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sábado, 16 de janeiro de 2016

"EU ME APAIXONEI PELO SEU SORRISO, PELA SUA MANEIRA DE ME TRATAR, PELO SEU JEITO DOCE E MEIGO QUE ME ENCANTA, POR CADA DETALHE SEU, EU ME APAIXONEI POR VOCÊ". AUTOR DESCONHECIDO - SÓ NÃO VALE DESISTIR... EVA IBRAHIM

A LUZ DO MEU MUNDO
                    ENCANTAMENTO       
CAPÍTULO UM
            A moça estava impaciente, andava de um lado para o outro enquanto suas amigas riam abraçadas aos seus namorados. O salão de eventos estava cheio de gente, que aguardavam o início da apresentação de uma banda de música muito conhecida. No entanto, quem ela queria ainda não havia chegado; Vitória estava esperando o seu novo amor.

          Eduardo era comerciante, tinha uma loja de ferragens e havia se divorciado há dois anos. Era um homem experiente e mais velho do que ela, parecia que esse fato o tornava mais encantador. Era um homem de trinta e cinco anos com alguns cabelos grisalhos despontando em suas têmporas. Ela se tornara sua admiradora desde o dia em que Lídia, uma nova amiga da academia a apresentara ao seu irmão.

         - Vitória, Edu,

          - Edu, Vitória, vocês combinam. 
          Dissera a amiga sorrindo e deixando os dois sozinhos. Ambos ficaram sem jeito e ele tomou a palavra quebrando o gelo; era um cavalheiro e não deixaria a moça sem graça. A conversa começou difícil, mas foi deslanchando e em pouco tempo os dois estavam rindo, sentados na banqueta do bar. Tomaram uma cerveja e depois saíram para dançar; Vitória sentia-se nas nuvens.

Edu tinha um sorriso alegre, os olhos negros mais profundos que ela já vira e era brincalhão como uma criança. Ele a prendera de imediato com seu jeito doce e sedutor. Ela sentia que estivera esperando por ele a vida inteira; foi amor à primeira vista.

Depois desse dia, eles se encontraram novamente em uma lanchonete. Ficaram juntos até altas horas e a noite terminou com muitos beijos trocados. Saíram outras vezes e sempre combinavam novos encontros, porém nada específico.

  - Ficaria ao acaso, dissera Edu sorrindo depois do último encontro.

Naquela noite no salão de eventos ela estava tão ansiosa que os sentimentos se confundiam em seu peito. Estava apaixonada e acreditava que ele iria ao evento do sábado à noite. Entretanto, a incerteza a desestabilizava e ela pensava sem parar no poder que Edu tinha.

 Ele podia decidir se sua noite seria boa ou ruim, se ela ficaria alegre ou triste. Quando o rapaz chegava com um simples oi ela ganhava o céu ou com sua indiferença tinha a capacidade de jogá-la no mais profundo oceano escuro. Ela andava de lá para cá e vice versa e seus pensamentos ganhavam corpo, então, a Lídia apareceu e ela explodiu num desabafo.

 – Odeio o seu irmão que me tem em suas mãos e, eu nunca estive nas mãos de ninguém; não sei lidar com isso. E, quando ele aparece fico muito feliz, que preciso me conter para não dar bandeira. Se pudesse ver o sorriso que escondo dele e o quanto o meu coração fica alegre com sua presença, entenderia o que é o sentimento que trago no peito.

Lídia sorriu para Vitória, estava contente por ter colaborado com a felicidade da amiga. A moça gostava da amiga e desejava que o encontro desse certo, afinal, seu irmão merecia ser feliz novamente; deixara uma relação ruim para trás.

- Ele também não sabe que tem o poder de controlar minhas emoções e influenciar no meu humor. Prefiro deixar assim, pois uma hora ele irá perceber que já me ganhou e não posso prever sua reação, continuava falando a moça ansiosa.
Um texto de Eva Ibrahim. Continua na próxima semana.


sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

"SAUDADES É AMAR UM PASSADO QUE AINDA NÃO PASSOU. É RECUSAR UM PRESENTE QUE NOS MACHUCA. É NÃO VER O FUTURO QUE NOS CONVIDA..." PABLO NERUDA -- MUITAS VEZES A GENTE CHORA COM RAZÃO. EVA IBRAHIM.


