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sexta-feira, 15 de maio de 2015

"REFAZER AS ASAS A CADA AMANHECER, PLANTAR DE NOVO O AMOR E ACREDITAR NA FELICIDADE COMO AS CRIANÇAS ACREDITAM EM SEUS SONHOS".CAROLINA ALCIDES-- O AMOR É A FORÇA QUE TE LEVANTA. EVA IBRAHIM


TRISTEZA NUNCA MAIS 

  CAPÍTULO NOVE
          A moça chegou ao Hospital e Fernando ainda não retornara dos exames. Então, Celina sentou-se num pequeno jardim de inverno, que havia na área interna daquele local; estava conformada. E, logo foi abordada por uma mulher, que aguardava a cirurgia do filho terminar. Ambas curtiam a mesma ansiedade e começaram a conversar; trocaram queixas e desconfianças.

        Até riram de suas desgraças e só entraram quando o enfermeiro chamou a moça, pois, o marido já estava no quarto e queria vê-la. Celina, então, percebeu que a vida continua e existem problemas por todos os lados, não era apenas ela a vítima de uma desgraça.

Ela beijou o marido e ele retribuiu, estava sereno e esperançoso. Fernando disse que o médico, talvez o liberasse para casa. Foi o que o enfermeiro cochichou em seu ouvido, depois sorriu abraçando sua esposa, carinhosamente.

Celina precisava daqueles braços ao redor de seu corpo para sempre; sonhara com isso desde que conhecera o Fernando. Sentia-se fraca e desamparada quando ficava longe dele; era seu marido. Entretanto, ficaram tão pouco juntos, que ela duvidava disso.

Passaram mais uma noite no Hospital e pela manhã, após muitas recomendações e uma longa receita de medicamentos, foram para casa. Estavam felizes e dispostos a outro recomeço e tantos quantos fossem necessários. Não queriam mais saber de tristeza, queriam desfrutar do amor que sentiam um pelo outro.

Celina estava em período de férias escolares e o marido pedira as férias para se casar, precisavam aproveitar o que restava delas. Iriam passar alguns dias na praia. Fernando estava medicado e o médico dissera que a chance de nova convulsão era muito remota. Porém, não poderia descuidar dos remédios, que Celina trazia marcado e com horários rígidos.

Os pais da moça e os sogros criaram uma porção de empecilhos para que ambos desistissem da viagem, tinham medo que o rapaz passasse mal. No entanto, estavam irredutíveis; iriam para uma lua de mel, mesmo que fosse apenas por uma semana.

Celina saiu dirigindo o automóvel de Fernando, ele ficava sonolento depois que tomava os remédios e ela temia que dormisse ao volante. Chegaram ao Hotel e foram para o apartamento reservado para o casal, queriam namorar em paz. O marido dormia bastante e ela velava seu sono; amava aquele homem de todo o coração. Mas, quando estava acordado se comportava como um amante exemplar; Celina estava feliz.

Foram dias de muita felicidade, Fernando sentia-se melhor e a vida seguia seu rumo, como fora previsto. Andaram pela praia de mãos dadas, sentaram-se nas pedras para ver os navios passar ao longe, contaram estrelas, recolheram conchas do mar e voltaram cansados para dormir abraçados. Parecia que a doença de Fernando e todo aquele pesadelo havia passado.
Um texto de Eva Ibrahim.

Continua na próxima semana.
MEU MUNDO REINVENTADO.

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