MOSTRAR VISUALIZAÇÕES DE PÁGINAS
quarta-feira, 10 de março de 2021
"NÃO, MEU CORAÇÃO NÃO É MAIOR QUE O MUNDO. É MUITO MENOR. NELE NÃO CABEM NEM AS MINHAS DORES. " CARLOS DRUMOND DE ANDRADE
quarta-feira, 3 de março de 2021
"SE SEU CORPO PRECISA DO MEU, MEU CORAÇÃO PRECISA DO SEU. O NOME DISSO É SAUDADE! VOLTA LOGO QUE SEM VOCÊ, SOU SÓ UMA METADE. O QUE FALTA PARA MIM É VOCÊ!" VINÍCIUS LOBO
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021
"DA OBSERVAÇÃO" "NÃO TE IRRITES, POR MAIS QUE TE FIZEREM. ESTUDA A FRIO, O CORAÇÃO ALHEIO. FARÁS, ASSIM, DO MAL QUE ELES TE QUEREM, TEU MAIS AMÁVEL E SUTIL RECREIO." MÁRIO QUINTANA
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021
"SEM TEMER A PRÓXIMA PORTA OU JANELA QUE IRÁ SE ABRIR, SIGO COM UMA ÚNICA EXPECTATIVA: QUE SEJA BOM O QUE VIER." DIEGO VINÍCIUS
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021
"SE UM DIA VOCÊ TIVER QUE ESCOLHER ENTRE A RAZÃO E CORAÇÃO, ESCOLHA O CORAÇÃO...POIS NÃO É A RAZÃO QUE BATE PRA VOCÊ VIVER!" - PENSADOR.
O TRONCO
CORAÇÃO ALADO
CAPÍTULO UM A mulher sentada em seu leito na enfermaria, passava o tempo folheando uma revista, que alguém largou sobre a mesa auxiliar. Havia uma reportagem sobre o meio ambiente, cujo foco principal eram as queimadas e o que restou delas.
Uma vasta área cheia de troncos, a maioria torrados e retorcidos pelo fogo, abria a reportagem. Apenas alguns conseguiram ficar inteiros, embora suas folhagens tenham sido consumidas pelo fogo, estes demonstravam força para se recuperar. A mulher coçou a cabeça, aquelas fotos mexiam com seu emocional.
Tronco, essa palavra presente no dia a dia das pessoas nunca foi destaque, ou teve alguma importância para Tereza. Um substantivo de valor igual a tantos outros. Sempre ao ouvi-lo, nos conduz e a ela também, a visualização de uma árvore, ou parte dela. Também pode ser lembrado, devido ao contexto da conversa, à uma parte do corpo humano. No entanto, essa palavra modificou toda a vida dessa pessoa.
Uma mulher de setenta anos, que sempre trabalhou na área da saúde, cuidando dos pacientes com muito carinho, essa é Tereza. Nunca aparentou a sua idade cronológica, é forte e saudável. Sempre se orgulhou de sua saúde, mas certo dia, o médico cardiologista pronunciou essa palavra e tudo mudou em sua vida. Essa história tem seu início em fevereiro de dois mil é dezenove no local de trabalho de Tereza. Ela estava no banheiro e quando abriu a porta para sair sentiu uma tontura, em seguida seu coração disparou. Parecia que seu peito iria explodir.
Atordoada e surpresa com a situação, a mulher entrou em uma sala vazia e sentou -se, para ver se o seu coração se acalmava.
Ele Batia desesperadamente, parecia ter enlouquecido, a sensação era de que aquilo terminaria em morte, tamanha a angústia que gerou. Como não passava ela levantou-se, precisava de ajuda.
Assustada, saiu dali e foi ao posto de enfermagem. Então Ana, a colega que se encontrava no setor, vendo que Tereza não estava bem, a conduziu até o multiparametrico, queria verificar seus sinais vitais. Assim, ela constatou que a frequência cardíaca de Tereza estava altíssima, acusando cento e setenta batimentos por minuto.
Aquilo era muita coisa para seu pobre coração, que segundo a dona, nem apaixonado estava. Apenas se encontrava carregado de carinho por seus familiares e semelhantes.
Apavorada, Ana chamou o médico, que veio prontamente. Depois de certificar-se do que fora informado, ele insistiu para que Tereza se submetesse a um eletrocardiograma. No entanto, ela estava sentindo -se muito mal e se recusou a se deitar, para que o exame fosse feito.
Ficou sentada na copa esperando o coração se acalmar. O médico, que era um ginecologista, sem entender muito da situação, fez uma cartinha para que a funcionária procurasse o médico cardiologista.