                     TRAGÉDIA
                                    CAPÍTULO OITO
          Quando Samuel acordou sentia muita dor, seu corpo parecia ter sido atropelado por uma britadeira; suas pernas doíam e sua cabeça latejava. Olhou ao redor e viu que estava num ambiente Hospitalar. Várias enfermeiras estavam no local e logo vieram vê-lo.

        O rapaz estava na Unidade de Terapia Intensiva em um boxe rodeado de vidros, de onde ele podia ver outras pessoas acamadas; sentiu-se desesperado. Esticou o pescoço e viu que suas duas pernas estavam enfaixadas e imobilizadas.

       Então, lembrou-se do acidente e uma angustia tomou conta do seu coração. Quando conseguiu lembrar-se do que acontecera, perguntou por Celi e as enfermeiras desconversaram, dizendo que não sabiam.

          Ele fora trazido pelos Bombeiros, que o retiraram das ferragens e tivera que ser operado, pois havia fratura nas duas pernas, disse à enfermeira que se aproximara.

        - Tudo isso irá passar, porém, você deve descansar e manter-se calmo. Enfatizou a outra moça, que se aproximara, parecia ser a médica de plantão.

- Preciso saber da minha esposa, ela estava debruçada no volante depois da batida na árvore. Estava sangrando na testa e foi a última vez que a vi. Por que não a trouxeram para cá também?

            - Não sabemos, mas podemos chamar a Assistente Social para conversar com você e esclarecer a situação. Agora é hora da medicação, depois veremos o que fazer.

          Samuel tomou a injeção na veia e apagou; em alguns minutos estava dormindo profundamente. A enfermeira olhou para o médico, que acabara de entrar, e este disse que Celi, a esposa de Samuel, estava morrendo; seus ferimentos foram fatais.

A família fora chamada e quando o rapaz acordou sua mãe estava ao seu lado com os olhos cheios de lágrimas. A situação era trágica e ela fora encarregada de dar a notícia da morte da nora para o filho.

Delicadamente ela pegou em suas mãos e começou falando que Luana iria precisar muito dele, pois, agora eram apenas dois pai e filha e ambos teriam ajuda de toda a família. Samuel arregalou os olhos e perguntou de Celi. Sua mãe, então, lhe disse que Celi estava morta, seus ferimentos foram muito graves e ela não resistira.

O rapaz chorou e precisou ser sedado; estava realmente abalado com a notícia. Ele amara muito sua esposa antes dela apresentar a depressão, depois não soube entende-la e se afastou. No entanto, ele desejava estar com ela como antes; lá no fundo ele sentia muitas saudades de um passado recente.

Samuel foi conduzido em sua cadeira de rodas até o local em que estava o ataúde de Celi e em frente aos amigos, não conseguiu se controlar e chorou desesperadamente. Muitos presentes também choraram; foi comovente a despedida do viúvo.

Fizera tudo para impedir o acidente e não conseguira, então começou a gritar:
 - Por que isso foi acontecer conosco? O que eu faço com essas imensas saudades que eu sinto de você?

E, enquanto levavam o corpo de sua esposa para ser sepultado, ele retornava ao Hospital, onde deveria ficar por mais algum tempo.

Termina aqui a história de Celi e sua depressão pós-parto. Um texto de Eva Ibrahim.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

"NUNCA DESPREZE PESSOAS DEPRIMIDAS. A DEPRESSÃO É O ÚLTIMO ESTÁGIO DA DOR HUMANA". AUGUSTO CURY. - AMOR É O REMÉDIO QUE CURA A MAIORIA DAS DORES. EVA IBRAHIM

   CORRIDA LOUCA
                              CAPÍTULO SETE
         Celi estava de camisola e visivelmente transtornada; ele pediu para ela parar, tentou pegar o volante, porém ela tocava em frente. Estava determinada a seguir pela estrada principal, onde havia muito movimento. Não queria ouvir o que seu marido dizia e, demonstrando nervoso pisava ainda mais no acelerador. Samuel tentou acalmá-la, quem sabe ela pararia o automóvel sem resistência; no entanto ela não respondia e agarrada ao volante não prestava atenção ao que o marido dizia.

