UM POUCO DE MAGIA ENFEITA A VIDA.
Estamos vivendo um início de século onde
os valores morais e éticos da sociedade se perderam pelo novo caminho trilhado pela
humanidade. Nas últimas cinco décadas as estruturas familiares ruíram e os
sentimentos mais nobres ficaram esquecidos no cotidiano das pessoas. As conquistas materiais, o
consumismo exagerado e a mudança do foco familiar para o foco individual,
tornou o ser humano mais egoísta. Um caminho árduo onde as mulheres ganharam
espaço e deixaram de ser "do lar" para lutar pela sobrevivência; tudo em nome
da tal ”liberdade”. A tecnologia encurtou as distâncias entre os povos, deixando
as urgências das conquistas tornar-se uma prioridade para todos. Em consequência deixaram-se
engolir pela condição pretensiosa da globalização, esquecendo-se de cultivar os
valores familiares mantidos por muitas gerações. As separações de casais virou
rotina, haja vista o número de divórcios que ocorrem hoje em dia.
Poucos casamentos sobrevivem ao dia
a dia de correrias, caindo nas mesmices das cobranças mútuas. Os grandes amores
se desfazem na primeira briga mais séria, decorrente da banalidade com que são
tratados os sentimentos entre as pessoas. Os filhos não são levados em consideração na
hora da separação, são apenas objetos de disputas e acordos difíceis entre as partes em conflito. Muitas
vezes tornam-se fardos para a mãe que faz dupla jornada, uma na empresa e a outra em casa. Enquanto o
pai deixou de ser o grande herói das crianças, pois é substituído com
facilidade. Uma roda viva que parece ter atingido a exaustão e algum elo partido
nesse caminho necessita ser recuperado.
A
mulher com toda a liberdade adquirida ainda é o sexo frágil carregado de
emoção, que uma vez por mês sangra e chora atoa. As mulheres estão por toda
parte em muitos cargos que pertencia ao sexo masculino e reconhecidamente
esbanjando competência. Elas são responsáveis por prover a subsistência da família, cuidar da casa e da criação dos filhos. Porém, parece que estão dando sinais de que querem resgatar
o romantismo e a sensualidade perdida. Podemos perceber isso acessando os sites
das livrarias e verificando os livros mais vendidos "OS CINQUENTA TONS DE CINZA" de autoria de E. L. JAMES e também o CD do Roberto Carlos, “ESSE CARA SOU
EU” entre os mais vendidos.
Lá está, a trilogia dos “CINQUENTA TONS DE CINZA”, que
nada mais é do que um apelo à sensualidade de ambos os sexos, envolvidos por
uma linda história de amor. Assustou, num primeiro momento, por ser explicito
quanto ao sexo praticado; mas pensando bem, está aos moldes da atualidade. E a
música do Roberto Carlos nos faz retomar ao amante cavalheiro, que transmitia proteção quando estava ao lado de sua amada. Em nome do amor esbanjava-se romantismo; era uma época de galanteadores.
Na
verdade as mulheres continuam as mesmas, apesar da independência conquistada. Ainda
adoram receber flores e ouvir palavras de amor, ditas no aconchego dos braços
masculinos. São seres passionais e carinho nunca é demais. Uma noite de luar,
um amasso no portão e um pouco de magia enfeitam a vida, mesmo no século XXI.
Um texto de Eva Ibrahim.
Um texto de Eva Ibrahim.