam felizes por encontrar pessoas que encheram a sua noite de alegria:

       - É difícil não rir diante do palhaço do Júlio, ponderou Vitória.

         Júlio estava longe de ser o homem que ela queria, mas era uma boa companhia. Vitória e Lídia concordaram em ficar com aqueles rapazes para ter acompanhante e o Júlio mostrou um lado seu que a moça nunca notara, era alegre e brincalhão.

A desilusão que se abatera sobre a moça não deixava que ela se alegrasse; vivia triste e sem graça. Não queria sair de casa para não se encontrar com Edu. No entanto, sua amiga Lídia insistiu para que fossem a um churrasco na casa de amigos. Chegando lá, Vitória deu de cara com o Júlio e, ele foi ao seu encontro sorrindo.
Um texto de Eva Ibrahim

Continua na próxima semana.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

"UM AMIGO ME CHAMOU PARA AJUDAR A CUIDAR DA DOR DELE. GUARDEI A MINHA NO BOLSO...E FUI...- CLARICE LISPECTOR - SER AMIGO É SABER INTERPRETAR OLHARES. EVA IBRAHIM


MULHER DE AMIGO
CAPÍTULO SEIS
         O baile de carnaval, para Vitória, terminou ali, nada mais interessava a ela. Entretanto, o Júlio estava empolgado e não largava de sua cintura. Enquanto isso, o Edu dançava grudado ao corpo da loira, que fazia questão de se esfregar nele. Vitória curtia uma tortura dupla, tinha que aguentar o Júlio querendo beijá-la e presenciar o seu amor agarrado à outra pessoa.

            Então, ela começou a se queixar de dor nos pés, para poder sentar-se um pouco e se livrar do assédio do Júlio. A turma toda sentou nas cadeiras ao redor da mesa para tomar uma bebida, pois, estava muito calor. Eram jovens e riam alto, enquanto tomavam a cerveja gelada. Entre um comentário e outro soltavam piadinhas sarcásticas; era uma turma animada.

         O único pensamento que ocorria para Vitória era que fizera uma besteira, querendo provocar ciúmes no seu amor. Agora estava arrependida, pois o Edu nunca mais olharia para ela como mulher. A partir daquele dia seria apenas a namorada do Júlio e, sem nenhuma chance de recomeçar a sua história com ele.

Sentada no canto, Vitória olhava para a pista de danças e queria sumir dali ao ver o casal, que se beijava a sua frente; era a loira e seu amor. Estava frustrada e ainda tinha que aguentar a aproximação do Júlio que insistia em beijá-la; ela sabia que era culpada por ter dado confiança a ele, porém, já passara dos limites. 

         O rapaz já estava eufórico por causa da bebida e não se contentava em ficar ao lado da moça, queria ficar abraçando e beijando sem parar. Então, ela o empurrou e ele caiu sentado no chão do salão. Foi uma zoeira dos amigos, que surpresos não paravam de fazer piadinhas, inclusive o Edu se aproximou para rir com os companheiros.

        Vitória não aguentou e saiu de fininho para que ninguém a visse. A moça saiu correndo a pé e só parou quando chegou à sua casa. Estava exausta e foi chorar em sua cama, se tornara uma Colombina desastrada.

Durante a noite o telefone tocou por diversas vezes, porém ela não se levantou para ver quem estava chamando. O dia amanheceu e ela precisava ir ao banheiro, então pegou o celular e verificou que as chamadas eram de Júlio, que em uma mensagem dizia querer se desculpar pelo excesso que cometera na noite anterior.

Ela ficou pálida de raiva, não queria ver o Júlio nunca mais; ela queria as desculpas de Edu e não daquele, que para ela não passava de um estepe. Ao invés de ajuda-la ele acabou por atrapalhá-la. Agora se tornara, para o seu amor, apenas a mulher de um amigo.

Um texto de Eva Ibrahim. Continua na próxima semana.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

"CADA SONHO QUE VOCÊ DEIXA PARA TRÁS, É UM PEDAÇO DO SEU FUTURO QUE DEIXA DE EXISTIR". STEVE JOBS-- O DESAFIO É TRANSFORMADOR. EVA IBRAHIM

 NA CORDA BAMBA
CAPÍTULO CINCO
         Vitória estava decidida a enfrentar aquela situação de igual para igual. Ele veria que ela também sabia se mostrar indiferente e magoá-lo com o desprezo. Edu sentiria na pele o que fizera a ela; iria dar em cima de um de seus amigos.