Estava a mais de 120 quilômetros por hora e numa tentativa louca Samuel tentou pegar o volante e, ela derrapou, quase tombou na ribanceira, foi por muito pouco que ela conseguiu retornar à estrada. O rapaz começou a temer pela própria vida, sua esposa estava enlouquecida. Procurou o celular, porém, havia deixado em casa; ele estava dormindo quando, assustado saiu atrás da mulher e não pensou em nada.

 Celi não desistia e imprimia mais velocidade ao veículo e o marido rezando se agarrava ao pegador. Temia pela sua e pela vida dela também, ela iria provocar um acidente e se ele pegasse o volante corria o risco de capotar o veículo.

A pequena Luana ficaria sem o pai e sem a mãe; seus pensamentos eram terríveis e obscuros. Não poderia ser verdade, ele estava refém da loucura de sua mulher. Samuel estava pálido e não sabia o que fazer para mudar a situação, no entanto ele sabia que precisava tomar uma atitude.

Era muito jovem para morrer e bruscamente puxou o volante para ela entrar em uma estrada vicinal; ali a velocidade teria que diminuir, pois a estrada era de chão de terra batida e esburacada.

 Celi se assustou e com o veículo desgovernado, atropelou um cachorro que caminhava pelo acostamento. Ziguezagueando o automóvel entrou no mato atingindo uma árvore. A batida violenta arrancou parte do tronco da árvore. Samuel bateu com a cabeça no vidro da frente do veículo e meio atordoado abriu os olhos; estava vivo, apesar do sangue que escorria de um ferimento na testa.

Depois de um momento de confusão, olhou para o lado viu sua esposa debruçada por sobre o volante; Celi estava inerte. Ele ficou preso nas ferragens e suas pernas sangravam; ele não conseguia movê-las. Quando ouviu o barulho de um automóvel parando na estrada e logo a seguir vozes, ele desfaleceu; estava atordoado e com muita dor nas pernas.

Um texto de Eva Ibrahim.

Continua na próxima semana.

sábado, 26 de dezembro de 2015

"A SOLIDÃO É A ARMA QUE MATA, MESMO SEM TER NINGUÉM PARA APERTAR O GATILHO". AUTOR DESCONHECIDO - QUE TODA DOR VIRE AMOR. EVA IBRAHIM

 ALTOS E BAIXOS 
CAPÍTULO SEIS
                Celi tornara-se uma pessoa de difícil convivência, ora conversava normalmente ora se alterava a ponto de agredir seu interlocutor. Selma não confiava mais na filha para deixar Luana com ela e precisou pedir dispensa do trabalho para cuidar da mãe e da filha. Samuel não parava mais em casa, queria fugir dos problemas de sua esposa.

       Nessas andanças noturnas, o rapaz arrumou uma namorada, que o satisfazia plenamente; tornaram-se amantes. Ele era jovem e precisava de carinho de mulher, pensava intimamente quando se sentia culpado pelos deslizes. Afinal, sua esposa estava doente e desde o nascimento da filha ela não queria contato com ele. Então fora se aninhar em outros braços.

 Samuel já não podia encarar a sogra, estava cheio de culpas.  Com Celi ele conversava somente o que ela perguntava e logo tratava de se esquivar para não ouvir as lamúrias da mulher. Tudo o que ele queria era se livrar do casamento e daquela casa. Gostava da filha, porém, tinha medo de machuca-la. Luana era pequena e delicada, precisava de cuidados especiais.

Certo dia, a vizinha de Samuel estava no Supermercado e deu de cara com ele e sua amante, fazendo compras. A mulher ficou surpresa e deu um passo para trás. Ele estremeceu:

- Será que a vizinha iria contar para sua sogra que ele estava com outra mulher?

