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domingo, 22 de março de 2015

"ALGUM DIA, TUDO FARÁ SENTIDO. ENQUANTO ISSO, RIA DA CONFUSÃO, CHORE UM POUCO. E, ENTENDA QUE TUDO ACONTECE POR ALGUMA RAZÃO". PAULO COELHO--- SÃO DEMAIS OS PERIGOS DA VIDA. EVA IBRAHIM

MEU MUNDO CAIU
O CASAMENTO
CAPÍTULO UM
       Celina acordou muito cedo, ainda estava escuro quando levantou-se e foi até a cozinha. Enquanto passava o café pelo coador pensava que aquele seria seu último dia de solteira; precisava vive-lo intensamente. Sua mãe ouviu barulho e levantou-se; mãe e filha sentaram–se para tomar o café enquanto falavam sobre a importância daquele dia.

Elza dizia para a filha que aquele seria um dia mágico, onde ela e Fernando seriam os atores principais. Era um dia que ela nunca apagaria da memória, acontecesse o que fosse, aquele sempre seria lembrado como sendo o dia de seu casamento. Um marco em sua vida, o casal seria o foco de todos os olhares para elogios e críticas também.

O salão paroquial já estava todo enfeitado com flores de diversos tons de amarelo. A noiva queria que a sua festa de casamento fosse alegre, com música e muita dança. O buffet chegaria logo após o almoço e quando o sino da Matriz tocasse cinco badaladas, ela subiria as escadas para realizar seu grande sonho de amor, casar-se com Fernando.

 Enquanto a moça tomava banho para se preparar para o casamento no cartório civil ela pensava em como fora difícil conquista-lo. Algumas de suas amigas faziam questão de se insinuar e dar em cima do rapaz. A Leila chegou a namorá-lo e atualmente as duas moças nem se falavam mais. Entre muitas fofocas e desavenças ela e Fernando começaram a namorar. E, depois de três anos de idas e vindas o casal de namorados resolveu casar-se.

                 Formavam um bonito casal, ele trabalhava no Banco do Brasil e ela na Escola Municipal, era professora primária. O apartamento estava mobiliado e parecia que o convívio se daria com muita cumplicidade e consequentemente seriam felizes.

          Celina estava bonita em seu vestido azul de seda, que realçava seus cabelos negros. Fernando estava bem vestido em seu traje social e quando se encontraram no cartório, o noivo a beijou com satisfação. Era evidente que estavam apaixonados. Em seguida, cada um foi para sua casa, onde haveria um almoço para os padrinhos, entretanto, os dois só iriam se encontrar as dezessete horas na entrada da Igreja.

O dia de Celina voava e, logo após o almoço chegou a maquiadora para prepara-la para as bodas. Arrumar o cabelo a maquiagem e por último o vestido que estava disposto sobre a cama. A mãe e uma prima estavam à disposição para ajudar no que fosse preciso; queriam que tudo saísse perfeito.

Na hora combinada, a Igreja estava cheia de parentes, convidados e os pais e padrinhos faziam fundo para o noivo, que estava impaciente aguardando a moça. A porta da nave principal foi aberta, o coro de vozes da Igreja começou a tocar e a noiva, deslumbrante, adentrou ao recinto acompanhada de seu pai e duas daminhas de honra; tudo em grande estilo.

               Fernando recebeu Celina com um beijo na testa, em seguida ajoelharam–se diante do altar. A cerimônia corria normalmente e quando o padre pediu que ficassem em pé para o juramento final, Fernando levantou-se, cambaleou e caiu sobre o vestido de Celina. Foi levantado pelos padrinhos e depois de algum tempo na Sacristia, conseguiu voltar ao lugar de origem e dizer o tão esperado sim.

               O novo casal permaneceu durante algum tempo na festa, porém, Fernando ficou sentado, estava pálido, parecia que iria desmaiar a qualquer momento. Saíram dali diretamente para o Pronto Socorro mais próximo do local. Durante o trajeto o rapaz começou a convulsionar, para desespero da recém-casada.

Um texto de Eva Ibrahim.

Continua na próxima semana.

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