Em seguida, juntos aguardaram o coração recolher suas asas. Devagarinho seus batimentos cardíacos voltaram ao normal, minimizando a sensação de morte iminente.
Seu coração alado pousou lentamente em repouso e se acalmou dentro do peito de Tereza. Um texto de Eva Ibrahim Sousa
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021
"FOGO E PAIXÃO"- WANDO- "(...) QUANDO TÃO LOUCA, ME BEIJA NA BOCA, ME AMA NO CHÃO. ME SUJA DE CARMIM, ME PÕE NA BOCA O MEL, LOUCA DE AMOR, ME CHAMA DE CÉU." COMPOSITORA: ROSE MARIE BURCCI ALVES D. REIS
OLHANDO
O RIO
CAPÍTULO
SEIS
O rapaz foi bem recebido pela
família de Gilda, pai mãe e irmão. A moça tinha sofrido um trauma com o assalto
e precisava de apoio. Pedro dormiu no quarto de Lionel, o irmão mais novo da moça. Conversaram bastante antes de dormir, tinham afinidades. Ele estava
feliz por estar tão perto dela, separado apenas por uma parede. Demorou a pegar
no sono, estava muito emocionado, não conseguia relaxar.
Como era verão, não foi surpresa o
temporal que caiu à noite. Muitos relâmpagos e trovões ocasionaram a perda da
energia elétrica, que perdurou até o amanhecer. Pedro teve pesadelos na
escuridão da noite, reviveu todo o assalto, acordou sobressaltado.
O domingo amanheceu ensolarado e
depois do café ficou combinado, que todos iriam almoçar peixe na beira do rio
Piracicaba, mais precisamente, na Rua do Porto
Ao meio dia, a família entrou no
automóvel em direção ao restaurante. Margearam o rio, que estava cheio,
majestoso, com suas águas barrentas por causa das chuvas dos últimos dias. A rua
estava em festa com a fartura de peixes e nas suas margens havia muitos pescadores, com varas,
tentando fisgar algum para o almoço.
O rio, cheio, caminhando revolto
sobre seu leito de pedras, enchia os olhos dos turistas ali presentes. A
umidade deixada pela chuva, brilhava com o Sol da manhã, dando esplendor à
natureza.
Gilda escolheu um restaurante, que
proporcionava a vista do rio de uma maneira panorâmica. Era uma paisagem de
encher os olhos pela sua grandeza. A família se acomodou em uma mesa próxima do
parapeito protetor, dali podiam ouvir o barulho das águas. Pedro, então levantou-se
da mesa e deixando sua timidez de lado, disse:
- Com todo o respeito que Gilda e todos
merecem, eu peço licença para fazer um pedido.
- Queria pedir permissão para namorar,
oficialmente, esta moça bonita, que aqui se encontra. Estou apaixonado por ela,
que me encantou com esses lindos olhos verdes.
A moça corou, não esperava aquela
declaração de amor diante da sua família. E como todos os olhares estavam
fixados nela, ela se manifestou dizendo:
- Pedro! Não se usa mais pedir as pessoas em namoro, namora-se simplesmente. Você é jovem e está se comportando como um homem de antigamente.
Ele deu um leve sorriso e retrucou:
- Gilda, eu sou mineiro e gosto das
coisas bem claras, fui criado dessa maneira e não quero mudar, você aceita
namorar comigo?
- Para mim, eu já estava namorando,
mas eu digo sim, se você preferir.
Todos riram pela maneira que ela
disse isso e concordaram com o rapaz, estava oficializado o namoro.
Uma enorme travessa com um peixão
assado foi colocada no centro da mesa e os acompanhamentos ao redor. Um perfume
convidativo saia daquela comida maravilhosa, então, todos se concentraram no
consumo do alimento.
Cerca de quarenta minutos se
passaram entre olhares furtivos de um para o outro. O clima era de alegria e o
domingo de festa da natureza. Na mesa restou somente a espinha do peixe, que
foi servido e degustado com prazer.
Sentados e satisfeitos ficaram
olhando o rio Piracicaba, enquanto esperavam a sobremesa. Um lindo lugar para
marcar o início da felicidade do novo casal.
De mãos dadas, os dois saíram dali,
estavam felizes e Pedro não se cansava de olhar nos olhos da sua amada. Eram olhos
profundos e brilhantes, como se fossem duas esmeraldas, que o enfeitiçaram para
sempre.
Um Texto de Eva Ibrahim Sousa