Lá no fundo, ele sabia que as mulheres são solidárias, e que logo ele estaria encurralado. Pensava em uma estratégia para se livrar da culpa, porém seus argumentos eram fracos demais. Passados dois dias a sogra o interpelou, queria saber quem era a mulher com quem ele fora visto.

 – Estaria traindo sua filha, que se encontrava em tratamento psiquiátrico? 

Samuel perdeu a cor e não pode negar. Ouviu uma porção de desaforos e saiu em desabalada carreira; nada retrucou.

Celi melhorou de seus delírios e se aproximou do marido novamente; ainda o amava. No entanto, muito tempo se passara e Samuel estava distante demais de sua mulher; não a queria mais. Rejeitada, a moça se fechou novamente; a depressão voltou forte com seus sintomas acentuados.

Certo dia, o marido dormia no quarto de visitas e ela se arrumou para sair. Procurava a chave do automóvel quando foi surpreendida por ele, que tentou dissuadi-la de dirigir; ainda não estava curada e podia ser perigoso. Momentaneamente a situação foi contornada e ela voltou para seu quarto. Samuel ficou preocupado, precisava esconder a chave do automóvel; Celi não estava bem.

No entanto, depois de alguns dias, ele já nem se lembrava do ocorrido e quando ouviu o ronco do automóvel deu um pulo da cama. Saiu do jeito que estava somente de cuecas e conseguiu entrar no automóvel antes que ela alcançasse a rua.
Um texto de Eva Ibrahim.
Continua na próxima semana.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

"HOJE, NA SOLIDÃO, AINDA CUSTO A ENTENDER COMO O AMOR FOI TÃO INJUSTO, PRA QUEM SÓ LHE FOI DEDICAÇÃO". CHICO BUARQUE - VOCÊ NUNCA SABE A FORÇA QUE TEM. EVA IBRAHIM.

VIVENDO NA ESCURIDÃO

CAPÍTULO CINCO.
            A depressão tomou conta da puérpera, rejeitava a pequena Luana e se desentendia com o marido quando ele a procurava para conversar. Selma, a mãe de Celi, se mudara para a casa da filha, pois a neta precisava de cuidados que a mãe, em sua insanidade, não poderia dar.

Luana estava crescendo e já tinha a aparência de um bebê saudável. A menina estava com cinco meses, era pequena para sua idade, entretanto, já respondia as brincadeiras dando pequenos gritinhos e sorrisos. Tinha belos olhos escuros, que sobressaiam em sua pele alva. Era uma criança miúda e muito bonita.

No entanto, Celi estava vivendo seus piores dias; num mundo escuro e sem saída. Um sintoma particularmente importante de depressão é pensar na morte e suicídio, ou até mesmo prejudicar o bebê com agressões, que podem ser fatais. A avó não deixava Luana com a mãe por temer algum ato intempestivo contra a pequena criança.

A moça estava recebendo tratamento em uma clínica especializada, porém não apresentava melhoras, vivia trancada no quarto. Tornara-se uma pessoa desmazelada, agressiva e arredia, vivia em um mundo fora da realidade; não queria ver ninguém.

Certo dia, Celi não se levantou no horário de costume e sua mãe foi acordá-la, porém, ela estava desmaiada, não respondia aos chamados; parecia dopada. Então, Selma desesperada saiu pedindo ajuda. O vizinho chamou a ambulância para leva-la ao Hospital, onde ficou internada. O médico disse que ela havia tomado uma carga excessiva de medicamentos.

 Depois de uma semana tivera alta para sua casa. Na verdade ela tentara contra a própria vida, não conseguira o intento porque fora encontrada a tempo de ser socorrida. O médico foi categórico ao afirmar que foi tentativa de suicídio e, que os medicamentos não estavam controlando sua doença. Foi necessário fazer lavagem estomacal para que ela tivesse uma chance de sobrevivência.