          Júlio, um amigo de Edu, já se insinuara para ela por diversas vezes e ela nunca aceitara sair com ele, porque estava interessada em Edu. No entanto, agora seria diferente, o Júlio seria de grande valia.

Tinha uma semana para se preparar para o baile de abertura do Carnaval e quatro dias de carnaval para fazer o Edu sofrer. Juntou alguns amigos e propôs montarem um bloco de Carnaval com Colombinas, Arlequins e Pierrôs.

Convidou a Lídia, irmã de Edu e trataram de comprar as fantasias de cada personagem o mais característica possível. Júlio seria o Arlequim de Vitória, que faria o Edu sentir ciúmes; no entanto, o pobre rapaz nada desconfiava e aceitou o convite para participar do bloco; ficou feliz por Vitória ter se lembrado dele.

Um grupo de oito pessoas, quatro mulheres e quatro homens, cada um com sua parceira; assim o divertimento seria garantido. Todos mascarados e cheios de energia estariam pulando no salão. Duas Colombinas de vestidos de seda brancos e duas de vestidos de seda vermelhos. Os homens dois Arlequins de roupas azuis e dois Pierrôs de roupas laranja.

Quando o bloco adentrou ao salão, a maioria das pessoas se voltou para admirá-los, estavam exuberantes e alegres. Todos mascarados e disfarçados; havia um pacto entre eles para permanecerem no anonimato. Ninguém deveria tirar a máscara, que deixava de fora apenas a boca.

          A orquestra tocava com potência máxima, havia muita alegria no ar e quando Vitória viu o Edu adentrar ao recinto com a moça loura, que estava na rede social, ela tremeu de raiva. Então, ela tratou de agarrar o Júlio e disfarçadamente se aproximou do novo casal.

         O grupo se misturava aos demais foliões e cada um seguia suas intuições. Vitória estava muito infeliz, porém, debaixo da máscara ninguém poderia ver e ela seguia agarrada a cintura de Júlio, como se aquele fosse o seu grande amor.

        Ela estava muito magoada e não pensou nos sentimentos de Júlio, que se empolgou e lhe deu um beijo em frente ao Edu. Nesse momento, Edu parou para olhar quem estava com seu amigo e acabou por reconhecer Vitória. Naquele momento ele deu um sorriso carregado de cumplicidade.

             Por debaixo da máscara ela ficou vermelha, então percebeu que caíra numa roubada; agora o Edu não iria querer mais nada com ela, pois, sempre dizia que:

           -“Mulher de amigo, para mim é homem”.

A moça se desvencilhou do rapaz que ainda segurava em sua cintura e se dirigiu ao banheiro, precisava chorar. Vitória se dera mal e agora estava em uma corda bamba.

Um texto de Eva Ibrahim. Continua na próxima semana.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

"DA VIDA EU SÓ ESPERO RIR DOS TOMBOS, APRENDER COM OS ERROS E, CONTINUAR ACREDITANDO QUE, NO FINAL, TUDO VAI DAR CERTO". AUTOR DESCONHECIDO-- É O INESPERADO QUE MUDA NOSSAS VIDAS. EVA IBRAHIM

                    A REALIDADE
CAPÍTULO QUATRO
         Vitória estava exausta e se jogou na cama do jeito que estava vestida; em poucos minutos dormia profundamente; havia bebido mais do que devia. Acordou quando sua mãe abriu a porta dizendo que já era tarde e deveria se levantar.

         Naquele momento, ela lamentou por aquela noite ter chegado ao fim. Fora a mais fantástica das noites e muito além de suas expectativas. Sentira-se a mulher mais feliz desse mundo nos braços daquele homem bonito, que ela desejava que fosse seu. Os beijos carinhosos de Edu a deixaram sonhando com seu amor.

         Era um domingo e a tarde já estava terminando, quando Lídia ligou convidando a amiga para tomar um sorvete:

       - Estava fazendo muito calor, justificou a amiga.

Vitória não titubeou, iria se encontrar com a irmã de Edu e assim, saberia como e onde ele estava.

Ela trazia em seu peito esperanças de que depois daquela noite, ele a levasse a sério; estava apaixonada e nada mais importava para ela. No entanto, Lídia a desiludiu dizendo que o irmão estava em uma festa de aniversário de uma amiga. A moça ficou perplexa e exclamou;

 - Como ele não me disse nada e nem me convidou? A amiga apenas sorriu, pois, nada mais poderia acrescentar.

