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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

"UM DIA DESCOBRIMOS QUE APAIXONAR-SE É INEVITÁVEL E, QUE AS MELHORES HISTÓRIAS DE AMOR SÃO, NA VERDADE, AS MAIS SIMPLES." MÁRIO QUINTANA-- NÃO DESISTA, SORRIA. EVA IBRAHIM

COM MUITO AMOR
                                            CAPÍTULO OITO
         O jantar foi mágico, olho no olho com o coração disparado. Ao mais leve toque, o corpo de Olívia se incendiava, estava pronta para o amor de João Paulo. Ele a abraçou e, lentamente a conduziu ao seu quarto; Olívia estava enfeitiçada e não opôs resistência. Em seguida, com muitos beijos, afagos e carinhos ele a despiu. Depois se deitou ao seu lado na cama e viveram horas de muito amor, nada mais importava; estavam felizes e completos.

        Os dois adormeceram abraçados, o amor venceu quase todas as barreiras; poderiam ficar ali para sempre. Entretanto, o pior ainda estava por vir, o marido traído era a realidade de Olívia. Antônio não poderia desconfiar do que estava acontecendo ou viraria um assassino. A mulher acordou assustada e olhando o relógio viu que já estava tarde. Eram três horas da manhã, teria que voltar para sua casa. Seus filhos logo voltariam e ela deveria estar lá, junto do marido, que dormia profundamente.

        João Paulo resistiu em deixa-la sair de seus braços, fazia tempo que ele não tinha uma mulher e aquela era especial, pois despertara o amor que estava adormecido dentro dele. O rapaz queria se regenerar e viver com Olívia, ela sabia cuidar dele; era amante e mãe ao mesmo tempo.

        Ela saiu na calada da noite e esgueirando-se junto ao muro entrou em sua casa, estava feliz, porém, com medo que alguém percebesse sua traição. Olhou no espelho e viu que seu rosto estava corado; sentiu-se envergonhada, tornara-se amante de um rapaz mais novo que ela. Então, ouviu a conversa dos filhos, Renato e Raquel entravam pelo portão rindo e brincando. Olívia correu para deitar-se ao lado de Antônio.  Ficou quieta, mal respirava para que eles pensassem que estava adormecida. O filho abriu a porta e disse a sua irmã que os pais estavam dormindo e foram dormir também.

         Olívia olhava o marido roncando e pensava que não o amava mais, queria a separação para ficar com João Paulo. No entanto, ela sabia que ele nunca aceitaria a separação; em diversas ocasiões ele dissera que a mataria se fosse traído. Não sabia qual seria o seu futuro, mas tinha a certeza que não desistiria de viver aquele amor.

Aos quarenta e cinco anos de vida e vinte e cinco de casamento, era de se esperar que Olívia se comportasse como uma dona de casa tradicional. Seus dois filhos, Renato e Raquel eram adultos, já não davam trabalho; ela tinha todo o tempo que quisesse disponível.

           Antônio acreditava que sua esposa cuidava da família, frequentava a Igreja e ficava a espera dele, pronta para amá-lo sem questionamentos. Entretanto, ultimamente ela não queria saber dele, mas estava doente; isso explicava a situação estabelecida.

           O dia de Natal amanheceu com uma luz diferente, havia um brilho especial e Olívia tinha vontade de dançar, estava muito feliz. Depois do almoço foi à casa de D. Estela para levar uma travessa de comida e um presente. Gostava muito da velha senhora, que já não tinha disposição nem saúde para os afazeres domésticos e, também queria ver o seu amor. Antônio fazia a sesta enquanto ela se encontrava com o vizinho. Trocaram abraços e beijos furtivos, entre muitas promessas de amor.

         Naquele dia Olívia não poderia encontra-lo, porém, seu marido viajaria no dia seguinte e ela teria vários dias para viver aquele amor louco. Com relutância ela voltou para sua casa, mas seu pensamento ficaria ali, dissera para João Paulo ao se despedir. Amava aquele homem apaixonadamente como nunca amara ninguém antes.
 Um texto de Eva Ibrahim.

Continua na próxima semana. 
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