Foi realizada nova carga de exames e receitados novos medicamentos. Depois de alguns dias, Celi parecia estar melhor, até pegou a Luana no colo e brincou com ela; estava bem disposta. Samuel ficou contente, com a mudança dos medicamentos, provavelmente, ela teria uma melhora no seu estado geral. Então, ele estava com esperança de ter sua esposa de volta. 
           
Celi era uma jovem alegre e brincalhona e Samuel se apaixonara por ela logo de cara. E, com o tempo, ela também foi conquistada por ele. O casamento foi uma união de dois corações apaixonados. No entanto, durou muito pouco, pensava Samuel. Logo nasceu Luana com todos aqueles problemas e sua esposa caiu em depressão. O rapaz suspirou fundo, queria sua amada com saúde e alegre como antes; sentia-se injustiçado pela vida. Ele também estava sem rumo.
Um texto de Eva Ibrahim.
Continua na próxima semana.


sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

"TODA MULHER MERECE TER UM HOMEM QUE DIGA COM ORGULHO, PARA TODO MUNDO OUVIR; ELA É ÚNICA E LINDA. ELA É MINHA E SÓ MINHA". AUTOR DESCONHECIDO-- HÁ, SEMPRE, UM POUCO DE TRISTEZA EM CADA UM DE NÓS. EVA IBRAHIM

DEPRESSÃO PÓS-PARTO 
CAPÍTULO QUATRO

       Luana, apesar de estar com quatro meses de idade, era um bebê com apenas 2.800 quilogramas e tinha a saúde frágil. Não poderia tomar vento, chuva ou qualquer tipo de friagem; seu pulmão era pequeno e debilitado. Não poderia pegar outra pneumonia ou não resistiria. Dissera o médico no momento da alta.

      Celi cuidava da filha dia e noite; no entanto, nem percebera que estava ficando doente também. Muitas vezes, se esquecia de comer, outras não tomava banho e nem se importava com Samuel. A vida naquela casa estava ficando solitária; o marido saia cedo e a mulher passava o dia com a filha nos braços. Vez ou outra aparecia alguém da família e Celi dizia que estava tudo bem.

Certo dia, o vizinho levantou-se e fez o café, depois saiu para o quintal para olhar os passarinhos. Estava distraído e, enquanto degustava o líquido quente ficara encostado no canto da casa observando um canário, quando ouviu um barulho na casa da vizinha.

Olhou e o que ele viu gelou sua alma. Celi estava com a criança nos braços e ia colocar a filha dentro do tanque cheio de água; Luana iria ser afogada pela própria mãe. O rapaz, de nome Claudio, jogou a xícara e tratou de pular o muro, que separava as duas casas e rapidamente arrancou a criança das mãos da mãe. Celi deu um passo pra trás e assustada começou a chorar.

Claudio ficou parado com a criança nos braços sem saber o que fazer. De uma coisa ele tinha certeza, não poderia deixar a mãe pegar a filha. Então, ele ligou para sua namorada, que veio para ajudar e logo foi tratando de acalmar a puérpera. Claudio, então chamou a mãe de Celi. Foi uma correria, a mãe da moça pegou a menina no colo e temerosa pediu para chamarem Samuel.

O marido levou a esposa ao Pronto Socorro e aguardou a consulta médica, que depois de alguns exames, diagnosticou como sendo depressão pós-parto, que havia acometido a moça. Uma patologia, que muitas vezes é severa e pode levar a transtornos, delírios e alucinações.

No caso de Celi ela colocou a vida da filha em risco em um momento de delírio. A depressão pós-parto quando acomete a puérpera pode ser incapacitante, afetando a vida da família e pondo em perigo o bem estar da mãe e do bebê.

A família precisa ser alertada e ficar o tempo todo presente para evitar que ocorram tragédias provocadas pela psicose puerperal. A mãe de Celi, diante da situação crítica, pediu licença do serviço público e passou a cuidar da filha e da neta. Celi ficava a maior parte do tempo fechada em seu quarto; não queria ver ninguém.
Um texto de Eva Ibrahim.

Continua na próxima semana.
MEU MUNDO REINVENTADO.

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