 Vitória ficou mais um pouco ali, estava decepcionada e logo saiu dizendo estar com dor de cabeça. As lágrimas escorriam de seus olhos quando adentrou ao seu quarto e se jogou na cama. Seu dia acabara, parecia estar tudo escuro ao seu redor. Na solidão de sua decepção, ela imaginava o seu amor se agarrando e beijando  outra moça. 

Dormiu, depois de chorar em soluços durante um bom tempo. No dia seguinte ela soube por colegas de trabalho que o Edu estava acompanhado de uma moça loira, muito bonita. Vitória quase chorou ali mesmo De uma coisa ela tinha certeza, não suportaria vê-lo com outra.

O coração de Vitória estava partido com as últimas informações; queria ficar só para chorar até adormecer. Então, ela lembrou-se do aniversário da Laurinha, uma colega de trabalho.  E, como já estava tarde, resolveu mandar uma mensagem de felicitação pela rede social.

Quando a internet entrou e a página se abriu, ela viu o seu Edu abraçado à outra mulher; uma loura esplendorosa. Ela não poderia imaginar aquela situação, então, tudo o que lhe contaram correspondia à verdade.

A partir daquele dia ela tomaria uma decisão, esqueceria aquele homem para sempre. Viveria somente a sua realidade, que era feia e solitária. Depois de tudo isso ela iria se esbaldar no carnaval e nunca mais falaria com Edu. Decisão tomada, suspiro aliviado e vingança pensada.

Um texto de Eva Ibrahim. Continua na próxima semana.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

"TEM COISAS QUE PALAVRAS NÃO DIZEM, SOMENTE O OLHAR EXPRESSA E O CARINHO CONFIRMA".AUTOR DESCONHECIDO - DEIXE UM BRILHO POR ONDE PASSAR. EVA IBRAHIM

NAS NUVENS
CAPÍTULO TRÊS
A banda começou a tocar, os casais saíram para dançar e a Vitória estava de mãos dadas com Edu; parecia estar enfeitiçada. Naquele momento ela iria para qualquer lugar do mundo, tamanho era o encantamento que tomara conta de si. 

Seguiram para a pista de danças e depois de Edu enlaça-la pela cintura começaram a rodopiar. Ele dançava muito bem e conduzia Vitória como se ela fosse apenas uma pluma, que se deixava levar. O casal se destacava pela leveza e passos perfeitos. Quando a música terminou eles estavam sozinhos na pista, enquanto todos aplaudiam e assobiavam.

Vitória estava feliz e só conseguia pensar na sorte que tivera ao concordar com a mãe e estudar dança de salão durante todo o ano anterior. Agora estava preparada para dançar com seu amor; aquele momento fora como se ela tivesse ganhado o céu flutuando nas nuvens.

            A noite toda ela procurou ficar ao lado de Edu, não permitindo que nenhuma outra moça se aproximasse dele. O rapaz já estava meio embriagado e não se importou de ser mimado por Vitória.  Estava confortável com aquela moça bonita e disponível, que ao menor gesto o atendia prontamente. 

          Quando a apresentação terminou, saíram para tomar sopa em um restaurante tradicional, que era famoso pelos quitutes servidos após os eventos na cidade. E, quando o Sol estava despontando com sua luz, que tomava conta da escuridão, os dois saíram em direção à rua; era hora de ir para casa.

        Vitória estava com as sandálias nas mãos; seus pés não aguentaram tantas exigências. Edu estava meio atordoado, porém inteiro e pronto para outra dose, dizia beijando a moça. Aquela noite ultrapassou as expectativas de Vitória, estava feliz e sentindo-se nas nuvens.

        Ela relutava em deixa-lo ir para sua casa, queria ficar com ele para sempre. No entanto, o Sol acabara de nascer e a luz do dia fazia com que ela voltasse à realidade e tudo voltava ao normal. 

        Eles eram apenas dois adultos que ficavam juntos de vez em quando, não tinham firmado nenhum compromisso. Então, ele se despediu com um leve beijo e a deixou em frente à sua casa. Vitória adentrou ao jardim e distraidamente duas lágrimas rolaram em seu rosto. A sensação que restara era a de que acabara de cair das nuvens.

Um texto de Eva Ibrahim. Continua na próxima semana.
MEU MUNDO REINVENTADO.

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