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sexta-feira, 9 de maio de 2014

"AQUELES QUE PASSAM POR NÓS, NÃO VÃO SÓS, NÃO NOS DEIXAM SÓS. DEIXAM UM POUCO DE SI, LEVAM UM POUCO DE NÓS." ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY---ALGUM DIA A GENTE SE ENCONTRA NOVAMENTE. EVA IBRAHIM



                   UMA NOVA VIDA.
                      CAPÍTULO DEZ.
        Clésio se mudara de cidade, sua esposa andava desconfiada de que fora traída e ele não queria mais problemas; era covarde demais para assumir qualquer coisa, preferiu fugir.
       Letícia ainda pensava nele com saudades, pois, tinha consigo um pedacinho dele; o grande amor de sua vida, seu filho André. Um menino bonito, saudável e brincalhão. Clésio não se esquecera de Letícia; por diversas vezes ele a procurara, queria saber do menino.
       Ela promoveu o encontro de pai e filho, dizendo que era um amigo e o menino não percebeu nada, almoçaram juntos. Foi uma despedida, disse Letícia, iria se casar e não queria que ele a procurasse mais. Clésio se foi sem prometer nada, não aceitara bem à notícia. Seu filho iria chamar outro homem de pai, partiu de cara amarrada.
       Agenor gostava de Júlio e fazia gosto no casamento da filha.
      - A menina tivera sorte, o rapaz era bom e trabalhador; seria um ótimo pai para André. Dizia Agenor para sua mulher, que concordava com a cabeça. O casamento fora marcado para o mês de dezembro, no dia do aniversário de cinco anos de André. A família faria uma grande festa; estavam muito felizes.       
      Uma semana antes do casamento Clésio foi esperar Letícia na saída do serviço; queria ficar com o menino. Estava visivelmente bêbado, falava alto gesticulando. A menina ficou assustada e tratou de tirá-lo da rua; entraram em uma Igreja.
      Os dois tiveram uma longa conversa, ela se casaria e ele continuava sua vida com a mulher e as duas filhas. A conversa foi difícil, pois, ele não queria nem uma coisa e nem outra; gostava das duas mulheres e dos filhos também. Ele se agarrou a ela e chorou. Ainda a amava; as lágrimas se fundiram, ela também chorou. Depois ele saiu apressado, não poderia detê-la. Letícia ficou olhando seu amor impossível partir; teria que se conformar.
      André e o irmãozinho de Letícia, seriam os pajens do casamento, pareciam gêmeos; estavam bonitos e felizes. Clésio fazia parte do passado, sua vida iria mudar. Júlio e André, essa era sua família; não poderia decepcionar mais ninguém.
       O casamento aconteceu tranquilamente e na hora dos cumprimentos, na porta da Igreja, ela viu o Clésio. Ele estava lá, queria vê-la vestida de noiva. No meio dos convidados ele passou despercebido, porém, Letícia o viu e acenou com a mão, dando adeus. Ali acabava sua história de amor proibido, agora tinha marido. Trataria de esquecer seu primeiro amor, que aconteceu forte, bonito, inesquecível, porém, impossível.
       A menina e seu marido saíram da festa para a viagem de lua-de-mel, deixando o filho com sua mãe. Quando os convidados saíram e as crianças foram dormir, Agenor abraçou Dora e sussurrou:
       -Estou feliz, casamos nossa menina, mas vou sentir muita falta dela. Quando vejo o André, preciso ver Letícia, os dois formam o corpo e a alma, devem sempre ficar juntos.
      Alguns anos se passaram e André ganhou um casal de irmãos, que ele ajuda a mãe a cuidar. Clésio nunca mais apareceu e o casamento de Letícia vai muito bem. Júlio é um ótimo pai para os três filhos, pois, ele reconheceu André como sendo seu filho.
     Aqui termina a história de Letícia, a menina que escondeu a gravidez até o bebê nascer.
       Um texto de Eva Ibrahim.
Iniciaremos outra história na próxima semana.
MEU MUNDO REINVENTADO.

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