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quarta-feira, 8 de agosto de 2018

"ANDO COM UMA VONTADE TÃO GRANDE DE RECEBER TODOS OS AFETOS, TODOS OS CARINHOS,TODAS AS ATENÇÕES. QUERO COLO, QUERO BEIJO, QUERO CAFUNÉ, ABRAÇO APERTADO E MENSAGEM NA MADRUGADA. QUERO FLORES, QUERO DOCES, QUERO MÚSICA, QUERO VENTO, CHEIROS; QUERO PARAR DE ME DOAR E COMEÇAR A RECEBER". CAIO F. ABREU

AMADA MINHA

CAPÍTULO OITO
              A cada dia que passava, os encontros entre Milena e Otávio tornavam-se mais constantes. O amor estava no olhar, nos gestos e até no andar da moça e também no dia a dia de Otávio. Todos os colegas da farmácia já haviam notado, que ele andava disperso, pensativo e com o olhar perdido no infinito.

             - Olhar de peixe morto e queixo caído, sintomas típicos de pessoas apaixonadas, cochichavam entre si, as más línguas do lugar.

           Milena e Otávio estavam comprometidos e quando se despediam, sentiam que queriam ficar juntos, dentro de um abraço apertado, para nunca mais sair. Um completava o outro, a interação era total.

           O amor cresceu e quando Clara e Rafael foram passar um final de semana na casa da avó, o novo casal aproveitou para ir a um hotel fazenda. Na verdade, era uma viagem de descanso e liberdade, para decidir até onde chegar. Havia um desejo mútuo de total entrega.

           O farmacêutico era um homem respeitador e comedido, nunca avançava o sinal. E, como homem de Deus, não poderia tomar Milena como sua mulher sem estar casado, estaria ofendendo a Deus. Ambos se amavam e tinham os mesmos desejos carnais de todos os seres humanos. Entretanto, se continham, eram pessoas tementes a Deus.

            Então, planejaram pedir a bênção do pastor e ficar noivos diante de Deus e da igreja. Também queriam pedir para o pastor casá-los na informalidade, antes de se entregarem aos desejos, que os afligiam.

             Na sexta-feira instalaram-se no hotel em quartos separados e foram procurar uma igreja evangélica, na cidade vizinha. Depois de muita conversa com o pastor, eles conseguiram arrancar uma promessa para o sábado à noite, durante o culto, uma bênção especial com valor de noivado.  

               O novo casal estava feliz, precisavam da bênção de Deus, antes de qualquer outra coisa. No dia seguinte, saíram para comprar as alianças, para serem abençoadas também.

            À noite, vestidos com roupas sociais, foram se apresentar à nova igreja. Durante o culto, depois de uma pregação sobre o matrimônio, foram chamados ao palco e depois apresentados a comunidade como visitantes. O pastor fez uma breve explanação sobre o desejo do casal e os abençoou diante de todos os presentes. Em seguida, os noivos trocaram as alianças e foram para o hotel, estavam satisfeitos.

Mas, a barreira continuava, não poderiam se unir antes do casamento. Sendo assim e de comum acordo, dormiram em quartos separados. No domingo, voltaram para suas casas e foram à igreja expor ao pastor seu desejo de um casamento abençoado por Deus.

A cerimônia foi marcada para dali a quinze dias, o tempo necessário para a preparação da igreja e dos noivos, além de correr os proclamas. 

            A comunidade evangélica se mobilizou, para proporcionar um clima festivo para o casamento, embora os noivos tivessem dito que queriam uma cerimônia simples. No dia marcado o noivo chegou com as duas filhas e se postou no altar aguardando a noiva. Milena entrou feliz, de braços dados com seus dois filhos. E ladeados com os quatro filhos disseram sim, no altar diante de Deus e, ao beijar a noiva, pode-se ouvir.

       - Amada minha, sou seu. Esses foram os caminhos do coração para chegar até você. Aqui estou para sempre.

 Um texto de Eva Ibrahim Sousa

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